Eu participo ativamente da Igreja desde 2010 e logo no início entrei naquele ativismo de achar que era necessário fazer vários encontros e participar de tudo, porém mudei de Paróquia há três anos e fui para um lugar onde não tem grupo de jovens e nem nenhum tipo de perseverança. Desde então estou tentando ajudar na Pastoral de Crisma e criar um grupo de perseverança. Com toda essa correria, já fazia três anos que não participava de nenhum encontro, até que fui convidada e não tive mais como rejeitar!
Neste final de semana tive a oportunidade de estar em um retiro com uma estrutura completamente diferente dos outros que já fiz. Um pessoal mais maduro, que conhece a minha realidade, minha rotina de se dividir entre trabalho, estudo, família, amigos, Igreja... Enfim, um encontro mais light. Todas as pregações foram maravilhosas e o que mais me atrai na Oficina é que as pregações não nos deixam no superficialismo que estamos acostumados a ver, mas aprofundam os temas de forma que nos levam à reflexão.
Através das pregações pude perceber o quanto sou falha em relação às minhas amizades, minha família e muitas vezes como cristã, porém também percebi que tenho uma nova chance de recomeçar e de fazer melhor. Percebi que preciso conquistar a minha família, amigos e todos os que estão ao meu redor diariamente, algo que já tinha deixado de lado.
No retiro, Deus me incomodou através de uma frase que é bem conhecida: “Onde não há amor, coloca amor e colherá amor” (São João da Cruz). Entendi que Deus queria me mostrar que preciso colocar mais amor nos meus atos, nas minhas palavras, nos meus relacionamentos e principalmente na minha casa, na minha família, pois é o lugar mais difícil de evangelizar.
Por fim, quero terminar com uma frase que foi citada em uma pregação: “O modo de Deus amar deve ser a medida do meu amor”. Eu participo da Pastoral de Rua e quando vou abordar um irmão, eu sempre peço “Senhor, que eu o ame assim como Tu o amas, pois se for como eu te amo ainda é pouco”. É uma oração simples que faço, mas que resume tudo o que quero dizer aqui. Que possamos amar o nosso próximo como Deus o ama. É ver a face de Jesus no próximo (no meu pai, na minha mãe, no irmão de rua, nos meus amigos...).
Aproveito o ensejo para parabenizar a Oficina pelo trabalho que realiza com os jovens e adolescentes e da forma que fazem, assim como disse antes, tirando-os do superficialismo. Parabéns e obrigada por mais essa oportunidade!
"Por que ir a um retiro de universitários?".
Essa foi a pergunta que passou por minha cabeça. O que ele me acrescentaria? O que mudaria em minha vida? Penso que aí, nesses questionamentos, foi cumprido o primeiro objetivo, o de sair de mim. O simples convite a participar foi capaz de despir o meu orgulho e retirar-me de um egocentrismo crente de que após uma vida religiosa cheia de retiros, inclusive em um contexto de discernimento vocacional no seminário, dos mais diversos tipos, e de inúmeras palestras e pregações, de bispos a leigos, nada mais seria novo e frutífero para mim.
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