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#AvanteOficina

Por: Rodrigo Moco

Assisti ao Filme Nacional "O homem do futuro" com Wagner Moura, que mais uma vez arrebentou na atuação, como de costume. Aviso de antemão que darei alguns ‘spoilers’ do filme; àqueles que se incomodam com isso, peço que assistam antes de ler.

O filme fala de algo que certamente toda pessoa já sonhou: a possibilidade de ter acesso a uma máquina do tempo. Voltar no passado e refazer as escolhas é o desejo de qualquer um de nós; afinal de contas, todos passamos por frustrações, decepções, perdas significativas, e

poder prever o futuro possibilitaria que fizéssemos as escolhas que ocasionariam na ausência de sofrimento ou pelo menos na diminuição dele.

O personagem principal é um professor de Física que tem um projeto com um acelerador de partículas que ele acredita que um dia permitirá que ele faça uma viagem no tempo. Um homem profundamente apaixonado pela física e por uma mulher, sua amiga de faculdade chamada Helena, com quem teve um curto relacionamento, mas com quem perdeu contato desde que ela foi para a Espanha trabalhar como modelo. Desde a perda de contato com a amada, ele sofria e encontrava dificuldades para dar continuidade aos seus afazeres, até que por fim arriscou tudo, testando o seu acelerador de partículas; e o resultado foi uma viagem no tempo, diretamente para o ano de 1991.

Como o fatídico dia da festa à fantasia da faculdade era o que mais tomava seus pensamentos, por ser o primeiro e único dia em que esteve com Helena, foi exatamente para este dia que a viagem o levou. Ciente do que aconteceria, ele estabelece um diálogo com ele mesmo (20 anos mais novo), explica tudo o que ocorrera, e apresenta o cenário atual da vida dele. Sendo assim, refaz as escolhas e muda o futuro. Acorda novamente no presente, com tudo modificado; uma realidade alternativa se apresenta, onde ele é reconhecido por todo o Brasil como "O homem do futuro": suas invenções fazem sucesso por todo o mundo, é um dos homens mais ricos do país, mas se descobre sem a Helena, e vai percebendo que se tornou um ganancioso, sem limites e corrupto. Vou parar por aqui para não contar o filme todo! É nesse ponto do filme que as coisas fizeram todo sentido para mim, e é por isso que fiquei motivado a partilhar com vocês neste texto a reflexão que fiz.

Em primeiro lugar, precisamos nos convencer de que, por mais que queiramos e imaginemos como seria, não é possível voltar no tempo. Como disse Lulu Santos: "Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia." Por mais que tenha sido bom ou ruim, o passado não volta! O que temos são as consequencias que ele traz; a construção do que há de vir passa pelas escolhas que fazemos delas. A segunda conclusão é que, ainda que pudéssemos voltar no tempo, não faríamos as melhores escolhas. Pelo contrário, viraríamos reféns das viagens temporais e nada aprenderíamos com a pedagogia da vida. Dizem os antigos que o tempo é professor e, de fato, na educação de uma criança é fundamental que ela aprenda a ouvir "não", seja dos pais, seja na escola; a criança não pode crescer cheia de vontades, precisa de limites. O mesmo acontece conosco: a vida nos ensina a ouvir "não"! Só quando somos contrariados, ou quando as coisas dão errado para nós, é que temos a necessidade de nos reinventar, descobrir novos significados para o nosso caminhar. E o amadurecimento nasce disso!

No filme, o João Henrique (personagem do Wagner Moura) precisou de um paradoxo temporal para se dar conta de que nenhuma alternativa possível é melhor do que o presente. Penso que um dos males do nosso tempo é sempre lamentarmos a perda do que tínhamos de valioso, e a insegurança que alimentamos a respeito do que ainda virá. As perdas são dolorosas e o novo assusta, só que a resolução disso passa pela conjugação do presente: Eu sou! Uma das melhores dicas para se viver de maneira saudável é lembrar que cada dia é um recomeço, um convite a ser melhor. O passado é eternizado, não pode ser modificado será para sempre assim; o futuro é um nada, um "vir a ser" que depende exclusivamente do tempo presente. O presente é tudo o que temos em mãos, para escolher o que fazemos do passado e o que queremos do futuro. Ninguém consegue ser o que sonhou para o futuro, se não vive o presente com a intensidade que lhe cabe. Lembremos o lema da Oficina de Valores: "Cada segundo a mais que nós temos é um segundo a menos. A medida que estou vivendo, estou morrendo, portanto, só vale a pena viver pelo que vale a pena morrer."

Rodrigo Moco 
Estudante de Psicologia - UCP - Oficina de Valores

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