Por: Tauat
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imagem de: www.infolatam.com.br |
Quando se encontrou com os jovens argentinos no dia 25 de julho de 2013, o Papa Francisco disse a seus conterrâneos: “Gostaria de dizer uma coisa: o que é que eu espero como consequência da Jornada da Juventude? Espero que façam barulho, sem dúvida. Que aqui no Rio de Janeiro farão barulho, farão certamente. Mas quero que se façam ouvir também nas
dioceses, quero que nos defendamos de tudo que seja mundano, do que seja instalação, do que seja comodidade, do que seja clericalismo, do que seja estar fechados em nós mesmos. As paróquias, as escolas, as instituições são para sair; se não o fizerem, tornam-se uma ONG, e a Igreja não pode ser uma ONG. Que me perdoem os Bispos e os sacerdotes, se alguns depois armarem confusão para os senhores, mas esse é o meu conselho.”
Aí está o apelo de Francisco a cada um de nós. O que ele espera de toda a Igreja e, sobretudo dos jovens: sair de si, sair dos templos, percorrer o mundo, ir às periferias, aos necessitados, aos pobres e marginalizados. E devemos sair, para levarmos o Cristo e, ao mesmo tempo, encontra-lO na pessoa de cada irmão nosso.
No entanto, esse sair não é somente ir de um lugar ao outro. É preciso levar não uma coisa, mas Alguém. Alguém que nos transcende. Os discípulos missionários somos eu e você e devemos nos defender do que é mundano, ao mesmo tempo em que somos chamados a estar no mundo, isso é, apreciar aquilo que ele nos oferece de bom e transformar o que não é tão bom. Como cristãos somos chamados a promover o barulho da metanóia, da conversão interior e da realidade que nos cerca.
Ter a coragem profética de levantar a voz contra as injustiças e opressões e a santa humildade para acolher e abraçar os que precisam do nosso amor e perdão. Devemos revolucionar por meio do silêncio de nossas orações acompanhadas da concretude de nossas ações. Sei que o que falo, corre o risco de tornar-se demasiado poético e abstrato e, dessa forma, carecer de utilidade prática.
E preferencialmente, incluamos os mais necessitados em nossas missões, não só os necessitados de pão, mas também e principalmente os necessitados da presença de Deus. Juntos, somos chamados a fazer esse estardalhaço no mundo moderno.
Devemos fazer barulho, muito barulho. Devemos contagiar, influenciar, cooperar com a ação do Espírito Santo a fim de que sejamos agentes de nossa transformação, transformação do outro e de toda a sociedade.
Sei que o que falo, corre o risco de tornar-se demasiado poético e abstrato e, dessa forma, carecer de utilidade prática. Justamente por isso, gostaria de humildemente, pedir licença ao leitor para fazer um convite a mim e a você: ir ao mundo sem medo! Testemunhar o amor de Cristo não somente com palavras, mas, sobretudo, com nosso ser! Ser Evangelhos vivos! Começando por nossas casas, escolas, faculdades, academias, cursos, trabalhos, grupos de oração... enfim, onde quer que estejamos presentes.
Mas não paremos por aí. Sejamos criativos, mais uma vez, cooperemos com o Espírito Santo e repensemos nossas pastorais e nosso ser. Sejamos missionários. E preferencialmente, incluamos os mais necessitados em nossas missões, não só os necessitados de pão, mas também e principalmente os necessitados Juntos, somos chamados a fazer esse estardalhaço no mundo moderno. Sejamos generosos com os dons que Deus nos deu e os coloquemos à serviço do outro. Por exemplo, se você tem o dom de tocar algum instrumento musical, por que não ofertar 1 ou 2 horas de sua semana a ensinar crianças e jovens que tem o desejo de aprender? Ou, se você domina outras línguas, por que não juntar mais algumas pessoas que também o tenham e oferecer um curso de línguas para crianças e jovens carentes? Ou até mesmo se você domina bem matérias escolares, como português, matemática, história, geografia, biologia etc. por que não criar grupos de reforço escolar? Ou ainda, se você domina uma arte marcial, uma dança, por que não criar escolinhas em bairros pobres? Podemos ainda formar grupos missionários, que visitem asilos, orfanatos, hospitais, que rezem o terço nas casas. Podemos com o auxílio de sacerdotes ou ministros, promover Adorações e/ou louvores em lugares em que a presença de Cristo não costuma se perceber (embora esteja lá!), como presídios, favelas, cracolândia, locais de prostituição etc.? Ora, se são para esses que Cristo veio, por que nossas ações quase nunca se voltam para eles? Nisso consistirá o nosso barulho! Um barulho que não se faz por meio do grito, nem pela quebradeira, mas que dia-a-dia, por meio de nosso fiel compromisso com o Senhor e com os irmãos, causará uma revolução. A revolução do bem e do amor. Revestidos pela força do Alto, e inspirados pelo exemplo de Maria, sejamos não só a esperança do amanhecer, mas os promotores de um amanhã melhor a partir do hoje! Por fim, Francisco nos diz: “Obrigado pelo que puderem fazer!”.
Tauat Resende
Estudante de Direito - UFF / Oficina de Valores
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