Por: Moco
“E aqui podemos descobrir uma primeira grande incumbência que nos chega da festa de hoje: o convite a adotar a visão reta sobre a humanidade inteira, sobre os povos que formam o mundo, sobre suas diversas culturas e civilizações. A visão que o crente recebe de Cristo é um olhar de bênção: um olhar sapiencial e amoroso, capaz de captar a beleza do mundo e condoer-se da sua fragilidade.”
O trecho acima foi retirado da pregação que o Papa Bento XVI fez no último domingo de Ramos, em 2012. A data é proposta pela Igreja como sendo o momento de encontro da
juventude com o Papa. É o momento anualmente dedicado a falar com e para os jovens.
Chama atenção a simplicidade e a humanidade contidas nesse trecho, e fechando esta semana de homenagens ao nosso Papa emérito, seria bom refletirmos sobre o que foi falado a nós, jovens.
Adotar uma visão reta sobre a humanidade inteira, sobre os povos que formam o mundo, sobre suas diversas culturas e civilizações.
Curiosamente é difundida uma noção completamente oposta a esta a respeito da Igreja. Foi pintada a imagem de uma Igreja intolerante, retrógrada e fechada ao diálogo. Como e onde surgiu esta mentalidade, eu não sei. Só sei que o responsável por difundi-la não sabe mais sobre ela do que o seu líder máximo, e isso não pode ser desconsiderado.
Adotar uma reta visão sobre a humanidade é, antes de mais nada, não ser indiferente ao ser humano. O trecho do Evangelho meditado nesta palestra é o do cego Bartimeu, que em meio à multidão que acompanhava Jesus durante a sua entrada a Jerusalém, clama a sua presença dizendo: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim.” É um simples clamor, um desesperado pedido de ajuda de alguém que não enxergava e nem era enxergado por ninguém. Cristo lança um reto olhar sobre aquele homem, olhar que muda a sua história e abre (literalmente) os seus olhos. As pessoas precisam ser olhadas nos olhos, necessitam ser reconhecidas e valorizadas e num momento em que as culturas e civilizações sucumbem frente a escândalos, crises, violência e uma tremenda desvalorização da pessoa, nós somos exortados pelo papa a lançar sobre este mundo um olhar diferenciado, um olhar que valoriza, que restaura.
A visão que o crente recebe de Cristo é um olhar de bênção: um olhar sapiencial e amoroso, capaz de captar a beleza do mundo e condoer-se da sua fragilidade.
Há duas maneiras de ver o cristianismo: Uma doutrina fechada que busca identificar e julgar tudo aquilo que não é condizente com seus valores e regimentos; Ou uma proposta que possui sim uma doutrina que a sustenta, mas que busca em tudo (inclusive naquilo que em primeira instância não é condizente com a sua doutrina) encontrar um aspecto positivo e, a partir disso, extrair dali o máximo de potencialidades possível.
Não há dúvidas de que a proposta de Cristo que é reforçada nos dias de hoje na fala do Papa é que o olhar do cristão para o mundo seja compassivo. Compaixão significa colocar-se no lugar do outro. Um olhar compassivo é capaz de entender os motivos, as circunstâncias e talvez até mesmo as intenções dos atos do outro. É esse olhar a que se refere Bento XVI. É o que nos torna capazes de perceber que a pessoa nunca pode ser reduzida a fama que possui. Nenhuma pessoa pode ser definida pelo que faz, muito menos pelo que falam sobre ela, mas sim pelas potencialidades que tem por intermédio da ação de um Deus onipotente, capaz de aproveitar e transformar qualquer realidade.
Em suma, o Papa nos diz: Não sejam indiferentes ao mundo! Percebam, amem e acreditem nas pessoas, quaisquer que sejam as suas condições. Me parece, que são conselhos que transcendem a fé professada. Qualquer pessoa há de convir que são bons ensinamentos e propostas que valem a pena ser seguidas.
Finalizo com mais um convite que recebemos do Bento, este referente já a JMJ que se realizará no mês de Julho deste ano no Brasil. O Papa diz: “A alegria é um elemento central da experiência cristã. Também durante cada Jornada Mundial da Juventude fazemos a experiência de uma alegria intensa, a alegria da comunhão, a alegria de ser cristãos, a alegria da fé [...] A Igreja tem a vocação de levar ao mundo a alegria, uma alegria autêntica e duradoura.” Refletimos e comunicamos uma alegria que não se esgota, isso é belíssimo. Que levemos adiante a alegria de termos sido conduzidos por um pastor fiel aos desígnios de Deus, que tanto nos ensinou e motivou com suas palavras e seu testemunho.
O trecho acima foi retirado da pregação que o Papa Bento XVI fez no último domingo de Ramos, em 2012. A data é proposta pela Igreja como sendo o momento de encontro da
juventude com o Papa. É o momento anualmente dedicado a falar com e para os jovens.
Chama atenção a simplicidade e a humanidade contidas nesse trecho, e fechando esta semana de homenagens ao nosso Papa emérito, seria bom refletirmos sobre o que foi falado a nós, jovens.
Adotar uma visão reta sobre a humanidade inteira, sobre os povos que formam o mundo, sobre suas diversas culturas e civilizações.
Curiosamente é difundida uma noção completamente oposta a esta a respeito da Igreja. Foi pintada a imagem de uma Igreja intolerante, retrógrada e fechada ao diálogo. Como e onde surgiu esta mentalidade, eu não sei. Só sei que o responsável por difundi-la não sabe mais sobre ela do que o seu líder máximo, e isso não pode ser desconsiderado.
Adotar uma reta visão sobre a humanidade é, antes de mais nada, não ser indiferente ao ser humano. O trecho do Evangelho meditado nesta palestra é o do cego Bartimeu, que em meio à multidão que acompanhava Jesus durante a sua entrada a Jerusalém, clama a sua presença dizendo: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim.” É um simples clamor, um desesperado pedido de ajuda de alguém que não enxergava e nem era enxergado por ninguém. Cristo lança um reto olhar sobre aquele homem, olhar que muda a sua história e abre (literalmente) os seus olhos. As pessoas precisam ser olhadas nos olhos, necessitam ser reconhecidas e valorizadas e num momento em que as culturas e civilizações sucumbem frente a escândalos, crises, violência e uma tremenda desvalorização da pessoa, nós somos exortados pelo papa a lançar sobre este mundo um olhar diferenciado, um olhar que valoriza, que restaura.
A visão que o crente recebe de Cristo é um olhar de bênção: um olhar sapiencial e amoroso, capaz de captar a beleza do mundo e condoer-se da sua fragilidade.
Há duas maneiras de ver o cristianismo: Uma doutrina fechada que busca identificar e julgar tudo aquilo que não é condizente com seus valores e regimentos; Ou uma proposta que possui sim uma doutrina que a sustenta, mas que busca em tudo (inclusive naquilo que em primeira instância não é condizente com a sua doutrina) encontrar um aspecto positivo e, a partir disso, extrair dali o máximo de potencialidades possível.
Não há dúvidas de que a proposta de Cristo que é reforçada nos dias de hoje na fala do Papa é que o olhar do cristão para o mundo seja compassivo. Compaixão significa colocar-se no lugar do outro. Um olhar compassivo é capaz de entender os motivos, as circunstâncias e talvez até mesmo as intenções dos atos do outro. É esse olhar a que se refere Bento XVI. É o que nos torna capazes de perceber que a pessoa nunca pode ser reduzida a fama que possui. Nenhuma pessoa pode ser definida pelo que faz, muito menos pelo que falam sobre ela, mas sim pelas potencialidades que tem por intermédio da ação de um Deus onipotente, capaz de aproveitar e transformar qualquer realidade.
Em suma, o Papa nos diz: Não sejam indiferentes ao mundo! Percebam, amem e acreditem nas pessoas, quaisquer que sejam as suas condições. Me parece, que são conselhos que transcendem a fé professada. Qualquer pessoa há de convir que são bons ensinamentos e propostas que valem a pena ser seguidas.
Finalizo com mais um convite que recebemos do Bento, este referente já a JMJ que se realizará no mês de Julho deste ano no Brasil. O Papa diz: “A alegria é um elemento central da experiência cristã. Também durante cada Jornada Mundial da Juventude fazemos a experiência de uma alegria intensa, a alegria da comunhão, a alegria de ser cristãos, a alegria da fé [...] A Igreja tem a vocação de levar ao mundo a alegria, uma alegria autêntica e duradoura.” Refletimos e comunicamos uma alegria que não se esgota, isso é belíssimo. Que levemos adiante a alegria de termos sido conduzidos por um pastor fiel aos desígnios de Deus, que tanto nos ensinou e motivou com suas palavras e seu testemunho.
Ao Papa Bento XVI, o nosso muito obrigado, pelo olhar lançado sobre nós e as condições oferecidas para que fossemos melhores. A nós, restam as palavras do Apóstolo Paulo que certamente tanto motivaram Ratzinger no seu trabalho com a juventude: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!”
Rodrigo Moco
Estudante de Psicologia - Coordenador da Oficina de Valores
Fontes: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/youth/documents/hf_ben-xvi_mes_20120315_youth_po.html
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2012/documents/hf_ben-xvi_hom_20120401_palm-sunday_po.html
Este texto é parte de uma série de textos que publicamos ao longo da última semana do pontificado de Bento XVI. Para acessar todos os textos desta série especial basta acessar a tag Especial Papa Bento XVI clicando aqui
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