tag:blogger.com,1999:blog-39020618247925048562024-03-05T01:00:01.099-03:00Oficina de ValorestesteOficina de Valoreshttp://www.blogger.com/profile/13879037124543637539noreply@blogger.comBlogger659125tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-85859855073563739822017-08-02T16:10:00.000-03:002017-08-02T16:11:59.455-03:00Cuidados Paliativos: Você já pensou em como vai morrer?<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Por: Rafaela</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHc37kAZhnmolkNXLGXHHaVteZ9u719iHALYI95O2TW_vUqRb43UjYlQ5yOjJ2_TyoZzNTt68pzRpM0AjYAR5mQiqIJfGeeCi9UbUwXvlxTZk6js8RJVEV9cii2eWZNxVLDInAzQ_ZRtQ/s1600/GettyImages-493991213.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHc37kAZhnmolkNXLGXHHaVteZ9u719iHALYI95O2TW_vUqRb43UjYlQ5yOjJ2_TyoZzNTt68pzRpM0AjYAR5mQiqIJfGeeCi9UbUwXvlxTZk6js8RJVEV9cii2eWZNxVLDInAzQ_ZRtQ/s640/GettyImages-493991213.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">Imagem de www.pbs.org</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Certa vez, quando tinha uns 15 anos de idade, vi pela primeira vez como a vida é fugaz. Um colega morreu em meu bairro e as palavras do seu pai no velório trouxeram-me essa experiência. Lembro sempre do pai dele dizendo “o tênis do meu filho ainda está na varanda”. Pela primeira vez tive um encontro real com a fluidez da vida, do inesperado, da finitude... Eu não pensava na morte desse jeito antes dessa frase. Com o passar dos anos outras experiências de perdas foram somadas a essa. As pessoas não saem de casa para morrer: o sapato está na varanda, a roupa ainda está no varal, não foi nada preparado, não se programou nada, de repente tinha até uma conta para pagar. Enfim, a vida escapa ao nosso controle em todos os sentidos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">As medidas sanitárias, todas as políticas de saúde que são implantadas através dos anos e o avanço da ciência conseguiram prolongar a expectativa de vida. A morte que antes chegava mais cedo, geralmente em uma breve visita decisiva, tornou-se agora não mais um evento, tornou-se um processo. Com o aumento da população idosa e da expectativa de vida, o processo de morrer se dá através da chamada ‘morte anunciada’, aquela que vem devagar através da hipertensão, AIDS, diabetes, insuficiência renal crônica, câncer, entre outras. Esse processo pode levar dias, meses ou anos. Diante de um diagnóstico onde não há perspectiva de cura, vários cenários são possíveis: uma equipe de saúde que se frustra por querer exterminar a doença e curar, uma família que sofre com o diagnóstico e anseia pelo prognóstico, um paciente que pode parar de se ver como sujeito e se ver como doença e as combinações vão tornando-se infinitas nesse cenário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Existe um fato. Enquanto a morte não chega ainda há vida. E o que fazer com essa vida que se vê diluindo dia a dia? O conhecimento sobre a alternativa dos Cuidados Paliativos torna-se a cada dia mais comum. A palavra ‘paliativo’ vem do latim, <i>pallium</i>, que quer dizer manto. Nas Cruzadas, os cavaleiros carregavam seu manto para se protegerem das intempéries da natureza. Contra a chuva, o frio, não havia muito o que ser feito, apenas proteger-se, aliviar. Essa palavra remete ao significado de acolhimento e se confunde na História com o termo ‘<i>hospice</i>’; os <i>hospices</i> eram mantidos por religiosos e funcionavam como uma espécie de asilo, abrigo ou refúgio e hospedavam os viajantes o tempo necessário para sua recuperação e para que retomassem a viagem. A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu em 1990 e revisou em 2002 o conceito de cuidados paliativos como cuidados ativos e integrais ao paciente cuja doença não responde mais a um tratamento curativo. É uma abordagem de cuidado diferenciada que também abrange a família, visa aliviar os sintomas e a dor, proporcionando suporte também psicológico, social e espiritual.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nessa perspectiva o foco sai da doença e passa para o sujeito. Durante a história e com os avanços na saúde é possível observar que os processos de nascer, adoecer e morrer foram institucionalizados pela lógica hospitalocêntrica. Em contrapartida, crescem também os movimentos de humanização: do parto, do cuidado, da morte... Estranhamente ‘humano’ virou adjetivo e o parto, por exemplo, precisou ganhar outro nome (“parto humanizado”) para ser aderido. Esses movimentos, assim como o que nos interessa neste texto, tentam devolver o calor, o respeito e as cores da vida, sem apressá-la nem adiá-la, assumindo que mesmo sem o controle dela, podemos e devemos potencializá-la.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Os números das doenças que compõem o hall das de ‘morte anunciada’ só aumentam e diante deste cenário, para nós destaca-se uma reflexão importante: Se minha morte não for anunciada (ou mesmo que seja) é preciso pensar o que tenho feito com meu tempo de vida. Parece óbvio, não é? Mas não é evidente. Em geral, vivemos demasiadamente preocupados com projeções de futuro que pode sequer chegar a acontecer. Não vivemos na liberdade de quem pode pegar um ônibus e não voltar mais. As amarras de todos os tipos nos engessam: relacionamentos fadados ao fracasso não são terminados por medo, empregos geradores de infelicidade, não arriscamos um novo romance, uma nova faculdade, uma mudança de cidade simplesmente por uma vã ilusão de controle.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ninguém controla nada. As coisas podem mudar em um segundo, sua relação super estável pode terminar porque o outro se apaixonou de forma imprevisível, seu desejo pelo trabalho ou faculdade podem mudar, a empresa pode falir, você pode sair e não voltar mais... Não! Não se trata de uma desculpa para viver com irresponsabilidade. Trata-se de uma reflexão sobre o potencial de vida, sobre o que estamos fazendo com o tempo que temos e não sabemos até quando o teremos. É uma reflexão para te perguntar: Você está vivendo? Você deseja o que está acontecendo em sua vida? Você pode fazer algo para mudar? Você está satisfeito? Você se arrepende de algo que fez ou de algo que não fez? É possível dar mais sentido hoje a essa existência? É tão pouco tempo... O outro pode ir com o sapato ainda na varanda. Se hoje fosse sua morte, está valendo a pena viver? Que possamos arriscar mais na busca, potencialização, reinvenção e ressignificação de uma vida mais ‘humana’.</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><i>Rafaela Botelho</i></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante de Psicologia/Gestão de Recursos Humanos</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-2363452509072721952017-06-27T22:12:00.000-03:002017-06-28T11:42:13.095-03:00Confissões de um recém-pai 2: Ser melhor para ele<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Alessandro</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdVAWITLVmS_tJ6kDmvQjYIxmSUO4NZswxkNEyQkq59qiUlMAL6KlQoQLswmgxrWPSAs9XpcCh8HVi8JWFvw070k67qsy6c3abq8-Z1RDbv7xkcQu3KoWjxa4vbEf2NaZ2KjK5jcWmZ9o/s1600/pai+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1064" data-original-width="1600" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdVAWITLVmS_tJ6kDmvQjYIxmSUO4NZswxkNEyQkq59qiUlMAL6KlQoQLswmgxrWPSAs9XpcCh8HVi8JWFvw070k67qsy6c3abq8-Z1RDbv7xkcQu3KoWjxa4vbEf2NaZ2KjK5jcWmZ9o/s640/pai+2.png" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">Imagem de </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">http://www.meumenino.com.br</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Dizem que a paternidade/maternidade faz com que sejamos pessoas melhores. Não sei dizer se me tornei melhor após me tornar pai. Faz pouco tempo que isso ocorreu para eu conseguir ter uma percepção mais objetiva das mudanças. Além disso, creio que ninguém é bom juiz em causa própria e que um juízo desse tipo não é fácil de ser feito.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">De todo modo, mesmo não podendo dizer que melhorei por ser pai, posso afirmar com tranquilidade que ser pai me trouxe um desejo enorme de ser uma pessoa melhor. Pensar que o que sou afeta diretamente o desenvolvimento de uma criança e que parte do que ela será vem do que receber de mim gera uma espécie de temor sagrado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Não que eu fique pensando nisso a cada instante, mas há uma espécie de pano de fundo que permanece e que, vez por outra, toma a cena principal dos pensamentos. Também não é algo de que dê vontade de fugir... Não é mesmo esse o caso. A coisa funciona como um misto entre desejo, insegurança e sonho. É algo que amedronta e ao mesmo tempo alegra, que desejamos e, simultaneamente, tememos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O fato é que aquele rostinho está continuamente à minha frente, aquela pessoinha encontrou um lugar nas minhas prioridades que fez com que toda minha vida fosse repensada. Ele chegou e tudo mudou. Junto com ele veio a tarefa de acompanhá-lo na grande aventura da vida, de formá-lo, prepará-lo para que dê seus próprios passos. Nessa situação, o mínimo que consigo desejar é que ele seja uma pessoa melhor que eu... Mais virtuoso, mais livre, mais alegre... Mais tudo de bom! E ligado a esse sonho está a insegurança de alguém que possui sérios limites e que entende que só no enfrentamento deles terá condições de contribuir um pouco para o muito que é a formação de uma personalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A paternidade não dá a certeza da melhora, mas faz com que ela passe a ser considerada uma necessidade. Uma urgente necessidade. Esse desejo por melhorar vem do fato de ao amar os nossos filhos desejamos apenas o que há de melhor para eles. Inclusive os melhores pais. E como os pais que eles possuem somos nós, a reforma de nossos hábitos e atitudes passa a ser vista como uma tarefa para ontem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Creio, no entanto, que esse anseio por ser melhor não tem origem apenas na responsabilidade da tarefa confiada. Há uma raiz mais profunda e difícil de ser comunicada. Penso que a melhor palavra talvez seja gratidão. Ser pai tem sido uma experiência tão incrível e bela que, diante desse extraordinário, não há como não querer ser um pouco mais digno do dom que recebemos.</span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Alessandro Garcia</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Doutorando em Sociologia</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Fundador da Oficina de Valores</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-58725213883294256612017-06-21T09:45:00.002-03:002017-06-21T09:45:36.544-03:00Sobre valores e algodão-doce<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Por: Mariane</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlFBDsqXI7AtYwsFS2O0pVfKAzDG2WpQFPZNBhJ1U7CglJNNkxfu1OGxr-G0R2UnVsy4kWejEOhJmhaQSQHA4-Pz0SxOdu_-4ZjO4OoLox8plGQCaAJeOXCXNROlD3iSiMx0fL0Si3qIBk/s1600/catherine_expo_vg12_01012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="595" data-original-width="640" height="371" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlFBDsqXI7AtYwsFS2O0pVfKAzDG2WpQFPZNBhJ1U7CglJNNkxfu1OGxr-G0R2UnVsy4kWejEOhJmhaQSQHA4-Pz0SxOdu_-4ZjO4OoLox8plGQCaAJeOXCXNROlD3iSiMx0fL0Si3qIBk/s400/catherine_expo_vg12_01012.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">http://revista.vogue.globo.com/</td></tr>
</tbody></table>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Vida: palavra simples para esconder a grandiosidade que existe nela. O que vale, quanto vale para ganhá-la ou tirá-la? Não deveria, mas essa tem se tornado uma escolha. Ainda pensando nisso, essa semana ouvi uma criança dizer à sua mãe: "Sem algodão doce minha vida para!" Tenho refletido desde então. Pensei no que pode fazer uma vida parar, ou fazê-la estar em movimento. Qual é o algodão-doce da minha vida e o da sua?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Acabei me lembrando de um trabalho da faculdade, o objetivo era fazer a releitura de uma fotografia e explicar seu significado. Escolhemos uma fotografia simples: um homem com uma nuvem luminosa e cheia de raios em sua cabeça. Nela utilizamos um algodão-doce para representar a nuvem, afinal, quais são as nossas preocupações? Será que elas são realmente tão grandes ou somos nós quem as aumentamos? O artista, com seus trabalhos surrealistas e conceituais, retrata de uma forma gentil os dramas vividos por todos nós.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Acontece que, muitas vezes, esse "algodão-doce" não é tão doce quanto seu nome sugere. Existem algodões sem gosto, amargos, que não passam por nossas gargantas. Até mesmo o próprio doce, nem é tão doce assim ou então simplesmente não é do nosso agrado. Mas como fazer um que seja do nosso próprio gosto? Um algodão doce ideal para mim, para você e para todas às mais de sete bilhões de pessoas existentes no mundo. Se você ainda não entendeu o que quero dizer ou onde vou chegar com esse monte de açúcar, estamos chegando ao objetivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Em muitos momentos temos vivido semelhantes aos robôs. A subjetividade, as emoções da vida ficam pra depois - ou não ficam, vão embora. O modo automático de viver está ligado e não há quem saiba controlar manualmente as coisas. Um mundo sem valores está sendo construído com a sua e a minha colaboração. Mesmo não estando de acordo, sem querer, contribuímos com o nosso modo de pensar e nosso agir, principalmente. A questão é saber, através dos valores que acreditamos e defendemos, para onde estamos levando o mundo e para onde estamos nos levando.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Voltando à questão inicial do texto, o que para a sua vida e o que a coloca em movimento? Esse algodão representa a nossa vida e o que dá sabor a ele somos nós quem decidimos. Ficamos empacados em nossas dificuldades e isso nos impede de seguir em frente e escolher um caminho novo, nos preocupamos demais e esquecemos de nos manter ocupados. Nos prendemos às coisas vãs, de pouca importância e não damos valor a tudo. Tudo mesmo. Nossos planos nos levantam todos os dias, talvez à esperança de um dia melhor. Ou será que são só nossas obrigações nos acordando para mais um dia como o anterior? E os nossos sonhos, não sabemos onde estão ou, muito menos, se ainda nos pertencem. Temos que valorizar cada instante, como diz em uma canção: "passado não volta, futuro não temos e o hoje não acabou". O segredo é tornar sua felicidade valiosa e não permitir que ela dependa de algo que você possa perder.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Muitas perguntas são feitas por nós a nós mesmos e, sem saber as respostas da vida, nos levam a pensar que qualquer resposta, a primeira que encontrarmos, pode ser a alternativa correta. A verdade é que não há uma fórmula a ser seguida, mas existe um caminho que nos direciona até a procura pelo resultado. Esse caminho se encontra muito perto e distante ao mesmo tempo, é necessário olhar com os olhos do coração. Do seu coração, lá você se encontrará. Neste coração, mora a essência do que é preciso para viver. Toda vida é preciosa e tem suas peculiaridades, suas características. O que acontece é que não sabemos como usá-las e preferimos descartá-las. Ora, se todos fossem iguais, qual seria a essência da vida?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Nossas maiores dificuldades moram dentro da gente. O que deve ser mudado é o nosso olhar sobre elas, na esperança de que, com certeza, um destino extraordinário nos espera do outro lado. É como aprender a andar de bicicleta, as quedas têm a finalidade de nos preparar e nos tornar mais fortes até que estejamos bons o suficiente para traçar uma distância maior, com mais equilíbrio.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O que podemos fazer por nós mesmos hoje? Eu te desafio a pegar um papel e uma caneta e escrever todos os seus sonhos. Quais são os seus sonhos, os seus valores? A primeira vez que fiz isso foi difícil, eu admito, me senti como se fosse ficar presa ali para sempre; me enganei e ao escrever o primeiro sonho não consegui parar e vi tudo aquilo passar rápido demais até. Mas só foi tão difícil porque eu nunca tinha feito isso antes. Eu nunca tinha parado para pensar sobre como eles são importantes e fazem tanta diferença na minha vida. Agora eu vivo por eles!</span></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="text-align: start;"><b>Mariane Ignacio</b></span></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante de Jornalismo</i></span></span></div>
<style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Arial; panose-1:2 11 6 4 2 2 2 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-536859905 -1073711037 9 0 511 0;} @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-536870145 1107305727 0 0 415 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-536870145 1073786111 1 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:Calibri; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:11.0pt; mso-ansi-font-size:11.0pt; mso-bidi-font-size:11.0pt; font-family:Calibri; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page WordSection1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.WordSection1 {page:WordSection1;} --> </style>Binho Kraushttp://www.blogger.com/profile/01566931948076653701noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-58831721306037762802017-06-14T19:48:00.000-03:002017-06-14T22:20:54.186-03:00Mulher Maravilha - Resenha Existencial<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Alessandro</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh90eN-dMOaHCvam13c5pxPMEdDrKgV7fFBrHBTkp3wUe8WX1eLoGA10aCvDwjZyRcMyb_tiGzW4KaQwekPm4MRcZV4KvAZen7vnLCIjsCSutuMDBz8JnMqDoDka1Z4Bakv1M2664d7I-k/s1600/wonder_woman_main.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="1280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh90eN-dMOaHCvam13c5pxPMEdDrKgV7fFBrHBTkp3wUe8WX1eLoGA10aCvDwjZyRcMyb_tiGzW4KaQwekPm4MRcZV4KvAZen7vnLCIjsCSutuMDBz8JnMqDoDka1Z4Bakv1M2664d7I-k/s640/wonder_woman_main.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Uma resenha deve ser escrita logo após o filme ser assistido. Se essa regra não pode ser universalizada, ao menos comigo deve ser aplicada ao pé da letra. Tenho uma memória péssima e após uma semana já esqueci boa parte do que seria importante comentar. Apesar de saber isso, escrevo esses comentários sobre o recente filme da Mulher Maravilha exatamente sete dias após ter ido ao cinema assisti-lo. Com toda a certeza, deixarei elementos fundamentais de lado. Só consigo ver uma vantagem em redigir esse texto hoje: nele estará contido aquilo que ficou após passar pelo crivo de uma memória fraca.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Mulher Maravilha </i>chegou ao cinema sob o signo da desconfiança. Após <i>O Homem de Aço</i>, <i>Batman vs Superman</i> e Esquadrão Suicida, poucos eram aqueles que esperavam um grande filme da princesa amazona. Esse quadro de baixas expectativas começou a ser revertido com as primeiras críticas, bem diferentes daquelas que foram dirigidas aos três últimos filmes da DC. No grupo composto por aqueles que assistiram ao filme primeiro, existiram os que não gostaram, mas pela primeira vez desde 2013 estes não eram a maioria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A recepção do público não foi diferente da mostrada pela crítica e as reações de euforia e os elogios nas redes sociais logo ficaram comuns. Houve mesmo um comentário que brincou com os tropeços da DC em comparação com os sucessos vindos dos Marvel Studios. Dizia ele: “o filme ficou tão bom que até parece da Marvel”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Diante dessa entusiasmada recepção, as questões que se colocam são: 1 -O filme merece os elogios que recebeu? 2 - Realmente a DC fez um filme nos moldes dos Marvel Studios? 3 - <i>Mulher Maravilha</i> traz esperança para o universo cinematográfico da DC?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Minhas respostas para elas são: sim, não e sim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em <i>Mulher Maravilha</i> temos uma história de origem muito bem contada, um roteiro sem grandes furos, boas atuações, uma protagonista carismática, momentos emocionantes e uma história capaz de gerar empatia no espectador. A coisa toda funciona de maneira orgânica e fica fácil suspender a descrença diante dos exageros que o gênero de super-heróis traz. Não custa lembrar que boa parte disso é uma novidade nas produções da Distinta Concorrente...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sobre o fato do filme se render à fórmula Marvel, creio que seja um exagero. O filme mantém uma fidelidade estética ao que foi feito antes: os tons mais escuros, as cenas em câmera lenta... Tudo continua. Sobre os alívios cômicos, eles realmente aumentaram em número, mas vale dizer que eles funcionaram melhor do que em boa parte dos filmes da concorrente. Foram construídos de forma a ser apenas uma consequência das reações de alguém a costumes que não entende. Algo parecido com o que acontece com o Capitão América, mas melhor executado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O filme possui suas fraquezas. Entre os vários elementos que poderiam ser melhor cuidados estão os soldados que acompanham Diana. Eles poderiam ser um pouco menos caricatos; a impressão é que estão ali só por estar. Além disso, a sequência final foi, a meu ver, mal conduzida e atrapalha o clímax. Há o esforço por construir algo épico, mas os momentos de melodrama desnecessários fizeram com que o resultado ficasse aquém do que podia ser.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Um dos pontos altos da jornada da heroína contada em <i>Mulher Maravilha</i> é que a personagem não apenas realiza sua missão, mas confronta seus valores. Ares não é o único responsável pela destruição que os humanos acarretam e a salvação da humanidade não virá da derrota de um vilão. O mal está no coração dos homens e é lá também que ele deve ser vencido. Em outras palavras, Diana terá que decidir lutar por aqueles que não merecem afim de que um dia possam ser melhores. Escolher lutar pelos bons é uma tarefa difícil, combater para salvar os maus é uma decisão que parece desafiar o bom senso. Acontece que esse é o único caminho para aqueles que realmente desejam transformar a realidade. Afinal, “não se trata do que eles merecem, mas do que nós acreditamos”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Chega a ser interessante ver que <i>Mulher Maravilha</i> apesar de suas constantes referências à mitologia grega está carregado de uma visão de mundo marcada pelo cristianismo. O início do filme chega a dizer que os homens foram feitos a imagem dos deuses e que por certa influência externa se perderam. Além disso, a vocação das amazonas parece diretamente relacionada a uma missão de redenção da humanidade. Essa redenção inicialmente é vista como consequência da derrota de um inimigo primordial mas, a partir de certo momento, passa a ser entendida como uma reforma ou regeneração interior. Nesse contexto, é muito bacana ver a releitura feita dos deuses gregos e dos seus desejos para a humanidade feita nesse longa-metragem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Outro ponto que chama muito a atenção no filme é a reflexão que ele traz sobre a banalidade do mal. Diana fica indignada momento após momento com situações e coisas que para todos à sua volta são naturalizadas. Ela toma decisões tidas como imprudentes apenas porque não suporta que o sofrimento dos mais fracos e inocentes seja tratado com indiferença. E essa sua postura vem do fato de que ela não está acostumada com a maldade... Seus olhos não conseguem ignorar a dor que passa diante deles; a amazona não consegue tratar os sofredores como invisíveis. Por isso fica fácil concluir que ela se torna uma heroína não porque é poderosa, afinal Ares também o é; sua grandeza reside no fato de que nela o amor é maior que o poder.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Dentro da história que seu filme conta, a Mulher Maravilha<i> </i>tornou-se o início de possibilidades melhores, um sinal de esperança. Não é exagero dizer que quando pensamos o mundo fora da tela, o mesmo pode ser dito. Com <i>Mulher Maravilha</i>, a DC renasceu nos cinemas e mostrou que nem só de Batman vive seu universo. Depois deste filme, as expectativas para Liga da Justiça aumentaram e, pela primeira vez, parece que teremos uma sadia disputa pela ponta nos filmes de super-heróis.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Para encerrar, quero recordar a ideia que fechou um dos filmes do Batman dirigido por Christopher Nolan: Ele não é o herói que merecemos, é o que precisamos. A mesma ideia poderia ser repetida para concluir <i>Mulher Maravilha</i> e talvez qualquer filme com arquétipo de super-heróis qual tal os quadrinhos nos comunicaram. Uma semana depois de assistir à história da Princesa Diana fico pensando se não é próprio da essência do heroísmo colocar a necessidade do outro acima de seus merecimentos e que heróis serão aqueles que souberem vencer a tendência de dizer a si mesmos: Não vou me envolver, afinal eles estão recebendo exatamente aquilo que merecem...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
</div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Alessandro Garcia</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Doutorando em Sociologia</i></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Fundador da Oficina de Valores</i></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-48091865523991955522017-06-07T15:43:00.001-03:002017-06-07T15:44:07.920-03:00De onde vem a constância?<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Guilherme</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgciXpyYBVDdPnAwR4cVp6kRPolU3h_HUqXaxhfZ1Vxxoc-_E6WGEGAnkgGjNc2u0H9WJblq_Vhw7bW9oAaCx8EgGJ6At6m2n4S0RxDuvJrCYONeAOlK__fl66lxGrmawjLbRfdsG22jec/s1600/perseveranca_bjf_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="662" data-original-width="1000" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgciXpyYBVDdPnAwR4cVp6kRPolU3h_HUqXaxhfZ1Vxxoc-_E6WGEGAnkgGjNc2u0H9WJblq_Vhw7bW9oAaCx8EgGJ6At6m2n4S0RxDuvJrCYONeAOlK__fl66lxGrmawjLbRfdsG22jec/s640/perseveranca_bjf_.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Há chefes que apaixonam seus funcionários. Não no sentido afetivo da palavra, claro, mas por causa da capacidade que eles têm de motivar, ajudar o crescimento dos empregados e sua dedicação. Por outro lado, um chefe se apaixona por aquele funcionário que deseja aprender, que está sempre disposto e, principalmente, feliz.</span></span><br />
<span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large;">Retirando a hierarquia – chefe e funcionário – o que faz uma pessoa realizar sua rotina todo dia? A resposta é simples, estas possuem um objetivo sincero para alcançar, e são estas que, conscientemente ou não, lutam contra a inconstância.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Apesar de ser óbvio pensar nesse sentido, há muitas pessoas buscando a “glória” sem querer esforço nenhum. Essas pessoas querem ser reconhecidas sem mostrar serviço, possuindo assim uma preguiça disfarçada. Esquecem que nada se pode fazer sem uma força motriz, não há possibilidades de se chegar a algum lugar sem um objetivo forte e convincente para justificar o caminho percorrido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A empresa que trabalho, por estratégia, decidiu se mudar para São Paulo. Com isso todos os funcionários serão dispensados. Apesar do clima de luto e tristeza, existem alguns tranquilos como o fechamento da fábrica, e isso porque eles possuem a certeza de terem feito um ótimo trabalho durante o tempo de empresa. Independente do momento que estamos passando, da época que vivemos e suas crises, estas pessoas não desistiram de acreditar que o melhor está por vir. Creem que toda situação é feita para crescimento e aprendizagem, e é nesse acreditar que a inconstância é combatida, e nele que nosso objetivo concreto deve ser apoiado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Como a situação descrita acima, a luta contra a inconstância deve ser ativa principalmente em momentos conturbados. É claro que o medo e a insegurança em situações como essa são reações muito humanas e compreensíveis de se ter. Mas aqueles que mesmo assim não desistem vão fortalecendo na constância seus ideais. E é necessário que os ideais provoquem que em nós altas emoções, se cristalizem em convicções e se traduzam em decisões concretas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Por fim, não é fácil fazer de cada dia o mais especial de todos, porém se faz necessário. Se um dia nos propormos a atingir uma meta, não devemos conservar na alma o vício da inconstância, o importante é chegar até o fim, e chegar por amor, custe o que custar.</span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Guilherme Levandeira</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Engenheiro de Produção</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Oficina de Valores</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-44428658077641723712017-06-04T14:43:00.000-03:002017-06-04T14:43:08.306-03:00Testemunho do Retiro de Membros: Eu Tenho Deus<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Por: Danúbia</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMTVNdux6VWApF1JCpNXo-Mmm4EPmSMo7UUAnzwX8QZkakFjJKpLxZGPIYhvx9kt8v75bH2rtJsLWquL6oTrouqkQMEw-xaLAMgzMyI4UGAVR-VRajviaW1TCWw_XCfaK6Zws2K0eg_zY/s1600/18738775_1310809909015078_1837393206364468712_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="666" data-original-width="1184" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMTVNdux6VWApF1JCpNXo-Mmm4EPmSMo7UUAnzwX8QZkakFjJKpLxZGPIYhvx9kt8v75bH2rtJsLWquL6oTrouqkQMEw-xaLAMgzMyI4UGAVR-VRajviaW1TCWw_XCfaK6Zws2K0eg_zY/s640/18738775_1310809909015078_1837393206364468712_o.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">“A minha humanidade chora</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E Ele não demora a me certificar</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">De que alguma hora eu perceberei</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O que eu preciso para ser feliz</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E eu aqui tentando achar</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Alguma explicação para tanta linha torta</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E Ele diz, sorrindo, assim: “Confia em mim”.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(Bruno Camurati)</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quem me conhece sabe o quanto eu gosto das músicas do compositor e cantor acima. Apesar de ouvi-las frequentemente, nos últimos dias estava com essa na cabeça devido ao lançamento do clipe. No último final de semana, fui para o Retiro de Membros da Oficina de Valores e, apesar do cansaço, as minhas expectativas para o Retiro eram ótimas. Seria o Retiro no qual eu participaria como membro da Oficina e ao final, na missa de encerramento, faria meus compromissos com a obra.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Já havia participado do Retiro de Membros no ano passado, que aconteceu durante o período de discernimento, e foi uma experiência incrível porque pude conhecer mais a Oficina e aqueles que reconheceram nela o meio de servir a Deus. Neste segundo retiro, logo na primeira noite, o Alessandro falou do sentimento de pertença a Oficina, do caminho exclusivo que Deus tem para cada um, que não é maior do que ser cristão, mas que em cada realidade devemos refletir tanto a alegria de ser cristão, quanto o carisma que partilhamos.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Este sentimento de pertença já existia e me acompanha acho que desde que conheci a Oficina. Senti, naquele Retiro de Universitários de 2015, em meio as minhas dúvidas vocacionais, que Deus me queria lá. Amadureci, rezei e refleti sobre esse sentimento durante todo o processo de discernimento. Continuo acreditando que é o meu lugar, onde Deus me quer.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ouvir, durante a comunhão no domingo, uma música (Estou Aqui, do Anjos de Resgate) que foi tema de um encontro na minha infância, me levou a todo o itinerário do meu relacionamento com Deus e à paz e certeza de que mesmo diante de minhas limitações e misérias eu posso dizer: Eu tenho Deus! E Ele se faz presente na minha vida através da Oficina e das pessoas que fazem parte dela. O sim dado deseja ser uma expressão de confiança, gratidão e amor a Deus.</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><i>Danúbia Faraco</i></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Formada em Ciências Contábeis</i></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Oficina de Valores</i></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-62159122355151652742017-05-31T09:54:00.001-03:002017-05-31T09:54:24.634-03:00Testemunho do Retiro de Membros: Sobre ser Oficina<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Vitória</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq-lxf9RFMnw2ac1Q0UBw-Fr5-hJ5M0Re92sHgOQ77PCmy_2gGTNiWKje9Z-7oshZ8v8JCbr5OzRAgiqAILvPEBzp39J_81qoma7_E5q_GBRxizgDWZxwmva3mYRvHZRTiv3eV8H0iTCY/s1600/18768521_1288516341247521_5239915905300994844_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq-lxf9RFMnw2ac1Q0UBw-Fr5-hJ5M0Re92sHgOQ77PCmy_2gGTNiWKje9Z-7oshZ8v8JCbr5OzRAgiqAILvPEBzp39J_81qoma7_E5q_GBRxizgDWZxwmva3mYRvHZRTiv3eV8H0iTCY/s640/18768521_1288516341247521_5239915905300994844_o.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No dia 20 de novembro de 2016, após um discernimento bem acompanhado e alguns dias de retiro, eu firmei meu compromisso como membro da Oficina de Valores. Esse "sim" reflete minha visão da Oficina como um caminho vocacional e é nessa comunidade que vivo o que a Igreja me pede.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">No último final de semana pude participar do retiro de membros de 2017 onde mais quatro amigos deram seu sim a esse compromisso. Voltar a refletir mais profundamente sobre minha decisão me mostrou a dimensão do que é ser católico através da participação em uma comunidade.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Em cada momento desses dias era perceptível o sentimento de pertença de cada um dos que estavam lá, pois temos o mesmo ideal e buscamos seguir o mesmo caminho. Conhecemos nossos limites e dificuldades e mesmo podendo ser difícil lidar com algumas delas, olhar para isso não como empecilho, mas como possibilidade de mudança (e mudança de fato), dá mais alegria do que dor de cabeça.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Quando comecei a participar da Oficina cinco anos atrás, me vi diante de pessoas um tanto mais velhas e em momentos de vida diferentes do meu. Nessas pessoas eu pude enxergar uma decisão muito bem feita e um comprometimento com as coisas de Deus que me faltavam. Meu amadurecimento sobre o que é realmente ser católica começou a partir daí. Nesse momento, aquelas pessoas, mesmo que de forma mais distante, tornaram-se referência para mim. E são até hoje. Graças a Deus bem mais próximas.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />“De tempos em tempos, Deus envia carismas para o mundo. A Oficina é um destes carismas”, bem disse um dos nossos fundadores durante meu processo de discernimento. A presença, a conversa e o riso se traduzem no meu cotidiano principalmente porque tenho uma comunidade que me proporciona viver esses carismas. Não são meramente ações, são meu caminho de santificação e vivencia cristã. O que parece exigência se revela vontade.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">É difícil encontrar palavras para escrever sobre o que aconteceu neste final de semana e sobre o que é ser Oficina. Talvez tão difícil quanto possa ser para alguém que tem outra comunidade ou outro carisma entender o que se passa com a gente. Encontrar explicação para tudo o que vivo enquanto membro é tentar descrever experiências muito pessoais que estão no nível do sentir. O que tento dizer é que pertencer a Oficina é pertencer a Igreja e pertencer a Deus. Através desta obra Ele me diz todos os dias: eis que estou convosco! Sou grata por essa presença ser revelada a mim através da Oficina de Valores.</span></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Vitória Lopes</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante de Arquitetura</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Oficina de Valores</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-19570850584447973772017-05-11T16:35:00.001-03:002017-05-11T16:36:46.844-03:00Nossos limites<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Angelo</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiVfFwCCaWJ4Xtw6pJpf9AMIBaHtAUuQ7KmDlWOsv2YuhQr188wMIkJE2nS_6afWkmf8z_DsCvmjyIxElmaMIpPPox0zRGeW8s3Lj4Ym4kZ5sc5RTa830PngHI6YyoRv-cnga10qabr2Y/s1600/limites.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="440" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiVfFwCCaWJ4Xtw6pJpf9AMIBaHtAUuQ7KmDlWOsv2YuhQr188wMIkJE2nS_6afWkmf8z_DsCvmjyIxElmaMIpPPox0zRGeW8s3Lj4Ym4kZ5sc5RTa830PngHI6YyoRv-cnga10qabr2Y/s640/limites.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Olá, meu nome é Ângelo de Almeida Rodrigues, tenho 27 anos, atualmente sou professor de filosofia na rede Estadual, moro com a minha família, tenho amigos e namorada, sou membro da Oficina de Valores. Meus defeitos são principalmente a preguiça, a desorganização, a ansiedade e a insegurança, já minhas qualidades são o companheirismo, a boa escuta e a simplicidade.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A apresentação breve escrita por mim acima admite: a minha maior dificuldade foi apontar minhas qualidades e minha maior facilidade estava em demonstrar meus defeitos, e talvez seja também a sua. Esta dificuldade de enxergar uma positividade coincide também com o cotidiano de nossas vidas, no lidar das resoluções, sejam elas práticas como pegar um ônibus, conversar com alguém sobre um determinado assunto, fazer a manutenção de algo ou também abstratas, como construir pensamentos sobre determinados assuntos, pensar sobre uma decisão, planejar as coisas para presente e futuro. Nós sofremos para lidar com essas situações por vários motivos, sendo o principal dentre eles, um certo perfeccionismo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O perfeccionismo ataca a todos de algum modo ou de outro (talvez até aquela pessoa que você ache sem compromisso, ou muito preguiçosa, que faz as coisas todas pela metade), porque no fundo o homem tem um desejo tremendo de não errar em nada, pois isso traz os mais variados retornos desagradáveis: um ônibus perdido porque dormiu demais, uma coisa que não deveria ser dita àquela determinada pessoa, um erro ao consertar alguma coisa ou até mesmo ter pensamentos equivocados sobre determinada situação, tomar uma decisão ou planejar algo errado para a vida. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Com isso, nos vem a pergunta: por que nós erramos? A justificava mais direta e lógica é de que somos limitados, seja nas nossas características materiais ou imateriais. Exemplo de limitação é a própria morte, ou mesmo que nossa mente sofre influência dos nossos desejos. O ser humano nasce com essa marca da imperfeição. Diante disso, a maioria das pessoas, de um modo ou de outro, não aceita essa característica intrínseca no homem. Ao longo dos séculos, vemos várias dessas pessoas tomando medidas extremas para tentar transformar um homem em um deus, fugir de sua essência. Mesmo cada um de nós, em algum momento, agimos como se nossos limites não fossem reais, almejando esse perfeccionismo como dito acima. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Contudo, essa luta intensa nos frustra, porque sempre falhamos ou somos imperfeitos, em um momento ou outro da vida. Pode parecer que esse texto não tenha o menor sentido a não ser trazer um pessimismo humano como muitos pensadores contemporâneos nos indicam. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Mas ao invés de remoermos e enxergar nossos limites como negativos, proponho um ponto de vista diferente, trazer à tona os pontos positivos desses limites, de nossa "essência" ou "marca" de nascença. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em um primeiro momento, é necessário olharmos com amor nossa essência de sermos imperfeitos, que contém defeitos, ao invés de os colocarmos como barreiras para não alcançarmos as coisas, limitarmos nossas atitudes diante das situações, ou até mesmo nos inferiorizarmos diante dos demais por isso. Devemos, pois, ter uma postura contrária a isso, encarando estes defeitos como um sinal, ainda que difícil, de modelagem para uma vivência intensa de nossas qualidades, ou um desafio para que estes meus erros se transformem em acertos. A minha preguiça pode ser um aviso do quanto preciso organizar a minha vida, fazer com amor as coisas, ou ir além em determinados momentos; a minha ansiedade me mostra o quanto ainda preciso ser paciente, equilibrado ou confiante nas decisões que são feitar por mim ou por alguém. Em suma, posso encarar os meus defeitos como alertas para um maior cuidado das minhas qualidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por seguinte, pensarmos em nossas ações erradas nos traz alguns pontos importantes. O primeiro ponto é tomar consciência de que praticamente toda ação não depende somente de nós, as variações são diversas sejam elas referentes aos objetivos, aspectos naturais e até pessoas que são, como eu e você imperfeitas, trazendo resultados que nem sempre coincidem com o que planejamos. Porém, essas problemáticas podem trazer também aspectos positivos (depende de aceitarmos encarar assim) como a paciência e a improvisação para dar soluções novas aos problemas, gerando assim a caridade em si, a compreensão com um ocorrido ou com uma pessoa. Por exemplo, se encaramos com um olhar diferente a dificuldade de uma pessoa do seu grupo em apresentar um trabalho, mesmo que prejudique a nota geral, podemos ser pacientes, compreensivos e buscar uma maneira de ajudá-la, no momento ou posteriormente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O segundo ponto: na ótica das minhas escolhas individuais, há um entorno de muitos arrependimentos e lamúrias por não ter tomado uma decisão acertada ou feito bem uma coisa. De fato, é muito nobre nos arrependermos das coisas, contudo carregar um ressentimento sem ter em vista algo de bom disso tudo é ter uma vida repleta de tortura. O que nos mostra o quanto encaramos as decisões com muito orgulho (no sentido negativo). O orgulho de acharmos que o melhor é o que decidimos e que aquilo teria que ser do nosso jeito ou da nossa vontade. Um erro pode ser um sinal positivo, que nos faça perceber que o outro pode nos ajudar nestas decisões, nos mostrar algo que não podemos ver, trazendo assim, a qualidade da humildade e da escuta. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E por fim, dentro de cada um desses “outros” que podem nos ajudar, há um Outro que é maior que todos, e que é a maior razão para vermos positivamente o fato de sermos limitados. Nossos limites são a demonstração que somos totalmente dependentes de Deus. Primeiramente porque Ele é o único Ser perfeito, que conduz tudo que é imperfeito. Mas também como todo pai que tem paciência com um filho por seus erros, Ele nos conduz a entender que mesmo dentro dos limites há algo maior que nos espera, um sentido naquela decisão mal feita, naquele momento inesperado ou até mesmo naquele defeito insistente, e que só cada uma de nós em particular diante de Deus saberá. Mas Ele também é misericordioso, e, mesmo quando nossos defeitos nos atrapalham, como diria Santo Agostinho, "A graça supera a natureza". A ação de Deus supera os nossos limites e obstáculos, das coisas mais simples às grandes. Sendo assim, podemos terminar com a mesma certeza de que São Paulo fala aos Coríntios: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">“Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim [o espinho na carne]. Mas ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte." (II Coríntios 12,8-10)</span></div>
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Angelo Rodrigues</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Professor de Filosofia</i></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Oficina de Valores</i></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-44771230453514398482017-05-05T16:31:00.000-03:002017-05-05T22:34:17.278-03:0013 Reasons Why - Resenha Existencial<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Adriano</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNTaD9anOMcSoMh_pA5iQVcHA_vL5C2pAkrniy9j2gKCP5CvZXQESWrF3aiIBlV6sGt9DDncCvypDStZ_TzmdicEHUgPjaHR9mTxoBlFicbUYsiQsRbP6kDrYO6de-yym9A8y_Y5jbdCo/s1600/13-reasons-why-agambiarra-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNTaD9anOMcSoMh_pA5iQVcHA_vL5C2pAkrniy9j2gKCP5CvZXQESWrF3aiIBlV6sGt9DDncCvypDStZ_TzmdicEHUgPjaHR9mTxoBlFicbUYsiQsRbP6kDrYO6de-yym9A8y_Y5jbdCo/s640/13-reasons-why-agambiarra-2.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Resolvi acompanhar o frisson. Volta e meia, aparece algum filme ou série que repentinamente tomam de assalto as redes sociais e você precisa tomar cuidado pra não ler/ouvir algum <i><a href="http://oficinadevalores.blogspot.com.br/2016/02/a-guerra-dos-spoilers.html">spoiler</a></i> acidental, saber da trama toda sem nem mesmo saber o nome da atração! Mas tá aí, terminei de assistir <i>13 Reasons Why</i>, série original da Netflix. Em tempo, a série é baseada num livro homônimo, lançado em 2007.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ela conta a história de uma menina que se suicida e deixa treze fitas cassete, explicando quem/quais foram as treze razões pelas quais ela escolheu tirar a própria vida (se não viu a série, fique tranquilo, isto é contado logo nos primeiros 10 minutos do primeiro episódio), e o contexto onde se passa essa história é um colégio americano típico. Os personagens estão nos seus 16-18 anos (<i>High School </i>americana, tipo nosso Ensino Médio). Já dá para notar de antemão que é uma época da vida onde tudo tende a tomar uma proporção maior - os dramas, as angústias, os relacionamentos e seus meandros, os sonhos... Tudo isso é potencializado nessa fase. E ao jogar luz sobre os dramas de um grupo de adolescentes e suas consequências - que podem ser nefastas - é possível perceber algo que é tão óbvio no mundo, que chega a revoltar por não fazermos muita coisa para remediar: o mundo está doente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Pois as relações humanas estão doentes. Porque as pessoas estão doentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Calma, ainda existe coisa boa no mundo. Mas falando desta história, que é ficção, mas também é bastante verossímil, faz-se necessário comentar e trabalhar esta questão: nós estamos vivendo relações doentes. Embora a série trate de um problema bem sério que é a depressão, esta falta nas relações começa a se manifestar em situações bem menos perceptíveis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Situações simples do nosso dia-a-dia como pequenas decepções, um "bom dia" não respondido, coisas corriqueiras podem afetar muito negativamente as pessoas. Por que isso acontece? Creio que, apesar de ter a certeza de que não somos simplesmente um produto do ambiente onde vivemos, esse mesmo ambiente influencia muito as nossas vidas. E o ambiente é formado por uma infinidade de pessoas, histórias, relações entre elas... são muitas variáveis pra se levar em conta, e isso torna o cálculo impossível. Não é nem um pouco efetivo ficar tentando calcular os porquês de uma pessoa reagir tão mal a uma "zoeira" num nível, digamos, quase acadêmico. Cair na armadilha de uma análise impessoal é um risco enorme nesses casos - e como a série trata muito a questão do <i>bullying</i> e suas consequências, tratar o problema como algo abstrato (lidar com o ato e não diretamente com a pessoa que é vítima dele) pode ser tão desumano quanto "zoar" alguém por algo. Em outras palavras, pensamentos como "ele que leve na brincadeira", "ninguém mandou ser tão melindroso(a)", e coisas assim, são um risco que podem nos levar a fechar os olhos para situações mais graves.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Enxergar na protagonista situações do nosso dia-a-dia é bem fácil. E são coisas que a princípio parecem bobeira mesmo. Não vou detalhar pra não dar aquele famoso <i>spoiler</i> (que condeno!), mas posso dizer sem medo que a lição que fica depois de assistir a todos os dramas, cenas fortes, lágrimas, é que podia ter havido mais amor. Saber olhar para o outro, dedicar um tempo pra entender o que a pessoa está falando em vez de se preocupar em bolar uma resposta sem nem ouvi-la direito, pensar no que a pessoa falou, comunicou, estar atento àquele olhar estranho que o amigo deu quando falou "tá tudo bem, relaxa"... Isso tudo é amor, isso tudo é remédio pras nossas relações doentes que, se não tratadas, podem morrer, ainda que não fisicamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Vários blogs e veículos de mídia nos últimos dias tem demonstrado alguma preocupação com o impacto que <i>13 Reasons Why</i> pode causar nas pessoas que tem alguma tendência depressiva ou a comportamentos similares, ou até quem já vivenciou algo assim. É uma preocupação bem válida, visto que a arte pode influenciar nossas vidas de maneira bem profunda. Alguns episódios inclusive têm um aviso no início, informando sobre cenas e temas fortes, e recomendando cuidado ao assistir. Mas mesmo com essas ressalvas, creio que vale a pena aprofundar-se no tema, e buscar um entendimento melhor das coisas, dos outros, e de si mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>13 Reasons Why</i> é bem sucedida em demonstrar que atos têm consequências além das externas, além das óbvias. Simples omissões, faltas de cuidado com o que ouvimos ou notamos, ou palavras desmedidas na hora errada podem deixar marcas nas almas dos que nos cercam - colegas de classe, amigos, namorados (as), familiares. E, por mais que pareça extremo dizer isso, é importante manter na mente que as pessoas não duram pra sempre - qual a marca que eu quero deixar em quem passa pela minha vida?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">"Mais amor, por favor", quem nunca leu/viu/ouviu algo assim? E sim, isso pode salvar vidas! Mas só se sair do papel e da postagem no Facebook e virar um gesto concreto. Para alguns casos, perceber um problema deve acompanhar o encaminhamento para algum especialista. Mas para todos que convivemos, precisamos de mais empatia, mais mãos amigas, mais sorriso, mais bom dia pra você também. Mais... amor, por favor.</span></div>
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Adriano Reis</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Analista de Redes - TI e Estudante de Engenharia da Computação</i></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Oficina de Valores</i></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-11121066403320582802017-05-01T12:32:00.001-03:002017-05-01T14:04:50.047-03:00Testemunhos do Retiro de Universitários - Do final de semana na Oficina de Valores<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYHG7UNuWMs6bNcDqRTlW_GESC1npDKDPuqyOviPd67tlphQaLqY0gC50Rrzv0dMtpIcyilb1GDDp13NU5jJOwp9tpuAyzcyOHa_8Ndb2T76t9HAofIKYqx5lbFyoJRaZpg4rU9YA8tCs/s1600/17917506_1064060393727091_6144001049597300956_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="550" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYHG7UNuWMs6bNcDqRTlW_GESC1npDKDPuqyOviPd67tlphQaLqY0gC50Rrzv0dMtpIcyilb1GDDp13NU5jJOwp9tpuAyzcyOHa_8Ndb2T76t9HAofIKYqx5lbFyoJRaZpg4rU9YA8tCs/s640/17917506_1064060393727091_6144001049597300956_o.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Me graduei em 2015, sou de 90, iniciei o Mestrado em 2016 mas por razões conflitantes preferi me apartar dessa realidade e me voltar ao trabalho. Sim, sou Católico! Resumidamente, essa é minha história acadêmica/profissional e achei interessante começar o texto assim para o possível leitor que se ver nessa situação ou próxima a isso não se sentir indiferente quando ler este texto.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Bem, este não foi o primeiro retiro que fiz e espero que não seja o último... Acredito que quando vamos fazer um retiro é porque estamos procurando uma resposta, uma vivência, ou um novo fôlego para a iluminação em nossos caminhos espirituais e intelectuais, e sempre o aspecto espiritual (a fé) deve estar acima do intelectual. Eu me propus, mesmo que com minhas falhas e imperfeições humanas, a viver de alguma forma essa realidade que estava ali podendo ser vivida. Já havia ouvido falar sobre a Oficina de Valores desde 2015, e ainda não havia tido a oportunidade de ir no retiro. No entanto, no dia 21 de abril de 2017 houve esta oportunidade, fiz minhas malas e fui conhecer esta obra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Chegando no Sítio, eu e minha companheira de retiro, minha irmã, colocamos nossas malas na varanda da Casa Rosa e conversamos com algumas pessoas até então desconhecidas mas que depois se revelaram fazer parte do grupo organizador do retiro. Achei bem bacana que, mesmo com a correria e ansiedade que deveriam estar passando, tiveram essa sensibilidade de conversar e procurar conhecer as pessoas que estavam ali para poder participar das experiências em Cristo que seriam realizadas até o dia 23.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A partir do primeiro momento em diante, isso inclui a dinâmica feita para quebrar o gelo da galera, a de conversar por 1 minuto, posso dizer que os momentos foram de boas reflexões, oração e oportunidade de estabelecer novas amizades com pessoas que valem a pena de se conhecer em Cristo. Afinal, é essa a fé que nos ligou e marca as nossas vidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Falando de mim, posso dizer que fui a procura de algo que pudesse reacender de alguma forma a minha certeza e minha fé na única e verdadeira fé, aumentar meu vigor espiritual. Afinal, no nosso cotidiano somos afogados por vários acontecimentos e vivências que abaixam o fogo de nossa fé, e isso é um problema que deve ser enfrentado com atenção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O que posso dizer é que para as pessoas, principalmente os Jovens Católicos, que gostam de procurar as respostas que a razão pode dar sobre a fé, a boa pedida é a Oficina de Valores. No retiro foi perceptível o cuidado que a equipe tem quando passa essas informações nos bate papos e nas palestras. E tudo isso sem se descuidar da oração, esse é o ponto mais importante! Apesar de, em teoria, se tratar de um “retiro intelectualizante Católico” não deixou as vivências de oração comunitária perderem o seu sentido. Vale ressaltar também a possibilidade sempre aberta de oração individual que era dada em vários momentos no retiro. Fé e Razão caminhando lado a lado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Gostaria de ter um poder maior de memorização e compartilhar várias palavras e reflexões de muito valor que foram ditas nos momentos e testemunhos que passamos no retiro, mas o que posso dizer, e que me tocou mais profundamente, foi o momentos Mariano. Nele pude contemplar a humildade e o amor de Nossa Senhora, sempre apontando para Nosso Senhor Jesus Cristo, na santa humildade, solicitude e silêncio. Disso não abro mão, é o que tocou mais profundamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por fim, o que posso dizer é que após fazer o retiro me sinto, de certa forma, no dever de ser grato por ter tido a oportunidade de rezar e ter podido me aproximar novamente, de uma forma diferente, da realidade da minha fé, da realidade da verdade revelada, da realidade de Deus. Espero poder continuar próximo dessa espiritualidade que pude experimentar e amadurecer minha fé para ser um testemunho no mundo para Cristo!</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Roberto Silvério</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Universitários 2017 / Time Vermelho</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-75722283160412823252017-04-28T13:23:00.000-03:002017-04-28T13:30:44.045-03:00Testemunhos do Retiro de Universitários - Qual a medida do amor?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf_0M89QQj-yITx6yv_yEfacx6h_2rC7w0WtIybi3BPNQgU41S_YAcpPl_leCUMkMZgsN-QQ1wqCyci9m_1qpOuSEPifzQkX98ZzRD8NloaBs7SzG_VKywjDJQyDjqyq52l_hN4C58FhI/s1600/amores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf_0M89QQj-yITx6yv_yEfacx6h_2rC7w0WtIybi3BPNQgU41S_YAcpPl_leCUMkMZgsN-QQ1wqCyci9m_1qpOuSEPifzQkX98ZzRD8NloaBs7SzG_VKywjDJQyDjqyq52l_hN4C58FhI/s640/amores.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><i>Tudo se resume em caridade...</i></b></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Eu participo ativamente da Igreja desde 2010 e logo no início entrei naquele ativismo de achar que era necessário fazer vários encontros e participar de tudo, porém mudei de Paróquia há três anos e fui para um lugar onde não tem grupo de jovens e nem nenhum tipo de perseverança. Desde então estou tentando ajudar na Pastoral de Crisma e criar um grupo de perseverança. Com toda essa correria, já fazia três anos que não participava de nenhum encontro, até que fui convidada e não tive mais como rejeitar!</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Neste final de semana tive a oportunidade de estar em um retiro com uma estrutura completamente diferente dos outros que já fiz. Um pessoal mais maduro, que conhece a minha realidade, minha rotina de se dividir entre trabalho, estudo, família, amigos, Igreja... Enfim, um encontro mais light. Todas as pregações foram maravilhosas e o que mais me atrai na Oficina é que as pregações não nos deixam no superficialismo que estamos acostumados a ver, mas aprofundam os temas de forma que nos levam à reflexão. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Através das pregações pude perceber o quanto sou falha em relação às minhas amizades, minha família e muitas vezes como cristã, porém também percebi que tenho uma nova chance de recomeçar e de fazer melhor. Percebi que preciso conquistar a minha família, amigos e todos os que estão ao meu redor diariamente, algo que já tinha deixado de lado.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No retiro, Deus me incomodou através de uma frase que é bem conhecida: “Onde não há amor, coloca amor e colherá amor” (São João da Cruz). Entendi que Deus queria me mostrar que preciso colocar mais amor nos meus atos, nas minhas palavras, nos meus relacionamentos e principalmente na minha casa, na minha família, pois é o lugar mais difícil de evangelizar.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por fim, quero terminar com uma frase que foi citada em uma pregação: “O modo de Deus amar deve ser a medida do meu amor”. Eu participo da Pastoral de Rua e quando vou abordar um irmão, eu sempre peço “Senhor, que eu o ame assim como Tu o amas, pois se for como eu te amo ainda é pouco”. É uma oração simples que faço, mas que resume tudo o que quero dizer aqui. Que possamos amar o nosso próximo como Deus o ama. É ver a face de Jesus no próximo (no meu pai, na minha mãe, no irmão de rua, nos meus amigos...).</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Aproveito o ensejo para parabenizar a Oficina pelo trabalho que realiza com os jovens e adolescentes e da forma que fazem, assim como disse antes, tirando-os do superficialismo. Parabéns e obrigada por mais essa oportunidade!</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Carolina Imbelloni</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Universitários 2017 / Time Laranja</i></span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><i><br /></i></b></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>"Por que ir a um retiro de universitários?".</i></b></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Essa foi a pergunta que passou por minha cabeça. O que ele me acrescentaria? O que mudaria em minha vida? Penso que aí, nesses questionamentos, foi cumprido o primeiro objetivo, o de sair de mim. O simples convite a participar foi capaz de despir o meu orgulho e retirar-me de um egocentrismo crente de que após uma vida religiosa cheia de retiros, inclusive em um contexto de discernimento vocacional no seminário, dos mais diversos tipos, e de inúmeras palestras e pregações, de bispos a leigos, nada mais seria novo e frutífero para mim.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Após o primeiro convencimento, a pergunta persistiu e outra vez a resposta me veio instantaneamente. De forma simples pensei: “Eu vou porquê alguém me convidou”. Em um mundo em que aceitamos tantos convites ruins sem pestanejar, por que não aceitar um convite sincero de alguém que lhe quer bem? Percebi que se tratava de um convite que sempre quis receber, um convite para participar de algo maior, era hora de aceitá-lo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Porém, valeria a pena? Eu ficaria fora por três dias, portanto abri mão de várias coisas, inclusive a possibilidade de não assistir a um jogo,e o trabalho acumularia, mas sim, eu decidi que valia a pena. A partir do momento em que eu saí de mim e aceitei a um convite qualquer experiência já valeria.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Foi então que vivi momentos grandiosos que tocaram não somente o meu Senso Religioso, mas a minha humanidade no sentido mais pleno. Foi então que percebi a minha necessidade humana de amar e ser amado em todas as dimensões. Foi por isso que eu fui ao retiro de universitários para descobrir o porque de estar lá, e eu descobri e por isso agradeço o momento em que me perguntei: “Por que ir a um retiro de universitários?”.</span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Alcemar Junior</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Universitários 2017 / Time Azul</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-14962622805975917392017-04-26T18:26:00.002-03:002017-04-26T18:27:02.823-03:00Testemunhos do Retiro de Universitários - Os Quatro Amores<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhent3H9rm4qxznm073KmZnvBVMKbDm5lhysNHPHb9pyGI-ZjI_huifvXoSKxEq5CG5G0IfhEtITOdpkSp1K0iwEvN9QaMZMBvKIVbDh_4uoJJ4IBeznM3nCQINIlsSk4Z5Zz412XlZjM/s1600/18057867_1341196939292543_1610761486335603074_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><img border="0" height="506" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhent3H9rm4qxznm073KmZnvBVMKbDm5lhysNHPHb9pyGI-ZjI_huifvXoSKxEq5CG5G0IfhEtITOdpkSp1K0iwEvN9QaMZMBvKIVbDh_4uoJJ4IBeznM3nCQINIlsSk4Z5Zz412XlZjM/s640/18057867_1341196939292543_1610761486335603074_n.jpg" width="640" /></b></a></div>
<b><br /></b>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i><b>“Retiro de Universitário? Quando, aonde, quanto? Claro que eu vou!”.</b></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Desde que conheci este retiro é sempre esta a resposta que eu dou. Sou universitária há dois anos e quase sempre fui da Igreja. A faculdade foi uma grande novidade na minha vida, muitas pessoas com ideias diferentes da minha, pessoas com crenças diferentes e até nenhuma crença. Precisava encontrar um modo de me adaptar àquele lugar e ser católica naquele meio. Por estudar em uma faculdade católica temos a Pastoral Universitária, bem ativa, com uma salinha de convivência bem agradável. Via aquelas pessoas lá conversando e rindo e queria me aproximar, mas tinha um pouco de vergonha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Então logo no primeiro ano apareceu em um dos televisores da faculdade a chamada para o Retiro de Universitários, e nunca tinha ouvido falar desse retiro e nem da Oficina de Valores. Logo me animei, porque gosto de retiros, e pensei que, já que seria para universitários, seria para pessoas da minha idade e que estão nesse meio que estava entrando. Fiz minha ficha, chamei uma amiga e fomos. Dos muitos retiros que fiz, nenhum é igual ao da Oficina. Gostei demais e o mais legal foi depois, conheci várias pessoas que estudam no meu campus e pude entrar na salinha agradável da pastoral (onde me divirto até hoje), e também fiz boas amizades de outras faculdades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Este ano estava me programando para fazer outro retiro neste feriado e fui surpreendida com o convite para o Retiro de Universitários, porque o retiro é sempre no final do ano e pensei até que era engano. Mas não era e toda a minha programação para o outro retiro foi perdida porque, falando em Retiro de Universitários, eu não poderia negar. Fiz minha ficha e estava cheia de expectativa, porque seria o terceiro que iria fazer e, como todos são diferentes, eu estava ansiosa.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O retiro superou minhas expectativas e com um tema daqueles não poderia ser diferente! Falar de algo que às vezes é esquecido, banalizado, ignorado pelo mundo, mas que é tão lembrado pela nossa fé. O amor que é Eros, Amizade, Afeição, Caridade. Que é necessidade, companhia, gratuidade, infinito. É fácil ouvir falar de amor por pessoas que você pode ver que são capazes de amar e te inspiram a fazer o mesmo. A Oficina me inspira a amar a Deus, amar minha família, amar o que faço, amar meus amigos. E por falar em amigos, agradeço a Deus por aqueles que colocou no meu caminho neste retiro, e vou levá-los para a vida como tenho trazido os que fiz nos outros dois! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Amei o retiro, as pessoas, este final de semana, a Oficina e, se o objetivo era amar, posso dizer que foi alcançado porque eu amei!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Vou terminar com uma frase que carregamos conosco durante todo o retiro "Onde não há amor, plante amor e colherá amor." (São João da Cruz) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Vamos plantar amor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E se falarem em retiro de universitários, é claro que eu vou!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><i>Luana Carvalho</i></b></span></div>
</div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Universitários 2017 / Time Azul</i></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i><br /></i></span></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i><b>O Amor me encontrou...</b></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Falar de Deus é bem difícil para mim, porque sinto que não falo tudo o que é necessário. Eu não saberia dizer quantos encontros fiz em toda a minha vida, mas depois de muito tempo eu senti um friozinho na barriga assim como senti no primeiro. Este foi o meu primeiro Retiro de Universitários e confesso que não saber o que me espera sempre me assusta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Fiquei indecisa se iria até o último momento. Quando sai de casa pensei em desistir e ficar para "curtir" o feriado com meus amigos, mas a vontade de retomar o contato com Deus foi maior.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Estou na Igreja desde que me entendo por gente, e como disse antes não saberia dizer quantos encontros eu participei ou fui líder. Vivi as melhores coisas da minha vida dentro da Igreja e sentia Deus presente em cada segundo, porém há alguns meses estava vivendo um deserto espiritual, não conseguia ter intimidade com Deus, sentia que Ele estava distante de mim. Deus havia se tornado um estranho. Isso estava me destruindo por dentro, me sentia sozinha, perdida, vazia. Precisava fazer algo para mudar isso, mas sozinha não era capaz e não tinha forças para pedir ajuda. Acreditava que ninguém pudesse me guiar e ajudar nesse caminho. Queria gritar por socorro, mas parecia que ninguém iria me ouvir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por muito tempo fui uma “católica de IBGE”. Poucas vezes ia à missa e quando ia estava lá de corpo presente. Percebi quão tristes meus pais estavam, pois nem rezava com eles. Tranquei-me no meu mundo e dizia a todos ao meu redor que estava maravilhosa, mas no meu íntimo sabia que precisava voltar a estar com o meu melhor amigo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em 2015 quase perdi meu pai após um trágico acidente e Deus não se ausentou em momento algum, sei que só aguentei passar por tudo porque Ele estava ao meu lado. Nem por um segundo me senti desamparada. Agora, porém, não importava o que eu fizesse e nada me levava para perto de Deus, mas eu não iria desistir, queria muito voltar à presença dEle.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Os céus não se abriram, Deus não desceu em uma nuvem branca, o Espírito Santo não me fez repousar, mas nesse retiro Deus se fez presente em mim, como em muito tempo não se fazia. Bastou um passo pequeno pra que Ele me mostrasse o tamanho do seu amor. Em cada partilha, Deus me mostrou que minha dor não é única, que mais pessoas estão lutando e não desistem, não importa o quão difícil tudo esteja. Em cada pregação pude relembrar que o amor de Deus é tão grande que é capaz de ser divido em quatro e mesmo assim não diminuir em nada. Na confissão eu relembrei que não importa o quanto eu esteja errada, Deus sempre vai me olhar de forma misericordiosa. Em cada dinâmica, por mais simples que fosse, eu refleti o que o era necessário mudar e relembrei do meu primeiro encontro há 12 anos atrás e da promessa que tinha feito de seguir os passos de Cristo. Até a música tema foi tudo o que eu precisava ouvir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Ele foi tão carinhoso que além de tudo que fez ainda me permitiu conhecer pessoas incríveis que sei que se tornarão amigos maravilhosos. E me deixou passar o fim de semana com amigos maravilhosos para poder fortalecer ainda mais nossa amizade. Enfim, foi nas pequenas coisas que Deus se fez grande para mim e mostrou que nunca me abandonou, até quando eu me senti sozinha, ali estava Ele esperando que eu O notasse. E graças ao Retiro de Universitários eu pude perceber tudo isso.</span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Bruna Margarido</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Universitários 2017 / Time Laranja</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-78546349767463032422017-04-24T17:02:00.000-03:002017-04-24T17:03:50.792-03:00FIJ: A dor que cura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO21kq1OYcqVWDA90s4ZmMFLwg8LJHWUTsqfTw7zQSAwl3kMhnHC8qhr420r_qWux98T5srqmNNegrmWrhFQ-A33kgTKzBJwK1_bfSb3x6yKm73q0u8k-XrQsgUbPffWry5RS08GKPMoA/s1600/13087178_1161054633927319_2510327176695599363_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO21kq1OYcqVWDA90s4ZmMFLwg8LJHWUTsqfTw7zQSAwl3kMhnHC8qhr420r_qWux98T5srqmNNegrmWrhFQ-A33kgTKzBJwK1_bfSb3x6yKm73q0u8k-XrQsgUbPffWry5RS08GKPMoA/s640/13087178_1161054633927319_2510327176695599363_o.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Hoje levantei da cama mais tarde que o habitual, afinal, é dia 21 de abril, feriado de Tiradentes. Feriado de Tiradentes!!! O que significa que há um ano atrás eu estava em Petrópolis, no famoso sítio São José do Oriente, participando de um retiro organizado pela Oficina de Valores, o FIJ.</span></span><br />
<span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large;">Eu sou a Bruna, moro no interior do Paraná e em 2015 através do grupo de jovens que coordenava convidamos a Oficina de Valores para vir para cá. E em 2016 surgiu a oportunidade de eu e mais duas meninas daqui irmos para lá participar do FIJ. Fiquei empolgadíssima! Finalmente conheceria as pessoas que só via por fotos, que achava incríveis apenas pelos textos que escreviam aqui, reveria os amigos que vieram em missão aqui no ano anterior e de quebra ainda poderia conhecer alguns pontos turísticos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O que eu havia esquecido é que estava indo para lá fazer um retiro e, apesar de gostar de retiros, tenho uma enorme resistência a eles. Interagir, absorver as coisas, partilhar...exige muito de mim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Foram quatro dias recheados de sentimentos e ensinamentos. Tentar escrever aqui tudo o que senti e aprendi, mesmo após todo esse tempo, seria difícil e quase impossível porque é uma experiência diferente das outras que já passei, não posso sair contando sobre tudo o que acontece lá. Mas olhando o caderninho onde fazia as anotações durante as palestras (o FIJ comentado rs), com uma letra bem feia de escrita apressada, pude ver o quanto já fiz com o que vivi lá e o quanto ainda me falta para aprender e mudar. Posso dizer que conheci pessoas maravilhosas e muito diferentes de mim e do que eu era acostumada aqui. E acho que essa parte de conhecer (mesmo que superficialmente) me marcou bastante, conhecer histórias lindas, pessoas fortes e muito mais dispostas que eu a viver e morrer por algo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Não tive uma história de conversão, sempre fui católica (morna por muitas vezes) e não que não acreditasse na conversão das pessoas, mas nunca tinha visto nenhum exemplo e aí conheci tantos, de gente até que era de outra religião e optou pelo catolicismo. Isso mexeu muito comigo, me faz dar valor ao que tenho e não julgar quem está nessa busca e comete erros, afinal eu cometo-os tanto quanto e nem sempre tenho o coração tão desejoso de amor e mudança quanto eles. E como aprendi num texto deste blog, nunca devemos cometer o erro de julgar sem conhecer. Durante uma dinâmica pude me ver como alguém que machuca o outro, como uma julgadora, como alguém que fez o outro sofrer e até chorar e não foi nada bom ser essa pessoa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No meio das anotações encontrei uma frase que veio me acompanhando durante esse ano que passou e vai me acompanhar por toda minha vida “Ser boa em tudo o que faço” (em todas as áreas da minha vida, algo assim) é bem difícil de se tentar e nem sei se algum dia irei conseguir. Mas é isso, tentar ser o melhor que posso ser e oferecer tudo, tudinho ao Bem maior, pois se tenho algo é dEle que veio. Pode estar meio confuso o que escrevi, mas é que realmente foi muita coisa, foi completo em tantos aspectos que eu nem imaginava, intenso e não foi cansativo como imaginei que seria... quando acabou ainda queria mais!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por fim, termino dizendo que o FIJ realmente é “bom que dói” e hoje dói de levinho, com saudades e muito carinho por esses dias onde, além de sentir e conhecer melhor o Amor e a Misericórdia de Deus, também fomos acompanhados do cuidado e proteção de Maria. Também dói levinho de saudades, mas com muita gratidão à família da Nathalia Marques que nos hospedou durante os outros dias, ao bonde (Moco, Paulo, Nathalia Perninha, Diego e Yuri) e ao Thales pelo translado e companhia nos passeios, aos meus amigos Tertulianos pela amizade e parceria naqueles dias, ao pessoal que organizou e fez o retiro acontecer, por toda a disposição e dedicação que tiveram e, por fim, ao Alessandro e ao Julio pelo Sim dado a tanto tempo atrás e que através da Oficina é capaz de atingir muitas outras pessoas e fazer essas, por sua vez, darem também o seu Sim!</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">#AvanteOficina </span><br />
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Bruna Turmina</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante de Engenharia Ambiental</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-52066124465684517422017-04-20T13:26:00.001-03:002017-04-20T17:46:19.579-03:00 Instante, constante<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Por: Gustavo</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuH_Sp8-6wYrGDAxZyQu5h_UX273D887wvbnI6rLzKyuv4HCTm0rNyRsp4hkJMfqhG7ktCnplJWybgLRhtEjML4Qta3Fb1m0Je-jBC_ESAqUbhOFL7LWu3M1mQSzoQW5qBDimQoDH2s7uk/s1600/imediatista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuH_Sp8-6wYrGDAxZyQu5h_UX273D887wvbnI6rLzKyuv4HCTm0rNyRsp4hkJMfqhG7ktCnplJWybgLRhtEjML4Qta3Fb1m0Je-jBC_ESAqUbhOFL7LWu3M1mQSzoQW5qBDimQoDH2s7uk/s400/imediatista.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">google.com</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;">Você conhece a história da
cigarra e da formiga? Resumindo: a cigarra passou o verão cantando, enquanto a
formiga recolhia alimento para o inverno. A cigarra caçoava da formiga, que
trabalhava enquanto ela se divertia. A formiga não dava ideia. Quando chegou o
inverno, a cigarra foi bater na porta do formigueiro: estava com frio e com
fome.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Conhecia? Lembrou? Um conto de
mensagem clara, porém, esquecida. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Essa história é bem antiga. Vê-se
então, que a previdência (não o benefício social, a virtude) é tema de reflexão
desde que o ser humano é ser humano. Acho seguro dizer que o homem, de qualquer
tempo, sempre demonstrou uma certa tendência a “viver o momento” sem se
preocupar com o futuro. Acho ainda muito seguro dizer que o homem do nosso
tempo é dos que mais facilmente cede a essa tendência.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Somos uma geração empurrada para
o abismo da irresponsabilidade. Uma geração ensinada a viver o momento, sem se
preocupar em construir o futuro. “A felicidade é agora”, dizem os <i>outdoors </i>– cujo verso, eu aposto, dizem
“não se preocupe se ela não durar muito”. Eu aposto, também, que a cigarra da
história tinha um <i>Carpe diem </i>tatuado
na pata.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O instante nunca valeu tanto. Por
tanto, a rotina nunca foi tão agonizante. Frequentemente imagino a mim e as pessoas
que conheço vivendo num tempo em que (ou “num lugar onde”) a vida mais comum
fosse (ou “seja”) a vida rural, o trabalho monótono da enxada, do plantio, do
trato dos animais; os dias começando e terminando cedo; sem todo barulho, toda
festa, toda tralha eletrônica que nos cerca. Surtaríamos (me incluo)!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nossos tempos são tempos de uma
cultura do instantâneo (de “instante”). Tudo corre, tudo é <i>pra ontem</i>. O ritmo do nosso tempo e do nosso ambiente é frenético, louco.
A cidade nunca dorme – o <i>slogan</i> de uma
metrópole que se poderia aplicar a todas. Por isso, cada instante é precioso e
a nenhum se renuncia em vista de qualquer plano que dure mais de um mês, uma
semana, uma noite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É claro que exagero (com o
intuito de fazer sentir o espírito da coisa). Ainda se encontra pessoas que
deixam de ir a uma festa porque tem prova no outro dia. Que ficam com uma
pessoa por muitos anos em vez de ficarem com muitas pessoas por algumas horas.
Que abrem mão de pequenos mimos e confortos a fim de comprarem o sonhado carro
ou a sonhada casa. Essas pessoas existem! Mas são cada vez mais raras e, por
pressão do meio, experimentam cada vez mais o sentimento coletivo da agonia
diante do “longo prazo”.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um aspecto que nos diferencia dos
outros tempos e potencializa nossa tendência ao agora: as possibilidades
criadas por toda tecnologia que nós inventamos (de transporte e comunicação,
principalmente) aumentaram o número de coisas que nós queremos fazer caber na
vida. Isso, sem que nos tenham aumentado proporcionalmente o tempo dela. Nós
fazemos muito mais coisas do que faziam as pessoas de algumas décadas e séculos
atrás, e queremos fazer muito mais outras ainda. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Porque o número das coisas com
que queremos preencher o tempo aumentou – sem que o tempo aumentasse –, elas
precisam durar menos – para “dar tempo de fazer tudo”; quantas vezes não
ouvimos ou dizemos a expressão?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vivemos nossos minutos, nossas
horas, nossos dias, nossa vida como se fossem um monte de pedaços soltos,
desconjuntados. Cada parte do quebra-cabeça como se fosse a figura toda: “que
cores bonitas, que formato bacana”, mas nos dizem nada de nada.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem quiser ser feliz precisa
construir. E quem quiser construir algo precisa ser constante (≠ instante).
Precisa ter hábitos firmes. Precisa saber renunciar às pequenas satisfações em
vista da realização das coisas grandes. Precisa sofrer uns momentos para
alegra-se por vários. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem quiser ser realizado
profissionalmente, precisa ser bom no que faz; precisa saber estudar por horas
e relaxar por minutos; trabalhar (e não enrolar) cinco ou seis dias para folgar
um ou dois. Desligar o celular enquanto se dedica a uma atividade.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem quiser ser feliz de fato na
sua vida afetiva, e viver mais que uns momentos de prazer com alguém, precisa
saber aturar dias ruins, discordâncias, defeitos, contragostos. Isso para
construir um amor que torne os bons momentos – inclusive os de prazer – muito
mais intensos, profundos, significativos – e numerosos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem quiser ser feliz consigo
mesmo precisa ter controle da própria vida. Não caminhar na direção do vento,
mas enxergar um caminho que valha a pena – expressão muito usada sem que nos
demos conta do sentido: valer o sacrifício, valer o escorço. Escolher o caminho e
segui-lo, nos dias que tudo – inclusive nossas vontades – nos quer empurrar para
a direita, para a esquerda, para trás.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não quero dizer com esse texto
que se deva renunciar a felicidade de cada momento em vista de se chegar a uma
felicidade que está sempre lá na frente – “quando eu...” – como uma miragem. “A
felicidade não está no destino, mas no caminho”, mas no caminho TODO e não numa
parte outra dele. Cada momento guarda sua parcela, seu pedaço, seu tijolo da
felicidade; mas o edifício dela – a felicidade – é construído ao longo de uma
vida, pondo cada um desses tijolos no seu devido lugar, não os largando
desordenados pelo caminho. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Só se realiza quem entende que
cada instante pode ser maravilhoso, mas nunca é um fim em si – o que dá sentido
inclusive aos que não são tão bons assim. São, todos os instantes, parte de um
conjunto. Por isso, feliz aquele que vive cada momento por sua vez e todos pela
mesma razão.</span><o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><b><i>Gustavo Cardoso Lima</i></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Estudante de Jornalismo</i></span></div>
Binho Kraushttp://www.blogger.com/profile/01566931948076653701noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-64513987445907658642017-04-15T18:09:00.003-03:002017-04-15T23:47:30.258-03:00A testemunha desconhecida<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Alessandro</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib-UXmAM3lKpW_DdeE2u-1e2DfbzIg61zJxZrbnAPhl4vH5PbWzim1vaZ9n7ojPFd1Mki49Yqv0Rn0CFVl-5YHOsbe4qPKbpiupc_2xq43xilT6RA2eleSv-aE3DbxmZqn8fiPLn22IDk/s1600/305_05_04_2015_01_11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib-UXmAM3lKpW_DdeE2u-1e2DfbzIg61zJxZrbnAPhl4vH5PbWzim1vaZ9n7ojPFd1Mki49Yqv0Rn0CFVl-5YHOsbe4qPKbpiupc_2xq43xilT6RA2eleSv-aE3DbxmZqn8fiPLn22IDk/s640/305_05_04_2015_01_11.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Eu estive lá. Presenciei os acontecimentos enquanto foram se desenrolando. Não entendia muito bem. Um tumulto durante a festa, aquelas coisas sempre aconteciam. Dessa vez, deixei-me levar pela curiosidade e acompanhei a multidão. Estávamos diante do palácio do governador e parecia que ele não queria condenar um homem que se dizia profeta. O povo gritava e pedia crucifixão. “Deve ter deixado gente muito poderosa com raiva” – pensei eu.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Resolvi perguntar a alguém o que estava acontecendo, quem era aquele moço que parecia já ter sido muito surrado. Perto de mim, vi um jovenzinho acompanhado de uma senhora que pensei ser sua mãe. Eles estavam visivelmente muito comovidos. Deviam saber o que estava acontecendo. Perguntei a eles: “Quem é o rapaz que está sendo julgado?”. A surpresa em seus olhos me desconcertou. O rapaz respondeu misteriosamente, quase gaguejando: “A Luz! A Luz veio ao mundo e os homens estão preferindo as trevas. Ele é a Luz e o Amor.” A senhora, com olhos de uma profundidade que eu nunca havia visto antes, disse simplesmente: “É meu filho”. Logo os dois perderam-se na multidão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O rapaz devia ser mais um fanático seguidor de um rabi que prometia restaurar Israel. Era no mínimo estranho ouvir um homem sendo chamado de luz e amor. Apesar de julgá-lo um louco, fiquei intrigado com suas palavras. E mais ainda com o olhar da senhora. Tomei então uma decisão: tentaria acompanhar o mais de perto possível os últimos passos daquele condenado. Alguém que despertava reações como as daquele rapaz, e que havia sido educado por uma mãe como aquela, deveria ser, no mínimo, interessante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Embrenhei-me em meio aquelas pessoas e consegui chegar perto o suficiente para ouvir a condenação. Na verdade, vi o governador lavar as mãos e condenar à morte alguém que ele julgava inocente. Aquele homem foi literalmente condenado pelo grito de uma multidão raivosa que parecia não saber direito do que o acusava. Reparei que homens de posição mais respeitável, inclusive alguns sacerdotes, incentivaram o pedido pela crucifixão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O homem que era chamado de luz e amor colocou a cruz nos ombros. Um pedaço de madeira colocado na horizontal e que parecia muito pesado. Começou a caminhar e em torno havia alguns gritos eufóricos de zombaria. Olhando para seu rosto era difícil imaginar o que tinha feito para gerar tanto ódio. Sob o peso do madeiro, o homem tombou. Caiu de rosto por terra. E logo após o tombo teve seu caminho atravessado por aquela senhora. Não sei dizer muito bem o que senti, mas aquele encontro entre Mãe e Filho, até então desconhecidos para mim, mexeu comigo de tal forma que não consegui conter um choro amargurado. Ali acontecia alguma coisa que ia para além da injustiça que eu testemunhava.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Percebi que o homem não conseguiria carregar mais a cruz e, até hoje não sei o motivo, resolvi ajudá-lo. Antes que conseguisse chegar perto, um outro, que pelas roupas e sotaque parecia vir de Cirene, tomou a cruz e a carregou por um bom trecho. Nunca antes e nunca depois senti tanta inveja de outro homem. Eu queria ter estado no lugar dele e aliviado aquele peso. Por culpa de instantes não fui eu. De todo modo, logo os soldados devolveram a cruz ao condenado, que cairia mais duas vezes antes de chegar ao local de sua morte. Em meio ao caminho, ainda foi ajudado por uma mulher que teve a delicadeza de enfrentar os soldados para conseguir enxugar aquele rosto. O condenado à morte dirigiu ainda umas palavras enigmáticas a umas mulheres que o acompanhavam chorando.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Chegando ao local da caveira, despiram suas roupas. Percebi que os soldados tiraram a sorte para ver quem ficaria com sua túnica. Nu, aquele homem foi preso a marteladas no madeiro que ele mesmo carregou. Próximo a ele foram crucificados dois outros homens. Um riu dele, mas o outro dirigiu-se a ele com um olhar que lembrou o do rapaz que eu havia encontrado mais cedo; tratou o condenado como um rei e um profeta. Chorando, pediu que não esquecesse dele quando entrasse no seu Reino. E o mais incrível foi a resposta: aquele homem ferido e derrotado falou em tom ao mesmo tempo régio e próximo dando garantias ao agonizante que naquele mesmo dia ele estaria no paraíso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">As palavras daquele crucificado tinham tal força que era impossível não dar atenção a elas. Ele falava com uma autoridade que eu não conhecia. Não parecia com os doutores da lei, também não parecia um líder rebelde. Diante do fim parecia viver um começo. Eu não sabia quem ele era, mas lamentei não ter tido a sorte de tê-lo conhecido antes. Embora não fizesse sentido algum, eu começava a entender o porquê dele ser chamado de amor e luz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ele ainda diria outras palavras. Pediria perdão para aqueles que o condenavam. Diria ter sede. Falaria com o rapaz e com a Senhora. Lançaria um doído lamento aos céus. Estranhamente afirmaria que tudo estava consumado. E, ao fim de três horas, soltou um grito que rasgou minha alma de um jeito que até hoje me perturba.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Embora nunca antes tivesse visto aquele homem, eu sentia que meu destino estava ligado àquela morte de um jeito profundo. Não sabia dizer como ou porquê, mas parecia que era por mim que ele fazia aquilo. Escutei um soldado dizendo que ele era o Filho de Deus. Só podia. O peso que ele carregou não parecia poder ser suportado por ninguém mais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Fiquei tão transtornado que não lembro direito como foi descido da cruz. Recordo apenas que o corpo morto foi colocado no colo da senhora. As vestes daquela mulher de olhar único ficaram ensanguentadas e as lágrimas que ela derramou não pareciam ser só por ele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Tomei a decisão de seguir de longe os que iam sepultá-lo. Escondi-me no jardim enquanto via o corpo ser preparado para o sepultamento. Vi a pedra ser rolada para selar a entrada da caverna. Adormeci e por sorte não fui encontrado pelos soldados que guardavam o sepulcro. Fiquei triste até o fundo da alma por aquele desconhecido extraordinário que com toda a certeza não merecia a morte que teve.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Afastei-me do sepulcro e fui à hospedaria. Lavei-me e comi uma ceia que parecia não ter sabor. O mais rápido possível voltei ao sepulcro, mas permaneci longe.... Os soldados aqueciam-se em torno de uma fogueira e gargalhavam como se nada houvesse acontecido. Eu os observava quando, um por vez, todos caíram desmaiados. De repente eu também estava sem forças e por mais que tentasse ficar desperto não conseguia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Acordei muitas horas depois com a gritaria de algumas mulheres e a confusão dos soldados. A pedra havia rolado. Eu não sabia o que tinha acontecido e apressei-me mais uma vez em esconder-me. Os soldados foram embora. Aquele jovem que eu tinha encontrado no dia anterior veio ao sepulcro acompanhado de um homem mais velho. Entraram e saíram atônitos. Quando vi que estava sozinho, resolvi entrar também. Vi os panos. Eu estava atônito!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Saí do túmulo e vi uma mulher chorando sozinha. De repente, dela aproximou-se alguém. Cheguei mais perto. Era Ele! Só podia ser! Ninguém olhava daquele modo. Embora seu rosto estivesse diferente, eu reconheceria em qualquer lugar. Além disso, lá estavam as chagas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ela, por uma ordem dele, partiu apressada. E então, Ele virou-se para mim. Em um misto de alegria e temor, eu disse:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">- Mestre!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ele só me olhava. E eu sentia que me conhecia desde sempre. Ninguém sabia de mim como Ele sabia. Diante dele eu me senti pleno. De uma hora para outra, despareceu diante de meus olhos, mas de algum modo eu sentia que Ele permanecia comigo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ouvi então um barulho e percebi que os guardas voltavam acompanhados de muitas outras pessoas. Uma delas, gritando, dirigiu-se a mim:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">- O que aconteceu aqui?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">- Um começo, um novo começo. A Luz voltou ao mundo...</span></div>
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Alessandro Garcia</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Doutorando em Sociologia</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Fundador da Oficina de Valores</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-18617340377240756952017-04-10T22:41:00.000-03:002017-04-10T23:07:43.601-03:00O invisível sangue copta<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: A<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">lessandro</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuA4WiV1IcISUoZuiJ5dEMDQg1HjRIwbxr6yrz0Dt5UEu6gmrAViREpEt7R6vUh9XpHwMwxMOfeVArZ4fAaJCKkpFUTS-z8H_CP4birs7zyT6tYgABQkFTwx7c6Ayzy6QDctbdqYpnRd4/s1600/coptas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="436" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuA4WiV1IcISUoZuiJ5dEMDQg1HjRIwbxr6yrz0Dt5UEu6gmrAViREpEt7R6vUh9XpHwMwxMOfeVArZ4fAaJCKkpFUTS-z8H_CP4birs7zyT6tYgABQkFTwx7c6Ayzy6QDctbdqYpnRd4/s640/coptas.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Foto: AP Photo/Nariman El-Mofty, via estadao.com.br</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ontem eu fui à Missa de Ramos. Exatamente a mesma celebração que ocorria nas igrejas coptas onde aconteceram os atentados terroristas. Eu estava com minha esposa e meu filho de três meses. Sentei próximo ao altar, local onde no templo da cidade de Tanta explodiu uma bomba que matou quase três dezenas de pessoas. Nesta missa, o padre, em uma inspirada homilia, falou sobre o poder salvífico do amor.</span></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />Para mim é fácil identificar-me com o sofrimento e com o sangue dos cristãos egípcios que morreram rezando. Não pertenço à mesma confissão cristã que eles, temos algumas divergências teológicas, mas estamos unidos na escuta do mesmo Mestre. Um Mestre que, lembramos na missa de Ramos, foi ignorado, perseguido e morto.</span></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />Sim, para mim é fácil identificar-me e solidarizar-me com os coptas. Mas creio que não é assim para muitos. Sei que não deveria ficar incomodado, mas senti um pouco com a indiferença e o silêncio que parecem ignorar ou desmerecer um sangue que a mim muito fala. Claro que o silêncio de muitos pode significar o respeito de quem não diz nada porque diante da tragédia não há nada a dizer. Eu mesmo não costumo fazer manifestações públicas sobre coisas do tipo. O que me incomodou foi o silêncio dos que sempre falam, dos que reclamam, muitas vezes com razão, da seletividade da indignação.</span></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />As mídias tradicionais não deram muita atenção ao ocorrido. E não apenas elas. Não houve hashtags dizendo “somos todos coptas” ou campanhas do tipo “pray for egypt”. Claro que a presença na internet pode significar uma solidariedade de momento ou um modismo. Mas esses fenômenos só acontecem para com aqueles com quem temos o mínimo de empatia. E é exatamente desta que senti falta. Dá a sensação de que o sofrimento destes cristãos é menos importante e que a violência que eles sofreram não é tida como injusta.</span></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />O sangue dos coptas não é mais importante do que o de qualquer outro grupo. Quem disser isto estará coberto de razão. Incomoda ver que para muitos parece que ele é menos significante. Não digo que merecem uma atenção maior porque são cristãos. Gostaria apenas que a religião que professam não fizesse com que suas mortes fossem menos lamentadas e que a solidariedade que recebem fosse de menor monta.</span></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />Como disse, para mim é fácil solidarizar-me com eles. Sinto-me como um deles. Creio, contudo, que a compaixão não deve ser ofertada apenas àqueles com quem a identificação é fácil, mas a todos os sofredores que atravessam nosso caminho. Por isso identifico-me com os que denunciam a indiferença ao sofrimento de tantos e tantos grupos que são invisibilizados. Por isso entristeço-me tanto com os que fazem essas denúncias e silenciam, e assim invisibilizam, diante da dor de um grupo em específico. E eu poderia dizer: de uma minoria. Basta pesquisar um pouquinho sobre os coptas para ver que é isso que eles são.</span></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />Hoje rezo pelos cristãos coptas. E não só por eles, mas também pelos que a eles fizeram tanto mal. No início mencionei que assumo como meu Mestre o mesmo que os coptas chamam de seu Mestre. E foi exatamente Ele que ensinou que devemos rezar pelos que nos perseguem. Não poderíamos ser fiéis a seus mandamentos se assim não o fizéssemos. Contudo, parece que os seguidores egípcios de Jesus de Nazaré devem acrescer outro grupo a suas orações: aqueles que os ignoram...</span></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>A<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">lessandro Gar<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">cia</span></span></i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Doutorando em S<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">ociologia</span></span></i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">F<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">undador da Oficina de Valores</span> </span></span></i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-88785365191451063152017-04-06T00:42:00.000-03:002017-04-06T08:05:13.773-03:00The Voice Kids: quando as crianças são mais maduras que os adultos<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Cleber</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6M88DXzxArlSlLtpiPNON-PwAsFUGz1rrw9VOX4PkGDLiuXPvmSb0IOESb129gk3mRj0K4vm3AajLpeP8TYQHuNtMT5XccA-lQfnHaBEwIrdCY1B__IsF4sdJOuxKVnCFzDP_izk-ND8/s1600/finalistas-the-voice-kids-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6M88DXzxArlSlLtpiPNON-PwAsFUGz1rrw9VOX4PkGDLiuXPvmSb0IOESb129gk3mRj0K4vm3AajLpeP8TYQHuNtMT5XccA-lQfnHaBEwIrdCY1B__IsF4sdJOuxKVnCFzDP_izk-ND8/s640/finalistas-the-voice-kids-2.jpg" width="640" /> </a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">“Vocês precisam continuar cantando, porque se vocês desistirem não vai ter mais gente que vai cantar pra esse mundo né? Então não desistam!” (Thomas Machado, ganhador da última edição do The Voice Kids).</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />“Juan, você merece muito mais do que isso! Não tenho palavras para explicar o que você é!” (Adversário derrotado pelo Juan Carlos, finalista, na disputa pela vaga na final).</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />“Eu não levo isso aqui como uma competição não, levo isso aqui como uma brincadeira de família!” (Valentina Francisco, finalista do programa).</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Estas são frases ditas por alguns dos pequenos artistas que participaram do The Voice Kids. Só por elas já percebemos que o adjetivo pequeno só se refere mesmo a idade ou estatura deles, porque, interiormente, eles são gigantes. Não faz muito tempo, assisti a um vídeo no qual a seguinte pergunta foi feita para adultos e para crianças: “se você pudesse mudar alguma coisa no seu corpo, o que você mudaria?” Os adultos demonstraram ter insatisfações pessoais apontando o que mudariam. É importante notar que a pergunta não especificava se eles gostavam ou não do corpo, ela era bem aberta. Você poderia mudar o que você quisesse. Os adultos se limitaram a mudar o que eles julgavam ser um defeito ou algo que não lhes agradava. Ao contrário, as crianças deram respostas como: “eu gostaria de ter asas”; “ter patas de guepardo, assim eu poderia correr como eles!”; “Eu teria uma boca de tubarão”. E uma das crianças disse: “eu não mudaria nada”. </span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Um fato que chama a atenção é que muitos adultos justificaram sua resposta fazendo lembrar de quando eram crianças, dizendo que as outras crianças caçoavam deles por ter testa grande, orelha grande, olhos pequenos. Mas, aparentemente, as crianças que estão passando por esta fase não se importam. A menina que disse que não mudaria nada tem uma beleza fora dos padrões da sociedade moderna. Ela apresenta um evidente sobrepeso e poderia dizer que queria ser mais magra, mas não o fez. Talvez você esteja se perguntando: o que tem a ver o The voice Kids com essa pesquisa? Tudo a ver! Explico-me.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Comumente, crianças são limpas de preconceitos a respeito de si mesmas e dos outros. Elas estão passando agora pelos processos que vão definir os adultos que elas serão. Em sua maioria, ainda não foram profundamente magoadas ou feridas a ponto de se tornarem infelizes, insatisfeitas ou rancorosas, seja consigo mesmas, com a vida ou outras pessoas. Ao contrário, os adultos, que obviamente já passaram há tempos por essa fase, demonstram essas marcas e feridas que a vida traz. Feridas e marcas que, muitas vezes, os próprios adultos imprimem nas crianças.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />No ultimo domingo, quando Thomas foi anunciado como vencedor do programa, mais uma vez ficou clara essa diferença. Pipocaram na rede vários comentários bastante pesados sobre a vitória dele, muito provavelmente vindos de jovens e adultos. Enquanto que, no palco, o único choro era o do próprio Thomas e com certeza não era um choro de tristeza. Valentina e Juan, os outros dois finalistas, estavam com um sorriso estampado de orelha a orelha. Crianças são mais transparentes e, diante de uma carga emocional tão grande, se tornaria quase impossível disfarçar a infelicidade ou o sentimento de injustiça. Mas esses sentimentos não estavam no palco, não havia o que disfarçar. Enquanto isso, do outro lado das diversas telinhas, esses sentimentos foram externados com frases do tipo: “deixou para o povo decidir é isso que dá”, “quando o povo vota o resultado é sempre esse, não é o melhor que vence”. E muitas outras frases e posts do gênero. Olhando para essa reação, olhando para o vídeo sobre o corpo e me recordando de muitas outras cenas do The Voice – algumas inclusive exibidas durante o programa de Domingo – eu me fiz uma pergunta que repasso a vocês: será que conseguimos identificar em que momento nós nos perdemos?</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Sim, todo adulto já foi criança um dia, já teve essa pureza e inocência do olhar. Claro que a vida e as experiências marcam e modelam a gente. Mas não precisamos abandonar a gentileza ou o companheirismo por causa dessas situações. Não é difícil achar na internet um vídeo lindo de um garoto loiro que se pinta com lama e diz que quer ser negro. Não há preconceito na criança, ele é inserido ao longo do desenvolvimento. A competitividade é ensinada de uma forma que o adversário é visto como inimigo, e não como adversário apenas. A frase da Valentina mostra que ela via os dois adversários como competidores, o final do programa deixa claro que ela não os via como inimigos. Ao longo de todo o programa, vários eliminados deixaram a mesma impressão, enquanto muitos adultos demonstram um sentimento oposto.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">É interessante destacar aqui que, nós adultos, diante de situações assim, costumamos apontar o dedo e dizer que as pessoas que possuem tais práticas têm uma atitude infantil. Caramba, não é infantil. Os eventos acima estão aí para mostrar que essas atitudes são tudo, menos infantis, pois as crianças não fazem isso. Quando conversávamos sobre esse assunto, um amigo disse a seguinte frase: “chamar o público de infantil é ofender a infância”. Ele tem toda razão. Para usar uma expressão popular nos dias de hoje, as crianças estão “sambando na cara da sociedade”, ensinando como deve ser uma competição saudável. Enquanto muitos de nós, adultos que reivindicamos ser mais maduros pelo simples fato de sermos adultos, estamos passando uma vergonha danada pelo nosso mau exemplo. Penso que precisamos fazer uma autoanálise sincera e procurar resgatar em nós essa pureza e essa beleza humana vista nessas crianças do The Voice Kids. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Olhando para tudo isso, fica impossível não lembrar e, mais do que lembrar, entender melhor o que um homem muito famoso disse uma vez: “Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus” (Mt 18, 3). Acredito que diante de tudo isso, fica claro o porque de Jesus Cristo fazer tal comparação. Onde está o teu coração de criança? Mesmo para quem não acredita em Deus, se resgatarmos em nós esse coração de criança, seremos pessoas melhores; e isso por si só já é motivo mais que suficiente para fazê-lo.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Cleber Kraus</span></i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Doutorando em Ciências Ambientais</span></i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-30480118520944335732017-03-29T11:54:00.003-03:002017-03-29T11:54:55.574-03:00Sobre começar um namoro<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: <span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">R<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">o</span>drigo</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOo3HPm2H1qs0BfuXTFd-ijhY8YcG8TXv1yBcNUbxcmvhEq6BksaH3-Qk5wMtKWxRjJjOzCIxNP8qpoQDyuKd1t5FxM41xOOr1QY9uG9wgUKQwP7BTjcgV5WlEFwTHWC3pfPNVjvuumfo/s1600/couple-on-date.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOo3HPm2H1qs0BfuXTFd-ijhY8YcG8TXv1yBcNUbxcmvhEq6BksaH3-Qk5wMtKWxRjJjOzCIxNP8qpoQDyuKd1t5FxM41xOOr1QY9uG9wgUKQwP7BTjcgV5WlEFwTHWC3pfPNVjvuumfo/s640/couple-on-date.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Um conhecido <i>Mc</i> do funk carioca tornou-se famoso por se dizer especialista em questões afetivas. A frase símbolo dessa referência é: “se quiser falar de amor, fale com o Marcinho” e está contida em uma de suas músicas. Não sou o Marcinho, mas vim falar de amor também. Amor é uma palavra fora de moda e talvez há muito tempo incompreendida, contudo, não sai da mente e do coração das pessoas por mais que tentem a força arrancá-la.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Para começo de conversa, reparo que ao falar de amor há um grande descrédito. Muitos homens acham que as mulheres não prestam e muitas mulheres por sua vez acham que homem é tudo igual. No fim das contas, sobra frustração e falta amor. Aí expressões como: “eu só fico, namorar é coisa do passado”; “solteiro sim, sozinho nunca” e “quero trocar meu coração por mais um fígado, assim eu bebo mais e sofro menos” são cada vez mais comuns no vocabulário dos rapazes e das moças. Substituir o namoro pela pegação é uma alternativa fácil e rápida. Por que estabelecer compromisso se posso só ficar com a parte boa do relacionamento? Pra que ter dor de cabeça? Por que ser de um (uma) só, se posso ter todos (as)? Acredito realmente que esses pensamentos são a fórmula mágica para ser frustrado afetivamente.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />A pergunta que eu faço é: será que desaprendemos a ter relacionamentos duradouros? Mas e os sonhos? Os contos de fada? As princesas e príncipes encantados? Era tudo meramente fictício?</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Um grande autor disse certa vez que os contos de fada não servem para nos dizer que os dragões existem, mas para nos provar que eles podem ser derrotados. Os contos de fada fazem as meninas e meninos suspirarem porque no nosso coração está impresso um grande desejo de amar e ser amados. Nesse momento você pode estar pensando: em que século este texto foi escrito? Século XXI, fevereiro de 2017, para ser mais preciso. E venho por meio deste defender que aprendemos a amar através do namoro. Sim do NAMORO. Por que faço apologia ao namoro? Porque só no namoro somos treinados à fidelidade. Porque o namoro me faz ser confrontado com os meus defeitos de tal forma que, necessariamente, preciso me transformar se quiser manter saudável o relacionamento. Porque quando estabelecemos um compromisso descobrimos que nenhum relacionamento sobrevive de paixão, amar é uma decisão que se renova dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano. Isso é extraordinário!</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />A palavra “namoro” tem em sua constituição o significado etimológico de “enamorar”, estar em amor. O namoro é, portanto, um caminho no amor trilhado por duas pessoas. Eu me atrevo a dizer que a diferença fundamental entre namorar e ficar é que no primeiro caso opta-se por amar e ser amado, no segundo por usar e ser usado. “Nossa, que radical e exagerado” você pode estar pensando... Vamos então refletir sobre motivos pelos quais a pessoa fica? A – Não quer namorar ainda, mas está interessada em ter um lance com alguém; B – A moça quer algo e o rapaz não quer nada sério (ou vice e versa); C – A moça e o rapaz não querem nada sério. D – Ambos estão desacreditados da dinâmica do namoro. Em algum desses casos a decisão é movida por amor? Não. Quase sempre por egoísmo ou talvez por carência! O egoísmo de quem não quer nada além de satisfazer os próprios desejos e/ou a carência de quem, mesmo sabendo que não será amado, deseja ainda que por pouco tempo aquela falsa promessa de companhia.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Para alguns ficar é um hábito, para outros é sinal de conquista, e quantos se gabam de exibir a “sala” cheia de troféus? A questão é que um troféu nunca será uma companhia e um mau hábito repetido se configura como um vício. Não seremos nós viciados em solidão a dois?</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Para ser mais direto, quando defendo o namoro o faço apostando na sacralidade do amor e no significado do beijo. Beijar alguém na boca significa dizer: você é tão única e especial para mim que tem um cumprimento que é só seu. Quando ofereço um cumprimento especial por metro quadrado numa boate, não estou tornando todos especiais, mas estou, ao contrário, roubando a sacralidade de um gesto tão bonito privando a mim e a todos os que me relaciono da condição de exclusividade que cada um de nós busca e tem direito. Escolher namorar alguém é olhar para o meio da multidão e encontrar uma pessoa que por algum motivo nos encanta e passamos a pensar: quero conviver com essa pessoa para aprender a amar e também para me perguntar se é ela que quero amar a vida inteira. O namoro é um caminho e ao mesmo tempo uma pergunta: é essa pessoa com quem eu vou me casar? A resposta pode ser sim ou não. – Ah, mas eu amei tanto aquela pessoa e ela me traiu. Que decepção! – Que bom, eu diria! Você fez uma pergunta e encontrou uma resposta. Imagina se casa? Foi salvo! Por isso os términos não devem ser o fim do mundo, mas um caminho de aprendizagem e amadurecimento afetivo que durará certamente a vida inteira. (Se quiser ler um pouco sobre “quando terminar um namoro”, leia <a href="http://oficinadevalores.blogspot.com.br/2016/09/quando-terminar-um-namoro.html">esse texto</a>!).</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br />Ok, o namoro é um caminho de amor, uma escola de fidelidade, através da qual aprendemos a amar e ser amados e respondemos se é com essa pessoa que vamos casar ou não. Até aí deu pra entender... Mas quando começar a namorar e a quem namorar? Agora é que são elas! Encerro com esse tutorial em 5 passos:</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /><b>1 – Ser um bom solteiro</b>. Como isso é importante! Entender que estar sem ninguém não é sinônimo de estar na <i>bad</i>, e sim tempo de se conhecer, de mergulhar nas próprias individualidades. Quem não sabe lidar bem consigo, certamente não saberá lidar com um companheiro em um relacionamento.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b>2 - Ser um bom partido.</b> Nenhum rapaz deseja ter como o grande amor de sua vida a menina que anda ficando com todo mundo e é mal falada. Nenhuma moça espera que o rapaz dos seus sonhos seja um dissimulado que está ficando com todas as suas amigas e não respeita ninguém. Um aviso para as meninas: é uma fantasia muito forte no contexto feminino a ideia de namorar um garoto todo errado, o típico <i>bad boy</i> e coloca-lo nos eixos. Não caia nessa, é cilada! Se desejamos bons partidos para nós, creio que o primeiro passo seja ser um bom partido.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b>3 – Saber o que quer e onde procurar.</b> Se você deseja comprar um carro, não vai procurar numa padaria! Parece óbvio, mas se tratando de relacionamentos a frustração quase sempre decorre do fato de que as pessoas não sabem o que querem e procuram justamente nos lugares errados. Querer alguém fiel, mas tentar procurar num ambiente de pegação, por exemplo. Estou dizendo que quem frequenta esse ambiente não pode ser fiel? NÃO. Mas, via de regra, não será alguém que queira um compromisso sério e tampouco exercite a virtude da fidelidade, e a chance de dar ruim será maior.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b>4 – <i>Diga-me com quem andas e te direi quem és</i>.</b> O famoso e antigo ditado contém uma grande verdade. Se tenho bons ideais, naturalmente vou me cercar de pessoas que partilham desses ideais e naturalmente alguém que tenha essa compatibilidade de propósitos um dia vai me despertar interesse e vice versa. Não tem erro.</span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b>5 – Namore quando tiver conhecido pelo menos um pouco a pessoa</b>. Tendemos a atribuir uma série de características às pessoas que conhecemos. Se elas nos desagradam, já tacamos sobre elas estereótipos negativos. Se nos agradam, quase que as pintamos de ouro e carregamos num potinho. O fato é que só a convivência faz as máscaras caírem e quando caem as máscaras que eu mesmo coloco no outro é que percebo quem vou namorar. Aí cabe refazer a pergunta: quero mesmo namorar essa pessoa? Se sim, então vai fundo!</span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Rodrigo Moco</span></i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Psicólogo</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Oficina de Valores </i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-9932532828518366882017-03-24T08:56:00.000-03:002017-03-24T08:56:27.439-03:00O que os olhos veem, o coração não sente<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Daniela</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDb2HHuTxJLXLhx90GJw4vFqdkgkdyUfzpmwVUYPJh1tB-wnDLLAZh-g84-Y-xhvO1-ApHd3gO-R4SjMLsxP6PMYyqs9Ptlk5dT0XKhPydpkrPnPm4mVBNInKH0nDIq_bVfALhhbTdRY8/s1600/texto+dani.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDb2HHuTxJLXLhx90GJw4vFqdkgkdyUfzpmwVUYPJh1tB-wnDLLAZh-g84-Y-xhvO1-ApHd3gO-R4SjMLsxP6PMYyqs9Ptlk5dT0XKhPydpkrPnPm4mVBNInKH0nDIq_bVfALhhbTdRY8/s640/texto+dani.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">É notório que consumimos muitos conteúdos midiáticos. Eles estão presentes em quase tudo que fazemos, na <i>timeline</i> que olhamos, na foto que curtimos, nas noticias que escutamos e até em nossas leituras. Estamos cercados de conteúdos, sejam eles bons ou ruins, que estão presentes em nosso cotidiano. Nas redes sociais, no entanto, estes possuem uma difusão peculiar por seus consumidores. Explico-me porquê, devido aos últimos assuntos em alta, comecei a notar a seguinte situação: na maior parte das vezes difundimos posições que não concordamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Mesmo que esta frase pareça não ter coerência e te sugira a desistir do texto, peço-te que me deixe explicar. Observando assuntos que receberam muita atenção midiática como o aborto, o movimento feminista, medidas governamentais polêmicas, tive a oportunidade de presenciar as atitudes mais inesperadas, a exemplo, amigos cristãos divulgando, na intenção de reprimir tal atitude, os sacrilégios cometidos por um determinado grupo extremista ou um pacifista divulgando as terríveis imagens da guerras. Em um primeiro olhar não há nada de errado nisso, acredito que o pensamento vivenciado por estes seja algo similar à “que coisa horrível, não é justo que isto aconteça, é preciso que as pessoas vejam e essa situação se modifique”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Atrevo-me a dizer que sinto o mesmo, o quanto me incomoda a guerra ou o desrespeito. No entanto, sustento-me em minha singela opinião de que esta resposta ao ocorrido é quase sempre equivocada. Eis a razão de tal pensamento: ambientes midiáticos sociais não visam o bom comentário, ou seja, os elogios, necessariamente. Visam a audiência. A máxima popular exprime bem a intenção daqueles que precursores de conteúdos polêmicos em ambientes virtuais, “Falem bem ou falem mal, mas falem de mim”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A recorrência de atitudes como esta me fizeram refletir: qual a razão para tal postagem? A resposta parece óbvia, reprimir ou ate mesmo advertir uma situação incorreta ou desrespeitosa. Porém, acredito que a resposta esteja além disso. Não é pelo simples incomodo que nos causa que o fazemos e sim por acreditarmos que o erro merece mais espaço do que o acerto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por mais que tenhamos nitidamente no nosso interior os parâmetros entre certo e o errado, tendemos a crer que a melhor maneira de evidenciar o que é bom, consequentemente, o que é correto, é explorando o seu inverso, ou seja, o ruim, o errado. Podemos exemplificar isso em vários âmbitos dos veículos midiáticos e sociais, além dos já citados. Como por exemplo, a exploração de tragédias pelos grandes jornais, a exposição da dor dos que sofrem por alguma calamidade e os conflitos familiares exibidos em tom de piada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O que quero dizer é: a partir desse contato tão constante com o imoral, fazemos o caminho inverso do que seria o ideal. Ao absorvermos tantos conteúdos pejorativos e discriminantes, tendemos a encara-los como normais e não como incorretos. Somos bombardeados por notícias ruins, chocantes, tristes e permanecemos inertes a elas. Ou seja, no final fazemos aquilo que seus difusores almejaram: nos tornamos audiência.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Resumo meu pensamento na ideia de que quando observamos e paramos nisso, quando não fazemos nada além de absorver certa informação tomamos uma atitude também ruim que é a passividade. Se o máximo que fazemos é compartilhar uma foto do grupo de feministas extremistas na praça do vaticano ofendendo a imagem de Jesus e não nos esforçamos com atos concretos para que o que Cristo defende sobre a dignidade da mulher seja conhecido, não somos defensores da verdade e do correto, somos apenas espectadores do erro. Olhamos para ele, sabemos que algo não está correto, mas exploramos a sua imagem mesmo assim, porque, no final, dizer o que é errado é mais fácil do que viver o que é certo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ao contrário, mais do que apenas denunciar, temos o dever de anunciar. Se não podemos apagar o mal, nosso empenho deve ser em ofuscá-lo com aquilo que é bom, propagando mais a verdade e a justiça que as ofensas e os conflitos. E embora dizer o que é errado seja mais fácil do que viver o que é certo, é apenas fazendo com que os olhos vejam o bem que conseguiremos fazer o coração sentir o mesmo.</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Daniela Pires</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante de Comunicação</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-79367224192965649322017-03-22T09:55:00.000-03:002017-03-22T10:03:43.665-03:00O futuro e o agora<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Carolline</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCWbP1vitwwlulX7yXJF9dn6A9sa4nI8hanR78t_4z65MNVx4Q_U8dsl5wSul0CyjAh1n2b4Xj9eeNiL0YOJxvDtwrmJ8yQyPxK1X3D-67UFOGQswiMpBW6Z_WAeOSaqZdC79WjXjNt_s/s1600/futuro.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="362" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCWbP1vitwwlulX7yXJF9dn6A9sa4nI8hanR78t_4z65MNVx4Q_U8dsl5wSul0CyjAh1n2b4Xj9eeNiL0YOJxvDtwrmJ8yQyPxK1X3D-67UFOGQswiMpBW6Z_WAeOSaqZdC79WjXjNt_s/s640/futuro.png" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Passado, presente e futuro, tempos verbais, que exprimem a temporalidade do que vamos comunicar. No passado já aconteceu, no presente está acontecendo e no futuro irá acontecer. Entretanto, mais do que tempos verbais para o uso em nossa comunicação, são a medida temporal de nossas vidas, de tudo aquilo que passou, tudo aquilo que estamos passando e tudo que virá.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Dentre essas questões temporais, o presente, que é aquele que melhor serve a humanidade, costuma ser o menos “lembrado”, apesar de o estarmos vivendo. Quando estão no tempo presente, as pessoas na sociedade atual costumam pensar mais sobre um passado que gostariam que voltasse e/ou o futuro que gostariam que fosse melhor, mas nunca que o presente poderia mudar tudo (tanto o como você olha o passado ou o futuro). Porém, vamos deixar o passado de lado um pouco (sei que é estranha essa frase vinda de uma estudante de História). Acredito que o passado nos importa pelo presente, pois o presente é reflexo do que realizamos ontem e o hoje é quem gerará o futuro que poderá mudar muita coisa (talvez num próximo texto falemos sobre o passado...).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Como toda pessoa, eu também constantemente me pergunto sobre o futuro, pois ele me gera insegurança, me gera medo, mas também me dá esperança, porque ainda não chegou e poderá chegar melhor do que o presente. Quem nunca esteve diante de decisões a serem tomadas e se questionou sobre o futuro? Por exemplo, diante de uma faculdade que vai terminar e se perguntou “o que será de mim agora?”, ou um estudante do ensino médio que se pergunta “e agora, o que vou fazer?”, “que profissão seguir?”. Ou até mesmo diante de mais de uma oportunidade de emprego (o que acho difícil agora para boa parte dos brasileiros) onde precisamos decidir por qual será melhor optar, qual levará para um caminho que o fará mais felizes. Decidir se mudamos de cidade ou não por causa de uma necessidade ou se nos arriscamos por uma possibilidade de cura recém-descoberta de uma doença. Somos cheios de encruzilhadas na vida nas quais teremos que nos decidir, mas o futuro, esse tempo que ainda não existe, nos causa angústia e as nossas decisões são pautadas pela pergunta principal: “O que será?”. E parece que o que virá a acontecer será fruto de um mero jogo de sorte e azar, mas não é bem assim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Há duas maneiras de sucumbirmos ao futuro e a ansiedade. A primeira é esperando muito do futuro: viver sonhando demais, empolgado com o futuro além da conta, viver em um mundo imaginário, porque é melhor do que o presente. Esquecer-se de viver o hoje torna impossível que os sonhos virem realidade, seja quando for. Pensar muito no futuro nos faz perder tempo que poderíamos gastar vivendo melhor nosso presente e, quando o futuro se torna presente e o amanhã se torna hoje, a sensação de vazio continua a mesma. Nada mudou do ontem, parece tudo igual, o desejo incansável de que o amanhã melhore, de que serei melhor, mas nada realizamos no hoje para mudar o amanhã. Porém, ter sonhos e ideais para o futuro é um caminho de felicidade, mas é necessário que ajamos diante daquilo que queremos, como treinar duro para ser campeão em algum esporte, estudar para descobrir algo incrível, juntar dinheiro para comprar uma casa e diversas outras coisas que possamos almejar. Nada cai do céu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A segunda forma é tendo muita resistência ao futuro: ter medo do que pode acontecer geralmente é uma insegurança gerada por traumas e a partir disso deixamos oportunidades maravilhosas que se apresentam nas nossas vidas passar. E pode ser que essas oportunidades jamais voltem. É mais comum do que pensamos que pessoas que sofreram frustrações, sofrimentos árduos na vida, tenham medo do que há de vir, medo das frustrações que possam acontecer novamente, medo de que algo de mal aconteça, ou aconteça a quem ama e por isso venha a sofrer de novo. Há também os ansiosos naturalmente, os quais o futuro os aterroriza constantemente. O fato de não terem controle sobre algo amedronta, mas nem tudo depende sempre de nós. O que não quer dizer que a vida será um fiasco, que viveremos caindo em “cilada, Bino”. Precisamos confiar em que o como vivemos o presente será o suficiente para lidar com o futuro. </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Mesmo que não seja como esperamos, precisamos cuidar da nossa maneira de encarar a vida. Esse estado de medo do futuro nos causa um mal enorme e muitas pessoas hoje em dia sofrem de ansiedade, um estado que dificulta nosso viver. Porém, faço aqui uma observação: ter prudência, cautela com o futuro, querer esperar mais tempo para sarar feridas, fazer do tempo um remédio, é bom também, faz parte de nosso caminho para ser feliz e poder ter um futuro melhor. Não que vamos conseguir controlar tudo, mas que vamos conseguir lidar com maior tranquilidade com aquilo que não sair do jeitinho que queremos, ou com as adversidades que vierem.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O presente é de fato um “presente”, vivê-lo bem nos dá a oportunidade de aproveitar um breve toque na eternidade e mudar muito em nós e ao nosso redor. E finalizando, cito a frase de um pensador com o qual nem sempre concordo, mas que cai como uma luva ao final desse texto: “</span><i style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large;">Só o presente é verdadeiro e real; ele é o tempo realmente preenchido e é nele que repousa exclusivamente a nossa existência.</i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">” (Schopenhauer)</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Carolline Ramos</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante de História</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Oficina de Valores</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-28025301114648707512017-03-13T13:13:00.000-03:002017-03-13T13:15:14.241-03:00Reencontrei o meu lugar...<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Flavi</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-6af6AqqLn6L6ETrsxh7mH4k2jFMX2XC23S2ngHsjqJ0xSSCKo2gqo7r11FMeLgURZWdSL7xjsaueh0G9m0rnif3RbxAiwotAgU_JzGn2rPceKSSp8ddP7ozEfClieA73X5xTzb3Fx1I/s1600/16999027_1032687846864346_8543844822633952615_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-6af6AqqLn6L6ETrsxh7mH4k2jFMX2XC23S2ngHsjqJ0xSSCKo2gqo7r11FMeLgURZWdSL7xjsaueh0G9m0rnif3RbxAiwotAgU_JzGn2rPceKSSp8ddP7ozEfClieA73X5xTzb3Fx1I/s640/16999027_1032687846864346_8543844822633952615_n.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Há muito tempo penso em escrever algo para o blog da Oficina de Valores. Fiz alguns rascunhos, mas nunca enviei de fato. Porém, depois deste retiro de carnaval, não posso mais calar o que venho experimentando desde 2014, quando eu fiz o meu retiro e conheci melhor o que era a Oficina de Valores. </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Bom, mas porque escrever somente agora? Por que tem coisas na vida que a gente só percebe quando passa a colocar um olhar amplo, como aquela história de sair da ilha para poder conhecer de fato a ilha. Bom, o retiro de carnaval de 2017 foi o grande marco para que eu colocasse um olhar especial sobre a Oficina de Valores, a minha comunidade cristã.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Para que possam entender, ano passado iniciamos o processo de discernimento para membros da Oficina. Eu já estava servindo a obra em várias situações e estava cheia de expectativas para esse momento, mas ao mesmo tempo, havia iniciado os estudos de especialização da minha profissão e não tinha mais o mesmo “tempo” para disponibilizar para as missões da Oficina. Interiormente, estava passando por um momento de muitas dificuldades. Acabei focando nos estudos e em companhias que me levaram para longe da realidade que eu vivia e acabei me afastando da Oficina e de seus membros. O que eu não sabia era que sentiria uma falta danada dessas pessoas e das missões, das reuniões na minha casa ou dos cinemas durante a semana. Não deixei de viver minha fé e o que aprendi com os oficineiros, mas me coloquei distante. Alguns dos membros se fizeram presente durante o ano me procurando pelas redes sociais, marcando lanchinhos ou somente dizendo que eu fazia falta, o coração apertava de saudade e eu, mesmo feliz na realização profissional, rezava para o tempo passar e poder voltar a estar com eles constantemente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No início do ano recebi o convite da coordenação para fazer parte da equipe do retiro de carnaval, imagina você como fiquei! Meu coração explodiu de felicidade, eu não conseguia esconder o quanto estava feliz por poder dizer novamente que eu era Oficina. Não seria meu primeiro servir em algum retiro da Oficina de Valores, mas para mim foi o mais especial. Rezei como não fazia há tempos, busquei como não buscava há tempos, me fiz presente como não fazia há tempos. E me senti completa novamente. Acredito que grande parte das pessoas que são Oficina não imagina como eles são importantes na minha vida, não fazem ideia do quanto me fazem bem e me levam mais para perto de Deus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Enfim, Estive no retiro, fui líder do bloco verde (querido do coração), servi ao lado do Rodrigo, o grande amigo responsável pela minha ida ao retiro de 2014 e em muitos momentos responsável pela minha permanência (ele não imagina o quanto é sinal de Deus na minha vida) na Oficina, estive com tantos amigos que me santificam, entendem, amigos de verdade que mesmo quando estive longe me amaram imensamente. Pude rezar, experimentar as graças de Deus sob o olhar de Maria, dei gargalhadas sadias, pulei, cantei mesmo mega rouca, dancei e me senti feliz, de verdade. Um retiro simples (mesmo com a Ziza e o Kiari lá rs) onde tive minha fé renovada mais uma vez. Um retiro que me reorganizou, espiritualmente e humanamente, onde pude ser Oficina e ter a certeza de que essa comunidade é o onde quero estar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Meu sentimento após o retiro: Voltei para casa com direito a festa, o melhor anel, a melhor veste e as melhores pessoas ao meu lado. </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Cheguei a seguinte conclusão: Nunca deixei de ser parte dessa comunidade. Sou tão amada por Deus que recebo Ele através dos seus amigos que chamo de meus amigos, como diria um dos nossos fundadores. </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sou grata demais aos que contribuíram para que eu estivesse aqui hoje, os que estiveram perto, os que rezavam, os que se alegraram com minha alegria. </span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Obrigada, Oficina de Valores.</span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><i>Flaviane Zanelatto</i></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>Professora de Artes </i></span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><i>e Pós-graduanda em Artes Visuais</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Carnaval 2017 / Líder do Bloco Verde</i></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-63497298480619465012017-03-10T10:20:00.000-03:002017-03-10T10:44:44.804-03:00Virei Casaca<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Rodrigo</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8aHizP7nZj6VDCcQ_UOyujq8MddTgP2o2NTDoF-TRJetM1FxX9GrBcWfcWlwe8S-6K9YvRvc5NOi8zJrO8-Dn2b1VElyH8M-6M7pOQpPCzTP1ymfKeyM-REjwwdrnJaY3NwasAgSc4Yk/s1600/mengo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8aHizP7nZj6VDCcQ_UOyujq8MddTgP2o2NTDoF-TRJetM1FxX9GrBcWfcWlwe8S-6K9YvRvc5NOi8zJrO8-Dn2b1VElyH8M-6M7pOQpPCzTP1ymfKeyM-REjwwdrnJaY3NwasAgSc4Yk/s640/mengo.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;">Imagem de oglobo.globo.com</span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Tudo começou com um convite inusitado e uma atitude inesperada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Eu, vascaíno de nascença e por escolha (após Libertadores de 98 como explico <a href="http://oficinadevalores.blogspot.com.br/2015/10/vasco-vice-nao-para-mim.html">neste texto</a>), recebi de um amigo flamenguista uma proposta indecente: vamos ao Flamengo x São Lourenço no Maracanã?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O “não” era a resposta mais óbvia, afinal de contas sou vascaíno e não é habitual frequentar estádios nos jogos do rival, na torcida do rival. Enfim, não preciso detalhar que um vascaíno obviamente diria não. Contudo, fui além e pensei nos motivos para dizer sim: o primeiro deles é que o amigo em questão está prestes a passar um período no exterior e seria uma espécie de despedida dele. O segundo é que, além disso, um grupo considerável de amigos iria ao jogo. O terceiro é que sou amante do futebol e seria a reabertura do Maracanã após um longo período inativo. Por que não ir? Fui.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O dia foi cercado de tensão, sabia que seria alvo de zoeiras infindáveis nas redes sociais, sabia que os amigos vascaínos ficariam perplexos e não veriam o menor sentido no que eu estava fazendo. Tive medo de cometer alguma gafe no estádio, como comemorar gol do adversário, ficar comentando algo que me revelasse como “infiltrado” em voz alta e me descobrissem. Minha estratégia foi: camisa vermelha e preta, experiência antropológica, vou agir como um deles. E assim foi, eu pulava, dublava a maioria dos cantos porque não os conhecia, alguns poucos eu até cantava junto, só o hino que realmente me recusava, mas fazia o gestual e ia na onda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O jogo foi bem bacana! Primeiro tempo morno sem grandes alternativas para os dois lados, torcida compareceu em peso, mas não me surpreendeu na primeira etapa. Uma das perguntas que mais ouvi foi: o contato com a torcida não te balançou? Respondo com sinceridade: não. Elenco aqui os fatores que me levaram a essa conclusão: o primeiro é que na chegada ao estádio, estávamos com um grupo de amigos, alguns se atrasaram e precisavam que os esperássemos para que trocassem o voucher pelos ingressos. Faltava ainda uma hora e meia para o jogo e o grupo que já estava, de forma inquieta, insistia em entrar no estádio. Um se dispôs a esperar os amigos e eu naturalmente queria lhe fazer companhia. Mas de forma ansiosa os outros insistiam em entrar (visto que tínhamos o ingresso em mãos, estávamos na porta do estádio e havia uma antecedência considerável para o início da partida), o que não me pareceu uma atitude de “nação” como se auto intitula a torcida rubro negra. O segundo é que realmente esperava mais explosão nos cantos e nos gritos da torcida, realmente não me surpreendeu e nem arrepiou, inclusive a minha interpretação de animação fazia de mim o mais animado do meu grupo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O segundo tempo do jogo começou com um belo gol de falta do Diego, comemoração, festa. Parece que aí sim a torcida chegou, meus amigos se animavam mais a cada gol, era notório que viviam um momento histórico. Vencer por 4x0 um jogo de Libertadores, não é todo dia que vai acontecer. No início torcia por um vexame do flamengo em pleno Maraca, mas a essa altura admito que me alegrava com a alegria de meus amigos. A rivalidade não nos pode cegar e tive a oportunidade de fazer parte da alegria deles, de ver os efeitos que o futebol provoca de outra maneira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O detalhe é que em meio a um gol e outro, fotos e vídeos rolavam soltos. Eu sabia que estava exposto e não foi diferente. Desde que o jogo acabou sou o principal assunto no meu contexto de amizade, minha presença no estádio até ofuscou o grande resultado do flamengo para a maioria. Minha TL no Facebook se divide entre: “Moco virou a casaca” do lado dos flamenguistas e “Que vergonha Moco” por parte de todas as outras torcidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Confesso que vendo a repercussão, ora achava engraçado, ora me arrependia. Tanto mexeu comigo que me pus a pensar: por que isso afeta tanta gente? É claro que a brincadeira é válida: ela faz parte do futebol e principalmente da amizade. Mas por que alguns levam tão a sério? Pode parecer exagero, mas amigos que eu não tinha contato há anos apareceram para comentar o ocorrido. Penso que realmente há valores em jogo, passamos por um período tão cercado de intolerância e acho que as pequenas atitudes que nos aproximam ao invés de segregar são fundamentais. Flamengo e Vasco uniram-se recentemente na campanha #paznofutebol. Acredito nisso, que rivalidade não é sinônimo de inimizade e, analisando tudo, não tenho dúvidas de que foi bom ter ido.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Fiz uma escolha corajosa e com essa escolha descobri um novo amor! Pelo Flamengo? Não, mas pelo futebol, pois o esporte é viciante, é apaixonante e quebra barreiras, aproxima as pessoas quando saímos dos nossos bairrismos, e eu saí! Fui da colina pra favela, pra perceber que o meu lugar é a colina. Fui ouvir a nação cantar, pra sentir arrepios, não pelo que ela me provocou, mas por ouvir amigos flamenguistas comentando lá mesmo durante o jogo que, numa eliminação que o Flamengo sofreu para o Vasco, a torcida cruzmaltina mesmo em minoria parecia fazer tremer a arquibancada, enquanto a do flamengo fazia um silêncio sepulcral. Eu olhava para a massa e imaginava o silêncio, olhava para as cadeiras recém-reformadas do Maraca e sentia saudade do cimento de São Januário. Se virei casaca? Sim, sem dúvidas! Não no sentido de mudar de time, mas de me reconhecer da turma da fuzarca*!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Saio dessa experiência mais vascaíno do que nunca, mais próximo dos meus amigos, podendo rever (ainda que seja pelas redes sociais) amigos que não apareciam há muito tempo, e isso porque saí da minha zona de conforto. O mais fantástico é perceber que essa é só a minha percepção e os amigos flamenguistas saíram arrepiados, achando que foi a festa mais linda que já viram. Todo ponto de vista é a vista de um ponto, podemos até não enxergar da mesma forma, mas respeitar a forma que o outro vê é fundamental. Vamos ousar, nos interessar pelos interesses do outro, transcender as nossas vontades, sem medo de nos perdermos. Só perdemos aquilo que na verdade nunca possuímos. Virei casaca! Descobri um novo amor! Viva o futebol!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">*<i>Casaca, casaca, casaca! A turma é boa, é mesmo da fuzarca! Vasco! Vasco! Vasco!</i> Trata-se de um tradicional grito da torcida vascaína. </span></div>
<div>
<br /></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Rodrigo Moco</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Psicólogo</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Oficina de Valores</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-35043004812417031412017-03-09T09:22:00.001-03:002017-03-10T21:19:48.148-03:00Testemunho do Retiro de Carnaval - Duas histórias, o mesmo caminho...<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Larissa e Julia</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAossH1J7eZew_iBbEOOKtJbLPMUIlfaI08F4zRVsFTpOZzrSRpRYIotb9fz9NyuFkA3E9oPYjQw7b0LQMx0febTiIVOz4RvwiwDY99oagcIfCBlJzTK1Gb8GdRt8CPWYS9sr2hRLFr48/s1600/17039059_1258036580962044_987283298432666197_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAossH1J7eZew_iBbEOOKtJbLPMUIlfaI08F4zRVsFTpOZzrSRpRYIotb9fz9NyuFkA3E9oPYjQw7b0LQMx0febTiIVOz4RvwiwDY99oagcIfCBlJzTK1Gb8GdRt8CPWYS9sr2hRLFr48/s640/17039059_1258036580962044_987283298432666197_o.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em um primeiro momento tive certa resistência para fazer o retiro da Oficina porque sou muito apegada à minha paróquia e era difícil resolver mudar assim. Mas senti que era preciso buscar algo novo, até mesmo para tentar ver as coisas de uma perspectiva diferente, sair do meu comodismo. Eu sempre frequentei a Igreja católica, sempre fiz parte de grupos de perseverança, mas estava numa fase em que eu não conseguia sentir mais nada, andava cheia de dúvidas, e isso estava realmente me destruindo por dentro. O retiro de carnaval da Oficina me trouxe uma experiência completamente nova, consegui enxergar o amor de Deus em pequenos detalhes, algo que eu não via há muito tempo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Conseguir ver e viver alguns passos de Jesus pela ótica de Maria foi simplesmente incrível, ver toda a simplicidade e beleza por trás da entrega Daquele que morreu por nós. Às vezes a gente que já vive na Igreja há algum tempo deixa que as coisas percam um pouco do brilho e da graça que realmente tem, e acaba deixando de viver a fé e de desfrutar tudo de mais maravilhoso que Deus nos deu. E eu estava assim, mas era necessário ir além, renovar minhas forças, por mais que seja difícil, e eu consegui enxergar tudo isso durante o retiro!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Durante esses dias eu pude crescer, partilhar e aprender com pessoas maravilhosas e entender o quão bom é viver a santidade e como isso pode ser bem mais fácil quando se vive em comunidade. E algo muito marcante também foi, mais uma vez, ser acolhida por Nossa Senhora, mesmo sendo tão fraca e miserável, ela me deu a mão e me reergueu. Sou muito grata à Oficina de Valores por todo o carinho e atenção que tiveram com esse retiro!</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Larissa Dutra</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Carnaval 2017 / Bloco Vermelho</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i><br /></i></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Pra falar a verdade, já recebi vários convites para fazer retiros e encontros, mas nunca tive ânimo de ir a nenhum, sempre achei que não era pra mim. Mas um dia ouvi falar da Oficina de Valores e conheci um pouco do trabalho deles, com uma palestra bem legal que eles fizeram na minha escola no ano passado. Então, no início desse ano, uma amiga me falou do retiro de carnaval e perguntou se eu tinha interesse. Logo pensei: “Deixar de ir ao carnaval? Deixar as “zoeiras”? Deixar os blocos? Será que eu consigo? Quer saber? Eu vou!”. E preciso dizer que eu não me lembro de ter tido um carnaval tão maravilhoso em toda a minha vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Cheguei lá sem conhecer ninguém e saí com amizades puras e verdadeiras. Me diverti tanto que nem percebia o tempo passar, quando vi já era o último dia. As palestras, as animações, os momentos de oração, as partilhas e as músicas me tocaram e me fizeram refletir bastante. Inclusive, na música tema do retiro, tem uma frase que agora virou a minha oração para os momentos de dificuldade - “Acolhe-me em teus braços, intercede pelas lutas do meu coração”. Confesso que voltei com o coração muito mais calmo e tranquilo. É muito difícil expressar em palavras o que eu senti durante esses dias, foi uma sensação tão boa que dá vontade de chamar todo mundo pra fazer o próximo encontro comigo!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Eu aprendi muito com o pessoal do meu grupo e da Oficina. Saí desse retiro uma pessoa mudada e, claro, pra melhor. Muito melhor! Mais próxima de Deus, de Maria, da Igreja e mais grata às bênçãos na minha vida.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Só tenho a agradecer! Agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de estar em um encontro com momentos e pessoas tão maravilhosas e agradecer ao pessoal da Oficina, que me mostrou como Deus e Maria são sensacionais, por terem me colocado mais próxima deles de uma forma tão bonita e por fazerem esse trabalho que, com certeza, ajuda muitas pessoas.</span></div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Julia Paixão</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Carnaval 2017 / Bloco Azul</i></span></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-88547735833688472982017-03-07T15:24:00.000-03:002017-03-07T15:25:19.286-03:00Testemunho do Retiro de Carnaval - O que fazer no Carnaval?<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Felipe</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirXbaXg5w9dy05edOEJ_iywZV6hyphenhyphenkCH1S9xZ7W9ovFvlmByMFESh66e0o75XrDf2ZnWiRO_Yv78e_Dna8HopJWRd6jKONq7N5-S73RC-bFHWv84QJ-nFNB1ViYIwc9D8AefUVnr-qKLjU/s1600/16998906_1032697240196740_7996660626152710988_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirXbaXg5w9dy05edOEJ_iywZV6hyphenhyphenkCH1S9xZ7W9ovFvlmByMFESh66e0o75XrDf2ZnWiRO_Yv78e_Dna8HopJWRd6jKONq7N5-S73RC-bFHWv84QJ-nFNB1ViYIwc9D8AefUVnr-qKLjU/s640/16998906_1032697240196740_7996660626152710988_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">"O que farei no Carnaval?" Essa é uma pegunta muito frequente para você; para onde viajar, qual bloco ir,... Mas porque não uma coisa inovadora? Sim, um retiro, uma experiência de 5 dias buscando conhecer um pouquinho mais sobre a pessoa que mais ama, que cuida, e zela por você. Inclusive, sentir-se em um Santuário no qual você literalmente sente a paz que Cristo oferece, onde você expulsa todas as coisas ruins e substitui simplesmente por amor em seu coração. Bem, bastante contraditório do que você realmente vê nos carnavais da atualidade. Então, eu escolhi conhecer o Retiro de Carnaval da Oficina de Valores!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No ano de 2016, conheci alguns membros que pude ter o prazer de me simpatizar com pessoas que buscavam o mesmo ideal que eu, que em comunidade buscavam a santidade e juntos caminhar de acordo com o catolicismo. E tal fato, me ajudou bastante a conhecer sobre esse grupo e influenciar-me a participar e fazer o retiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Assim que nós, encontristas, chegamos, já fomos recebidos com um clima bem gostoso com o melhor acolhimento, ao som de instrumentos típicos carnavalescos, com alegria e afeição. E ao longo desses dias maravilhosos houveram graças alcançadas, lágrimas derramadas, alegrias, emoções,... Através das palestras, direcionadas a tão agraciada mãe Maria, e a inspiração para todos nós cristãos, a Sagrada Família; momentos de reconstrução simbólicos das dores de Maria; dinâmicas; partilhas; efusão e muitos outros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Claro, que por ser carnaval, uma data festiva influenciada em suas origens pela própria Igreja Católica, pois a Igreja entraria na Quaresma, tempo de penitência, reclusão e silêncio interior, nós também buscamos uma diversão saudável através de equipes formadas por blocos com uma leve "competição" entre ambos, ocorrendo animações, jogos, corridas...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">É bastante complexo explicar o sentimento, porque não existe uma descrição de fato, são sentimentos incondicionais. O próprio amor ágape que se vivencia durante o retiro e sente-se maravilhado e apaixonado, apenas você mesmo pode sentir porque é o próprio Senhor que consegue transformar o seu coração e livra-lo de toda tristeza, mágoa ou rejeição.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por isso, convido-o(a) a participar no próximo retiro e vivenciar essa forma mais linda de amor que apenas você pode viver e sentir. E mesmo que já esteja na caminhada, faço o convite também, pois devemos estar sempre buscando e renovando a nossa conversão. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">“Como é difícil ser fiel e carregar a minha cruz</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Mesmo fraco, ferido, o teu olhar me mostra o amor</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Caminhaste até o calvário com teu filho</span></div>
<span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large; text-align: justify;">Te convido a caminhar também comigo".</span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Felipe Marcello</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante de Engenharia Elétrica</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Carnaval 2017 / Bloco Azul</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3902061824792504856.post-15709042476972818232017-03-03T13:33:00.001-03:002017-03-03T13:33:27.903-03:00Testemunho do Retiro de Carnaval - Vou pra onde você está...<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por: Maythe</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAORK2SUWJ4ndF5IAnxmGdphoBuJpAR7p1XlS_yif141hPxh-BTgMB2JJCYpVRxwCIaGtC9Lk-Fdy5-xdNX2A6z9-E-PzCQt2KjCi_9UqDGvaY-Q_IdCp0vyEhLlZTq3xBfsavA9S8WNc/s1600/16999248_1032687730197691_3274727587636998512_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAORK2SUWJ4ndF5IAnxmGdphoBuJpAR7p1XlS_yif141hPxh-BTgMB2JJCYpVRxwCIaGtC9Lk-Fdy5-xdNX2A6z9-E-PzCQt2KjCi_9UqDGvaY-Q_IdCp0vyEhLlZTq3xBfsavA9S8WNc/s640/16999248_1032687730197691_3274727587636998512_n.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Linda</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Do jeito que é</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Da cabeça ao pé</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Do jeitinho que for</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>É, e só de pensar</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Sei que já vou estar</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Morrendo de amor</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Coisa linda</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Vou pra onde você está</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Não precisa nem chamar</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Se a beleza mora no olhar</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>No meu você chegou e resolveu ficar</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><i>Pra fazer teu lar"</i></span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">(Trecho da música Coisa Linda, Tiago Iorc)</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large;">Provavelmente você, assim como eu, já ouviu essa música. Mas foi na noite dessa última terça-feira que resolvi, a princípio de forma inconsciente, cantá-la de uma forma mais real. Percebi, na última noite do Retiro (depois da adoração, de todas as palestras, de todas as dinâmicas, de todos os momentos), que uma música não precisa ser só uma música e fiz dela um agradecimento. Ela reforçou sem a menor intenção o que eu entendi desde o primeiro dia naquele sítio maravilhoso: a beleza e a simplicidade de Maria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Como o tema do retiro era essa Santa que nos serve de exemplo para todas as situações, tudo foi falado levando em conta o olhar da Mãe de Deus. Eu nunca entendi completamente essa devoção tão grande da Igreja a uma mulher, me pergunto como fui tão cega por tanto tempo. O motivo é simples: foi Ela que disse sim e confiou completamente em Deus, onde por ação do Espirito Santo o Filho de Deus se fez carne, assim como você e eu, para nos livrar de todo o mal. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Eu não sei explicar muito bem como e quando percebi isso, só sei que um sentimento maior que meu peito já se fazia presente desde sábado. Durante o terço luminoso consegui ver a força que a oração à Maria tem, fui preenchida por um sentimento que não sou capaz de descrever.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Quando passamos pelas Dores de Maria percebi ainda mais o quão grandiosa é essa Mãe, que até no sofrimento nos conforta e se faz presente. </span><span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large;">E assim me mostrou que para algo de bom ressuscitar é necessária a morte. Para haver confiança é necessário matar o medo dentro de cada um de nós. Mais uma vez fui inundada por sentimentos que transbordaram pelos olhos durante toda a vivência das dores. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">O fato é que Ela me ensinou por meio desse retiro de carnaval, que aliás foi o meu primeiro, que devemos sempre buscar seguir seu exemplo, e que em qualquer situação ela estará conosco mesmo que nós não estejamos com ela: uma mãe não abandona o filho. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Agradeço a Oficina por me mostrar isso com tanta clareza, por me dar a chance de me aproximar desse amor materno infinito. Agradeço pelo meu time me dizer tanto nas partilhas e por terem vivido comigo cada momento desses 5 dias. Agradeço a Deus por me dizer que teria algo de diferente nesse retiro e por me levar até o Sítio São José do Oriente mais uma vez pra uma experiência maravilhosa. Agradeço a Maria por me carregar nos braços em todos os momentos, por me dar colo quando preciso e por isso ser o meu exemplo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Mãe, hoje te digo de todo meu coração: vou pra onde você está, não precisa nem chamar. Se a beleza mora no olhar, no meu você chegou e resolveu ficar pra fazer teu lar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><b><i>Maythe Pury</i></b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Estudante</i></span></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><i>Participante do Retiro de Carnaval 2017 / Bloco Roxo</i></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/06363520144788583417noreply@blogger.com0