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#AvanteOficina

Por: Joyce
(imagem de: andreiasttoppa.blogspot.com)


Semana passada chegamos, eu e meu noivo, com meia hora de antecedência para a missa. Percebemos que no salão ao lado da Igreja o pároco e algumas pessoas estavam reunidos em adoração ao Santíssimo e fomos para lá enquanto não iniciava a celebração dominical.



Foi um momento muito emocionante – como costuma ser a exposição do Santíssimo, já que foi 
assim que tudo começou para mim – e, em um determinado momento, na condução do padre, ele encorajou que as pessoas colocassem intenções em voz alta, que fizessem orações verbalizando-as.


Como sempre acontece nesses momentos muita gente fez orações gerais, por saúde, em agradecimento, pela vida profissional. Mas uma em especial nos chamou atenção: um jovem, ao final de sua oração, fez o seguinte pedido: “que o Senhor não se afaste de mim”.

Achamos aquilo muito curioso e ficamos conversando sobre isso depois da missa. Será que seria “justo”, “cabível”, pedir que Deus não se afaste de nós? Não seria o contrário? Um padre de outra igreja aqui de Juiz de Fora faz uma oração belíssima após a consagração em que pede que ele (o próprio padre) nunca se afaste de Deus.

Pode até parecer engraçado que a gente peça que nós mesmos não nos afastemos de Deus porque, ora, se não queremos nos afastar, não nos afastemos! Mas a lógica da oração transcende esse pensamento pragmático: precisamos rezar para que fiquemos na presença Divina porque somos falhos, ainda que permaneçamos na fé – e ainda há os tempos que mesmo ela balança...


A reflexão acerca daquilo que ouvi daquele rapaz naquele dia ficou em mim à medida que ela serve para me lembrar de que Deus estará sempre comigo, de acordo com Sua vontade que, sendo baseada nos seus infinitos amor e misericórdia, será sempre de estar comigo. Devemos, então, lembrar, que o propósito do Pai de nos dar livre escolha permite, sim, que seja possível caminhar sem Ele, que respeita sempre nossas decisões. A questão é que isso apenas ocorrerá se eu quiser: nunca Ele se afastará de mim por Sua vontade. Então lembremo-nos sempre de que nosso coração deve estar aberto para que a presença de Deus em nós seja sempre tão forte que mesmo nossa humanidade limitada, nos momentos de fraqueza, não se veja longe do encontro com o Pai do céu.


Um caso muito frequente em nossas vidas, ou na daqueles que nos cercam, é a sensação de abandono que uma vida fora do caminho de Jesus causa. Sofrer com a falta do amor divino tem um resultado tão avassalador que é possível que se pense que Deus nos abandona. Jesus, cem por cento homem e cem por cento Deus, brada da cruz um clamor de abandonado. Será que Deus realmente o havia deixado ou foi o peso de todo o pecado do mundo nos ombros humanos que suscitaram tal desespero? Na nossa vida, foi Deus que nos abandonou ou fomos nós que resolvemos seguir caminhos outros, e a Sua falta faz com que pensemos que a ausência primeira foi d’Ele?


Não me canso de citar a frase do Alessandro Garcia: “Deus não nos pune. Ele nos faz falta”. Será que estamos nos lembrando de que, para estar com Deus, nosso movimento é que importa, já que Ele estará sempre aqui por nós? Será que nos falta lembrar que não basta que Ele nos queira, precisamos querer Sua ação na nossa vida? É bem verdade que certezas não fazem parte da maioria das coisas na natureza humana, na vida, nas relações. Nem sempre entendemos, sabemos, confiamos. Mas quando essa esfera é a de Deus, tudo é diferente: aproveitemos que n’Ele temos sempre a segurança de filhos - nos braços mais amorosos que existem.


Joyce Scoralick
Mestranda em Literatura - UFJF - Oficina de Valores
Contribuição de Cleber Kraus (Binho)

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