MUDAMOS!

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#AvanteOficina

Por: Fernanda


(do inglês: Nós Podemos MUDAR O Mundo)


“Mas esse tempo está uma loucura, os meteorologistas não acertam uma.”

“O trânsito dessa cidade está cada dia pior, a prefeitura não vai tomar providências?”

“Essa rua inundou de novo? Francamente...”

“Acidente? Típico, do jeito irresponsável que eles dirigem...”

Quem conhece algum desses diálogos provavelmente já teve que puxar papo com algum desconhecido no elevador, no táxi, na fila... Ou talvez com algum conhecido, diante de um silencio constrangedor. Quem nunca...?

O que essas linhas mostram, além da nossa estranha necessidade de falar, é como temos facilidade de reclamar. Essa brincadeira pode nos levar a pensar também nos diálogos que temos tido com as pessoas mais próximas, e vamos nos surpreender ao ver a quantidade de reclamação que fazemos sem nos dar conta. Bom, esse texto, na verdade não é para falar que reclamar é ruim (ou bom?), mas para refletir que no fundo desejamos muitas mudanças.

E para a decepção do que me conhecem, apesar do título esse texto não é sobre meio ambiente. Hoje, não vou falar que para salvar o meio ambiente devemos começar não jogando lixo nas ruas (embora esse seja um conselho valioso), mas sim que para encontrarmos mais respeito, devemos começar pedindo “licença”.
Sou católica, praticante, e já me deparei com pessoas que querem a conversão do mundo, que desejam a paz, mas que tem uma imensa facilidade de magoar pessoas próximas e não tem um trato bom com a família. Eu mesma, que quero a conversão de tantos, que desejo tanta coisa boa, já passei pela experiência de estar bem longe se ser uma “pessoa boa”.

O que será isso? Cegueira? Hipocrisia? Por que viver aquilo que a gente acredita, às vezes é uma tarefa tão difícil?

A primeira coisa a verificar é se nós temos os pés no chão. Queremos muito. Mas só queremos coisas abstratas. Viver uma aventura, um resgate, um salvamento, fazer algo grandioso, heroico, presenciar uma situação hilária, estar no melhor show, no maior espetáculo... Vai ser bom se acontecer, mas é mais provável que não aconteça. Enquanto quisermos coisas abstratas demais, não experimentaremos a felicidade, porque a felicidade, na verdade, está no grupo das coisas que são reais.

Segundo, é admitir que é mais fácil falar do que fazer. Essa pode ser a frase mais clichê do mundo, mas ninguém que não passe o dia dirigindo em uma cidade estressante com pessoas estressadas sabe o que é ser motorista de ônibus. Ninguém está na pele do outro para saber o porquê de seus defeitos, nem mesmo das pessoas próximas como pais, irmãos, esposo, esposa... Criticamos, reclamamos. Mas será que no lugar do outro eu faria melhor?

E finalmente, é ver se nós conhecemos bem aquilo que desejamos. Desejo a felicidade para as pessoas, desejo que o mundo seja mais justo, que tenha menos violência, que as pessoas se ajudem. Mas eu sei o que significa desejá-las? Porque se eu quero mesmo uma coisa, se meu desejo é sincero, isso significa que eu vou fazer alguma coisa. E isso dá trabalho...

Desejar a felicidade pressupõe antes de tudo que eu não a roube das pessoas que estão a minha volta. Que eu não compre brigas em casa, que não crie intrigas no trabalho, que seja educada com quem passa por mim, que seja agradável com quem convive comigo.

Desejar um mundo mais justo deve começar pela minha honestidade nos pequenos trocos, no uso da sinceridade, no evitar julgar as pessoas pelo que fizeram e mais ainda pelo que não tenho certeza se fizeram.
Desejar menos violência deve começar já na minha forma de falar com as pessoas. Já repararam como a gente se acostuma a se tratar de forma grosseira? Isso já é uma amostra de violência? Querer que as pessoas se ajudem também deve começar por mim. Mas ajudar mesmo, lembrando que isso às vezes pode me custar um acordar cedo, um gasto de dinheiro, um pegar ônibus lotado em dia de chuva... Parece fácil para alguém...?

Falar bonito, querer mudar o mundo... Na vida real tudo isso é muito pouco. O que mostra onde nós realmente estamos é o nosso jeito, nossa postura, nossas decisões. Precisamos fazer um exame profundo de consciência, porque talvez eu deseje muita coisa boa, mas de forma muito inconsistente. Ouvi várias vezes na Oficina de Valores que “não basta ser bom, é preciso parecer bom” e hoje, peço licença para dizer também que não basta parecer bom, é preciso ser bom.

Se você espera uma ocasião grande de ser herói, fique sabendo que ela já veio. A vida que eu levo hoje é uma chance única, um espetáculo, uma aventura irrepetível, uma história.

E se eu aceito ser protagonista, eu posso - de alguma maneira- mudar o mundo. 

Fernanda Gonzalez
Estudante de Engenharia Ambiental - UFRJ - Oficina de Valores

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