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No último texto que escrevi, falava da importância de tomarmos decisões para nossa vida, em contraposição com a situação mais cômoda que é a de ficar em cima do muro esperando um sinal divino para tomar uma decisão (leia aqui).

Ainda que o texto anterior possa ser aplicado em vários aspectos de nossas vidas, a ideia desse conjunto de textos é falar da experiência acadêmica e profissional (em especial a transição entre essas duas etapas). Nesse texto, seguiremos a mesma linha, entretanto, se

você leitor não se encontrar nessa situação, peço que se aventure a ler esse texto também, porque acredito que ele trará ideias interessantes.

Como dizia no último texto, nos meus 14/15 anos me aventurei a prestar um preparatório militar para entrar no 3º Ano do Ensino Médio na Escola Preparatória de Cadetes do Ar e o desfecho da história foi que acabei reprovado no exame médico. Diante daquela situação, lutei para não me deixar levar pela frustração e no ano seguinte consegui, com bastante esforço e ajuda da graça divina, entrar na UFRJ, no curso de Engenharia de Produção.

Atingindo esse objetivo, um novo mundo se abriu a minha frente. Tinha acabado de me tornar um universitário! (Missão cumprida! Já sou adulto! ou quase... hehehe).

Lembro que naqueles dias aprendi uma verdade muito importante: “calouro é BURRO!” (essa é a frase padrão de todo trote na universidade). Não estou destacando o trote como algo bom ou ruim, mesmo porque eu não participei do meu. Descobri, no entanto, que por trás dessas palavras de brincadeira, aprece uma verdade que deve ser olhada com atenção: todo calouro, ou novato (me incluo nessa categoria em vários lugares ainda), acha que tem conhecimento de tudo e acaba trocando os pés pelas mãos e passando por problemas que poderiam ser evitados.

A fim de ilustrar uma situação onde isso aconteceu, lembro que, antes do meu primeiro período (entrei no segundo semestre de 2008, então fiquei meio ocioso no primeiro semestre), me aventurei em aulas de cálculo e física especiais para uma galera que estudaria na França, comecei a pensar em fazer cursos por fora no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), entrar na Empresa Júnior e (um problema que muitos enfrentam no início da faculdade) queria estagiar!

Você pode até achar que foram muitos desejos que apareceram no meu coração de calouro ao longo dos primeiros períodos, mas se surpreenderia se contasse que todos apareceram quase ao mesmo tempo.

Naqueles dias de “super calouro”, lembro que uma conversa que tive com um amigo professor me marcou muito e, hoje em dia, orientando alguns calouros sempre cito as mesmas palavras, porque ainda não encontrei conselho melhor.

Lembro que ele destacou para mim que era importante eu valorizar o tempo de descanso (alguns cursos que eu faria seriam nas férias) e explicou, em alguns pontos, como deveria orientar meus estudos ao longo de todo o curso. Ele dizia que ao longo de um curso de graduação, desenvolvemos três competências muito importantes: competência teórica, competência de pesquisa e competência prática.

A competência teórica – dizia ele – é desenvolvida com as matérias que aprendemos nas disciplinas da faculdade, nos trabalhos acadêmicos que fazemos e etc. A competência de pesquisa, desenvolvemos em iniciações científicas e/ou disciplinas de extensão. Já a competência prática é aquela que desenvolvemos no estágio, propriamente dito.

Transcrevendo essa orientação, acredito que conseguirei ajudar muitos universitários que se encontram nesse problema. Mas espero ir além! Naquele momento, ele dizia que focar no estágio me ajudaria a desenvolver uma das esferas do meu desenvolvimento acadêmico, mas que no fim, seria um profissional incompleto (sem falar da falta de conhecimento que ainda tinha para aplicar no estágio).

Essa orientação me marcou muito, mas não pretendo generalizá-la; lembro que antes de me aconselhar, ele me perguntou se o fazer estágio naquela época era uma necessidade. Verificou se eu estava precisando de dinheiro e depois me orientou segundo minha necessidade.

Podemos extrapolar a esfera acadêmica nessa orientação: Quantas vezes nós tentamos dar um passo maior que a perna nas nossas vidas? Quantas vezes nos tornamos profissionais incompletos, pessoas incompletas, cristãos incompletos, por não sabermos esperar o momento certo das coisas?

Aprender a darmos o passo certo na hora certa é uma coisa difícil. Fico feliz de ter quem me oriente ao tomar decisões. Você consulta alguém antes de tomar uma grande escolha? Já pensou que talvez outras pessoas já passaram pela mesma angústia que você e podem te orientar?

Em um jogo de xadrez, para ganhar, em alguns momentos teremos que aceitar perder peças importantes e em outros momentos recuar as peças no tabuleiro. O importante é ter fixo o objetivo a ser alcançado no fim e, é claro, saber que na vida se arrisca muito mais que em um jogo de xadrez
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Jonathan Penha de Almeida
Estudante de engenharia de produção - UFRJ - Oficina de Valores

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