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#AvanteOficina

11:00
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Por: Jonathan


Imagem de www.upf.br/comarte

A história de um leitor



Nos últimos oito anos, consegui consolidar um hábito na minha vida: o hábito da leitura! O objetivo desse texto é narrar um pouco da minha caminhada em busca do gosto por ler e citar alguns dos principais motivadores que me levaram a manter esse hábito.

Para entender melhor o desafio, vale a pena contar um pouco sobre mim. Ao longo da minha infância, estudei em um conjunto de colégios que não propagavam esse hábito e o de escrita entre os alunos. Lembro quão odiosas eram as aulas de português e que a primeira vez que tive contato com uma redação foi na segunda série. Em um cenário como esse, pensar que uma criança conseguiria desenvolver amizade com os livros era, no mínimo, uma doce ilusão.

Passados alguns anos, por incentivo da minha mãe, eu e minha irmã começamos a ganhar livros de presente para estimular a leitura. Os primeiros livros que apareceram na nossa casa foram os da saga de Harry Potter e do Senhor dos Anéis. Destes últimos eu ganhei o Hobbit e daqueles minha irmã ganhou o primeiro livro que narrava a história da Pedra Filosofal.

Apesar do meu ódio precoce pelos livros, a leitura dessas duas sagas me fez mudar muito, várias vezes troquei o bom e velho videogame para terminar um capítulo da história que narrava os desafios enfrentados pela Comitiva de Thorin Escudo de Carvalho. Entretanto, mudar muito não significa mudar por completo! Finalizados os livros do Menino Bruxo e do Senhor dos Anéis, meus amigos de papel seriam excluídos da minha vida...

Nesse momento peço ao leitor que sempre foi fissurado pelo livro, que não me julgue! Sempre fui uma pessoa de viés prático! Então, pensava que se fosse gastar tempo lendo algo seria estudando os livros da escola, que já eram muitos,  para então  obter bons resultados no colégio e enfim me dedicar ao que realmente me interessava no lazer: jogar videogame. Se antes consegui trocar o Nitendo 64 pelo Hobbit, com a chegada do Playstation 1, Playstation 2 e dos jogos de computador (CS, Warcraft e afins), não pretendia ter um novo ato de heroicidade tão cedo.

Hoje, passados os anos, consigo pensar no passado e notar um problema de fundo: eu não conseguia ver a leitura como um momento de lazer. Continuei a vida com esse pensamento! Até que no meu ensino médio sugiram novos horizontes que me fariam voltar atrás em algumas decisões, ou pelo menos voltar parcialmente.

No meu segundo ano do EM, estudava muito para entrar nas academias militares (EPCAR e ESPCEX) e as rotinas de estudo duravam das 7h às 19h de segunda a sexta. O cansaço mental com o passar dos meses era gigantesco. Em meio às várias aulas daquele período, um professor de português me deu um conselho que levo até hoje: ele dizia que tínhamos que criar o hábito de ter um livro de cabeceira e lê-lo antes de dormir e que isso nos ajudaria a descansar a mente. “DESCANSAR A MENTE!”, com esse benefício proposto para um aluno de ensino médio que já não aguentava de tantos exercícios de matemática e física, era claro que voltaria aos meus esquecidos amigos quadrados.

Meus hábitos foram se firmando à medida que comecei a conviver com amigos que liam muito. Em 2006, todas as reuniões em que eu participava do Grupo de Formação, me faziam ir para casa com vontade de ler mais para poder conversar sobre tantos temas que meu novo grupo de amigos gostava de conversar. Esse ano e os seguintes foram muito bons nesse aspecto. Estudei muito! Li muito!

Em 2011, conheci um amigo que me fez vislumbrar um novo horizonte. Ele me explicou várias coisas sobre leitura, dentre elas haviam coisas que confirmavam o que já sabia – a leitura como algo que faz você ter assuntos para conversar com os amigos e a leitura como algo que te faz crescer intelectualmente – e coisas que eu não sabia – as características humanas e profundas por trás de cada livro e a capacidade de ler livros em um contexto e aprender deles coisas ainda mais profundas.

Se hoje tenho gosto por ler, devo muito aos que me estimularam nessa jornada. Se puder citar os três motivos pelos quais leio hoje seriam: 1 – Crescer em Cultura; 2 – Ter assuntos interessantes com amigos; 3 – Aprender mais sobre as pessoas.

E se hoje, sua realidade é de alguém que tem dificuldade de ler, deixo três dicas para ajuda-lo: 1 – Peça dicas de bons livros para ler; 2 – Converse sobre o que você está lendo; 3 – Tenha amigos que cultivam esse hábito.

“Sempre tive este dilema: o que devo ler? Buscava escolher aquilo que fosse mais essencial. A produção editorial é tão vasta! Nem todos os livros têm o mesmo valor e utilidade. É preciso saber escolher e pedir conselho a respeito do que merece ser lido. (...) Na leitura e no estudo, tentei unir sempre de maneira harmônica as questões de fé, de pensamento e de coração. Não são campos separados. Cada um deles se adentra e anima os outros.”
- São João Paulo II – Livro "Levantai-vos, vamos!"

Jonathan Penha de Alemida
Engenheiro de Produção / Oficina de Valores

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