Imagem de www.sbcoaching.com.br
Confissões de uma noiva: o namoro
Olá novamente,
É com muita alegria que eu volto
a escrever um pouco mais sobre o meu casamento pra vocês. E hoje venho contar
um pouquinho mais do que aconteceu durante esses 5 anos de namoro que em breve
desembocará em um casamento.
Pois bem, começo contando que lá
há 5 anos eu não desconfiava que estaria paquerando o meu futuro marido. Confesso
que foi um namoro tímido, que começou advindo de um interesse mútuo, é claro,
mas um tanto quanto investigativo, se assim podemos dizer. E acredito que foi esse
tom de descoberta e “investimento” que nos trouxe até aqui.
Sempre me lembro de que minha avó
dizia que para um casamento dar certo é necessário casar com a água da chaleira
fria pra deixar que com o tempo ela ferva – e hoje penso nesse ditado e avalio
que quando o amor nasce de um relacionamento decidido e escolhido “a dedo”, ele
tem tempo e fôlego para crescer e se desenvolver. (Vamos esclarecer que eu não estou dizendo que casais que começam a se
envolver advindos de uma paixão avassaladora não dão certo – casais assim podem
dar certo sim, mas todos hão de concordar que em casos como esse, a paixão fala
mais alto que o amor e em muitos casos aquela acaba por calar este).
No início do namoro tudo são
flores, borboletas e arco-íris, não é mesmo? Pois bem, conosco não foi muito
diferente, as coisas iam fluindo bem apesar do ainda pouco conhecimento do
outro e de suas opiniões, ideias e manias. Tempo bom que não volta mais, certo?
(Graças a Deus que não!!) Não brigar, e concordar, e rir juntos é muito bom
sim, sem dúvidas, mas é na adversidade que se conhece o outro.
Pois bem, a partir do nosso
segundo ano de namoro, as coisas ficaram um pouco mais feias - o número de brigas era bem alto! Algumas
vezes, chegávamos a discutir por tudo e sobre tudo: as manias advindas do
jeito da família de cada um, horários de encontros, notas da faculdade, saídas
com os amigos, onde iríamos nos encontrar, ciúmes e tudo mais. Pensamos
muitas vezes em terminar o namoro e
acabar com aquilo, mas sempre que a decisão chegava ao ultimato do término,
decidíamos por mais uma semana, um mês, um ano. Foi um tempo de intenso
conhecimento do outro, dos limites do outro, e infelizmente por muitas vezes,
do quão mau, cruel ou até mesmo vingativo um ou outro podia ser...
Mas, depois da tempestade sempre
vem a bonança e os tempos de paz chegaram e para ficar. Tivemos muitos momentos
dignos de lembrança nesse tempo, e bem claramente conseguimos aprender que dos
maus se tira ensinamentos e dos bons ótimas lembranças.
Acredito que é possível dizer que
ficamos mais parecidos um com o outro. Aprendemos a nos respeitar e conhecer as
peculiaridades do outro: eu sou noturna, ele é diurno; eu quero aula de canto,
ele de dança; eu quero aprender alemão e ele francês; eu prefiro uma rede e bons filmes,
ele praia e aventura; mas nós dois acima de tudo queremos conciliar tudo isso
juntos.
É claro que você sabe que seu
namorado(a) não é (ou será) perfeito(a). O importante aqui é pôr na balança todos
aqueles defeitos e qualidades dele(a) e avaliar: vale a pena investir meu tempo
nele/nela? E tenha a certeza de que tudo o que você precisa saber sobre ele/ela
está bem ali na sua frente: no jeito que ele/ela fala, come, te responde, te
liga, escreve mensagem, chora, ri, se comporta na frente dos amigos... Como
diria a música do Los Hermanos: “claro e simples sou aquilo que se vê”. Casamento não é feitiço de beijo do amor
verdadeiro de conto de fadas, não vá esperando a poção mágica fazer efeito na
hora do sim, antes disso, aprenda a encontrar seu príncipe encantado/sua
princesa naquele(a) que está ao seu lado.
E digo mais, é nas pequenas
coisas que se conhece e se ganha alguém. É no âmbito dos detalhes muitas vezes
que você terá a certeza de que seu namorado(a) é o(a) escolhido(a). O ser humano
é maravilhoso e deveria nos encantar com suas individualidades: ao fim de um
namoro bem sucedido poderíamos acrescentar até mesmo uma dose de “telepatia”,
de total cumplicidade.
Passamos por várias fases do namoro
nesses 5 anos e ainda tem uma lista de coisas que eu quero fazer, quero
mudar, não concordo, amo, odeio, respeito, não entendo, assim como ele. O importante
sempre vai ser estar junto, ser presença, alinhar expectativas e dar o sangue,
suor e lágrimas pelo sucesso desse relacionamento, afinal quanto de esforço é
válido pra fazer prosperar o maior projeto da sua vida?
Até breve...
Juliana Benevides
Professora de Inglês / Oficina de Valores
0 comments:
Postar um comentário