“Retiro de Universitário? Quando, aonde, quanto? Claro que eu vou!”.
Desde que conheci este retiro é sempre esta a resposta que eu dou. Sou universitária há dois anos e quase sempre fui da Igreja. A faculdade foi uma grande novidade na minha vida, muitas pessoas com ideias diferentes da minha, pessoas com crenças diferentes e até nenhuma crença. Precisava encontrar um modo de me adaptar àquele lugar e ser católica naquele meio. Por estudar em uma faculdade católica temos a Pastoral Universitária, bem ativa, com uma salinha de convivência bem agradável. Via aquelas pessoas lá conversando e rindo e queria me aproximar, mas tinha um pouco de vergonha.
Então logo no primeiro ano apareceu em um dos televisores da faculdade a chamada para o Retiro de Universitários, e nunca tinha ouvido falar desse retiro e nem da Oficina de Valores. Logo me animei, porque gosto de retiros, e pensei que, já que seria para universitários, seria para pessoas da minha idade e que estão nesse meio que estava entrando. Fiz minha ficha, chamei uma amiga e fomos. Dos muitos retiros que fiz, nenhum é igual ao da Oficina. Gostei demais e o mais legal foi depois, conheci várias pessoas que estudam no meu campus e pude entrar na salinha agradável da pastoral (onde me divirto até hoje), e também fiz boas amizades de outras faculdades.
Este ano estava me programando para fazer outro retiro neste feriado e fui surpreendida com o convite para o Retiro de Universitários, porque o retiro é sempre no final do ano e pensei até que era engano. Mas não era e toda a minha programação para o outro retiro foi perdida porque, falando em Retiro de Universitários, eu não poderia negar. Fiz minha ficha e estava cheia de expectativa, porque seria o terceiro que iria fazer e, como todos são diferentes, eu estava ansiosa.
O retiro superou minhas expectativas e com um tema daqueles não poderia ser diferente! Falar de algo que às vezes é esquecido, banalizado, ignorado pelo mundo, mas que é tão lembrado pela nossa fé. O amor que é Eros, Amizade, Afeição, Caridade. Que é necessidade, companhia, gratuidade, infinito. É fácil ouvir falar de amor por pessoas que você pode ver que são capazes de amar e te inspiram a fazer o mesmo. A Oficina me inspira a amar a Deus, amar minha família, amar o que faço, amar meus amigos. E por falar em amigos, agradeço a Deus por aqueles que colocou no meu caminho neste retiro, e vou levá-los para a vida como tenho trazido os que fiz nos outros dois!
Amei o retiro, as pessoas, este final de semana, a Oficina e, se o objetivo era amar, posso dizer que foi alcançado porque eu amei!
Vou terminar com uma frase que carregamos conosco durante todo o retiro "Onde não há amor, plante amor e colherá amor." (São João da Cruz)
Vamos plantar amor.
E se falarem em retiro de universitários, é claro que eu vou!
Luana Carvalho
Participante do Retiro de Universitários 2017 / Time Azul
O Amor me encontrou...
Falar de Deus é bem difícil para mim, porque sinto que não falo tudo o que é necessário. Eu não saberia dizer quantos encontros fiz em toda a minha vida, mas depois de muito tempo eu senti um friozinho na barriga assim como senti no primeiro. Este foi o meu primeiro Retiro de Universitários e confesso que não saber o que me espera sempre me assusta.
Fiquei indecisa se iria até o último momento. Quando sai de casa pensei em desistir e ficar para "curtir" o feriado com meus amigos, mas a vontade de retomar o contato com Deus foi maior.
Estou na Igreja desde que me entendo por gente, e como disse antes não saberia dizer quantos encontros eu participei ou fui líder. Vivi as melhores coisas da minha vida dentro da Igreja e sentia Deus presente em cada segundo, porém há alguns meses estava vivendo um deserto espiritual, não conseguia ter intimidade com Deus, sentia que Ele estava distante de mim. Deus havia se tornado um estranho. Isso estava me destruindo por dentro, me sentia sozinha, perdida, vazia. Precisava fazer algo para mudar isso, mas sozinha não era capaz e não tinha forças para pedir ajuda. Acreditava que ninguém pudesse me guiar e ajudar nesse caminho. Queria gritar por socorro, mas parecia que ninguém iria me ouvir.
Por muito tempo fui uma “católica de IBGE”. Poucas vezes ia à missa e quando ia estava lá de corpo presente. Percebi quão tristes meus pais estavam, pois nem rezava com eles. Tranquei-me no meu mundo e dizia a todos ao meu redor que estava maravilhosa, mas no meu íntimo sabia que precisava voltar a estar com o meu melhor amigo.
Em 2015 quase perdi meu pai após um trágico acidente e Deus não se ausentou em momento algum, sei que só aguentei passar por tudo porque Ele estava ao meu lado. Nem por um segundo me senti desamparada. Agora, porém, não importava o que eu fizesse e nada me levava para perto de Deus, mas eu não iria desistir, queria muito voltar à presença dEle.
Os céus não se abriram, Deus não desceu em uma nuvem branca, o Espírito Santo não me fez repousar, mas nesse retiro Deus se fez presente em mim, como em muito tempo não se fazia. Bastou um passo pequeno pra que Ele me mostrasse o tamanho do seu amor. Em cada partilha, Deus me mostrou que minha dor não é única, que mais pessoas estão lutando e não desistem, não importa o quão difícil tudo esteja. Em cada pregação pude relembrar que o amor de Deus é tão grande que é capaz de ser divido em quatro e mesmo assim não diminuir em nada. Na confissão eu relembrei que não importa o quanto eu esteja errada, Deus sempre vai me olhar de forma misericordiosa. Em cada dinâmica, por mais simples que fosse, eu refleti o que o era necessário mudar e relembrei do meu primeiro encontro há 12 anos atrás e da promessa que tinha feito de seguir os passos de Cristo. Até a música tema foi tudo o que eu precisava ouvir.
Ele foi tão carinhoso que além de tudo que fez ainda me permitiu conhecer pessoas incríveis que sei que se tornarão amigos maravilhosos. E me deixou passar o fim de semana com amigos maravilhosos para poder fortalecer ainda mais nossa amizade. Enfim, foi nas pequenas coisas que Deus se fez grande para mim e mostrou que nunca me abandonou, até quando eu me senti sozinha, ali estava Ele esperando que eu O notasse. E graças ao Retiro de Universitários eu pude perceber tudo isso.
Bruna Margarido
Participante do Retiro de Universitários 2017 / Time Laranja
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