Se
perguntarmos a qualquer pessoa qual é o feriado mais importante do ano no
Brasil, provavelmente a resposta será: Natal. Tanto do ponto de vista
comercial, pois é o momento do ano em que mais se faz marketing com uma festa,
quanto pelo período de férias coletivas no qual a data é celebrada. Além disso,
há a
característica própria de nossa cultura que para tudo nesse momento.. Pouquíssimas coisas funcionam, mesmo nos tempos de hoje, no dia de Natal.
característica própria de nossa cultura que para tudo nesse momento.. Pouquíssimas coisas funcionam, mesmo nos tempos de hoje, no dia de Natal.
Contudo,
na ótica cristã, embora seja o Natal realmente uma festa importantíssima há
outra, ainda mais celebrada que é a festa da Páscoa! A lógica de entendimento
da diferença entre as duas é bem simples: Nascer todo mundo nasce, já ressuscitar, só Jesus e o Goku no Dragon Ball
realizam tal feito. Brincadeiras a parte, na história da humanidade o
acontecimento da ressurreição de Cristo é algo inteiramente único e
incomparável.
A
festa da Páscoa era comemorada pelos judeus antes mesmo do nascimento de Jesus,
o termo “Páscoa” vem do Hebraico “Pesach” que significa Passagem. No Antigo Testamento,
podemos verificar que os judeus comemoravam nesta data o êxodo do seu povo,
liberto dos egípcios por Moisés na famosa passagem pelo Mar vermelho. Nesta
data os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a
rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão, e o grande
significado religioso da festa é a celebração da esperança pela vida nova. A figura do coelhinho da páscoa tão famosa
e lembrada nessa festa é usada justamente pelo fato de o coelho bem como os
ovos de páscoa também, representarem fertilidade e vida.
Como vimos no
especial da Semana Santa do blog, no
cristianismo esta esperança se concretiza. O próprio Deus feito homem celebra a
passagem. Não uma simples passagem de tempo, ou de uma região a outra, mas
passagem da vida para a morte, e da morte para a Ressurreição. A Páscoa assume
o caráter da celebração da Vida que vence a morte!
Os maiores
dramas da humanidade referem-se ao fato de que padecemos. Tal situação é nítida pela ocorrência do envelhecimento
natural que todos enfrentamos, pelas doenças, e acima de tudo pela morte. Isso
significa que estamos fadados a jamais encontrar o que buscamos. Em outras
palavras, nascemos para vivermos com qualidade e queremos ser felizes, mas o
final da história todos sabemos: inevitavelmente vamos morrer. Essa foi a
conclusão a que chegaram muitos filósofos e grandes pensadores da história da
humanidade. Nesse sentido, a melhor saída para os seres humanos seria se
conformar com essa realidade de morte e aceitar que não dá para ser feliz. Do
ponto de vista material é exatamente isso, se não existe nada além da realidade
que tocamos, nada faz sentido, afinal o nada é para onde rumamos.
Jesus Cristo sempre
se opôs a este posicionamento. Pregava o reino dos céus, lugar onde todas as
lágrimas serão enxugadas, as injustiças explicadas, e as demais contas
acertadas. Um lugar onde só existe felicidade, não há espaço para dores,
sofrimentos, morte e lamentação. Pregava de uma forma convincente, arrastava
consigo muitas pessoas, realizava milagres visíveis e gestos de caridade que
tocavam as pessoas. Além disso tudo, Ele afirmou, maneira categórica, ser o próprio Deus.
Diante de uma
afirmação tão forte e inédita há a seguinte alternativa: ou Ele é mesmo Deus,
ou é uma das piores pessoas da história da humanidade. Não pode ser concebido
simplesmente como um grande homem e mestre da moral, como muitos o veem. Pois
se Ele não for Deus, foi um baita mentiroso, enganador, falsário. O fato é que
muitos o seguiam, e acreditavam na libertação revolucionária que Ele prometia,
no reino que havia de vir. Até que chegou o dia em que esse homem, que esbanjava
vitalidade, esperança e prometia uma felicidade inesgotável, morreu de forma absolutamente
humilhante. Crucificado como bandido sem apresentar nenhuma resistência
poderosa como era de se esperar de quem se afirma Deus.
Como diz o
ditado: “Alegria de pobre dura pouco.” Parece que a esperança de que a lógica
que nascemos para a morte poderia ser contrariada foi apenas um alarme falso. O
homem que trazia tantas promessas, tantos projetos, tantos adeptos, simplesmente se foi. É de se imaginar a
desilusão que pairava sobre as pessoas que nele acreditaram.
De fato o
acontecimento da morte de Cristo foi sim um marco, representou um fim, mas não
o fim... Nas palavras de
Chesterton: “Foi
o fim de algo muito grande chamado de história humana que foi simplesmente
humana. As mitologias e as filosofias foram ali sepultadas, os deuses e os
heróis e os sábios. Na grande frase romana, eles haviam vivido. Mas como só
podiam viver, eles só poderiam morrer; e estavam mortos. No terceiro dia os
amigos de Cristo vieram para o local ao romper da manhã e encontraram o túmulo
vazio e a pedra removida. De várias formas eles perceberam a nova maravilha,
mas até mesmo eles mal se deram conta de que o mundo havia morrido naquela
noite. O que estavam contemplando era o primeiro dia de uma nova criação, com
um novo céu e uma nova terra; e sob as aparências do jardineiro Deus novamente
caminhava pelo jardim, no frio não da noite e sim da madrugada.”
É absolutamente impossível dimensionar a grandeza
deste acontecimento! O sentido do cristianismo e podemos ousar dizer, o sentido
da existência humana passa a exisitir aqui, neste momento. Nascemos não mais para
a morte, mas para a eternidade. A morte é uma etapa natural e indispensável da
nossa realidade, porém não é o ponto final dela.
ESTE É O MAIS FELIZ DE TODOS OS DOMINGOS, SIMPLESMENTE PORQUE NOS TORNAMOS CAPAZES DA FELICIDADE NELE QUE É O MARCO DA NOVA CRIAÇÃO!!!
Rodrigo Moco
Estudante de Psicologia - Coordenador da Ofcina de Valores
Este texto faz parte de uma série especial de textos da semana santa deste ano de 2013. Para acessar aos outros textos da série clique aqui.
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