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"Mas que
preguiça boa, me deixa aqui à toa..."
Quantas coisas
você já deixou de fazer por preguiça? Por que nossa cama parece sempre a melhor
solução para tudo? Quantas vezes você já saiu de casa cedo, contando quantas
horas faltavam para você estar na cama de novo?
Segundo os
dicionários, a preguiça pode significar desde a falta de disposição para
realizar determinada tarefa, até uma espécie de aversão ao trabalho. Além
disso, a preguiça está ligada à lentidão ou à moleza e, muitas vezes, à
negligência na realização de atividades. Falar em preguiça significa descrever
desde um dia de descanso, em que deixamos as atividades de lado para relaxar,
até a falta de vontade em retomar essas atividades ou iniciar qualquer forma de
esforço físico ou mental.
Já percebeu que
quanto mais você dorme, mais você quer dormir? E que quanto mais você se
permite sentir preguiça, mais preguiçoso você fica? É tipo areia movediça: uma
vez que você cai nela, já era. Para algumas pessoas, a preguiça é uma tentação,
para outros já é um estilo de vida.
O corpo humano,
com suas articulações e músculos foi feito pro movimento, para estar sempre em
ação, então por que nos sentimos tão preguiçosos? Vale ressaltar que preguiça é
diferente de cansaço. Cansaço é quando você chega em casa depois de um dia
inteiro de trabalho ou estudo ou quando você faz algum trabalho pesado, algo do
tipo. Já a preguiça é quando você acorda de manhã e só de lembrar que vai ter
que pegar o ônibus cheio, prefere virar pro canto (só mais 5 minutinhos), é quando
você está o dia inteiro deitado no sofá vendo televisão e aí te da vontade de
pegar alguma coisa pra comer, mas só de pensar no “esforço” de ir até a
cozinha, você prefere “passar fome”.
É claro que não
me refiro aqui a enfermidades, em que a preguiça, desânimo, melhor dizendo, são
sintomas de alguma patologia. Eu me refiro àquela preguicinha boa, aquela que
você sabe que está errado em sentir, mas mesmo assim sente e a deixa tomar
conta do seu dia.
Tudo começa com
aquela preguiça de levantar pra pegar o controle que ficou no outro sofá,
depois vem a preguiça de lavar a louça, arrumar o quarto, trabalhar,
viver! A preguiça é como uma bola de
neve descendo uma montanha, ela vai ficando cada vez maior e quando você se dá
conta, ela já fez um estrago.
A tecnologia é
uma grande aliada dos preguiçosos. É fácil notar exemplos no dia a dia. Pense
no carro: com um simples botão abrimos e fechamos os vidros, as portas, acionamos
o alarme... Em casa, eletrodomésticos que cozinham por nós: é só colocar a
comida dentro e pronto, podemos ficar assistindo televisão enquanto o trabalho
é feito. Celulares: esses, que antes só serviam para comunicação, hoje têm mil e
uma utilidades. Podemos assistir filmes, tirar fotos, postar as fotos,
conversar com várias pessoas ao mesmo tempo, pedir comida em casa, nada de
esforços.
Se eu quero
comer alguma coisa, peço delivery, se quero comprar roupas escolho um site e
encho meu carrinho virtual. Pagar contas? Site do banco e número do cartão. Fila
pra quê? Sair com os amigos? Ah, vamos nos falar pelo whatsapp, fazer uma
conversa pelo Skype em grupo. Sair de casa pra quê?
Essas
“facilidades” contribuem para que nos tornemos pessoas acomodadas, mal
acostumadas com tudo nas mãos sem precisar dar um passo, logo, contribuem
também para uma vida preguiçosa.
A preguiça,
além de nos impedir muitas vezes de realizar tarefas e obrigações, pode ser um
“pedido de socorro” do corpo, às vezes pela vida estressante e cheia de
tarefas. É preciso parar e pensar se você está cansado, precisando dar uma parada
ou se simplesmente está com preguiça.
Em resumo, todos têm o direito de sentir preguiça, que atire a primeira
pedra quem nunca deixou de fazer alguma coisa pra ficar debaixo das cobertas...
Todos devem tirar um tempo livre para fazer o que quiser, ficar de pijama até
tarde, jogado no sofá. O que não podemos é permitir que a preguiça tome conta
de nós e que nos impeça de realizar planos e obrigações na nossa vida.
É como naquela
velha história da formiga e da cigarra: A formiga trabalhou duro para juntar
comida para o inverno, já a cigarra quase morreu de fome, pois foi preguiçosa e
não quis trabalhar! E você, é uma formiga ou uma cigarra?
Mariana Freitas
Professora de Inglês / Oficina de Valores
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