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#AvanteOficina

Por: Jonathan 

Nos últimos anos a utilização da internet pelos brasileiros aumentou significativamente: em março de 2011 atingimos 43,2 milhões[1] de usuários e a qualidade das conexões melhorou muito, tanto em critérios de velocidade quanto em critérios de inclusão das classes menos favorecidas. 

Entretanto, esse texto não tem por objetivo criticar ou elogiar os avanços que aconteceram na nossa rede nos últimos tempos, mas tratar de um tema que todos nós temos dificuldade de lidar que é a tentação de vivermos uma vida mais virtual que real. 

Várias fotos fazem piada com a realidade dos internautas que reclamam de ficar na frente do computador o dia inteiro no trabalho e, chegando em casa, correm para entrar no facebook e ficar online até de madrugada. 

Falar desse tema não é fácil! Temos perdido tempo precioso de trabalho, de estudo e de lazer em um mundo onde as relações interpessoais desaparecem cada vez mais e dão lugar para relacionamentos virtuais. Será que essa atitude se justifica? Vamos tentar passar pelas principais justificativas (enumerei três) que temos dado para essa atitude pra entendermos o que de fato tem acontecido. 

Acredito que muitas pessoas boas tem perdido tempo na internet e sua principal justificativa é a necessidade de conversar com um amigo (me incluo nessa multidão). Problemas comuns como distância, saudade de colegas que não vemos há muito tempo e tantos outros motivos que nos levam a querer conversar com alguém, têm sido as principais causas de perdemos tanto tempo nas redes sociais ou na internet como um todo. 

A princípio a justificativa parece boa, mas, ao analisarmos com maior profundidade, o que acontece na pratica é que trocamos a possibilidade de uma conversa presencial por uma conversa virtual. Outro erro é ficarmos esperando alguém se conectar para que possamos conversar e assim não organizamos o tempo que tiramos para nossas conversas. Preciso me lembrar que tenho outras obrigações e que ter controle sobre o meu tempo de lazer é um ato necessário para que alcancemos a maturidade. 

O segundo motivo que percebo na nossa tentativa de justificar o uso demasiado da internet/redes sociais, tem sido o “desejo de estar disponível aos outros”, ou na nossa realidade de cristãos, o “desejo de evangelizar pela internet”. Neste ponto poderíamos aplicar o mesmo critério de organização que aplicamos no primeiro: para que tenhamos uma vida madura, temos que saber o tempo de trabalhar, o tempo de estudar e o tempo de estar disponível para conversar com um amigo e/ou ter um trabalho apostólico que possa auxiliar alguém. Claro que temos que estar disponíveis para emergências, afinal um amigo pode estar precisando de um auxílio naquele momento e o mais certo pode ser largar tudo que estou fazendo e ajudá-lo, entretanto, essa não é a normalidade e temos que ter a audácia de rever nossas reais intenções para que possamos melhorar. 

Nesse segundo motivo, gostaria de comentar um ponto muito importante no nosso tempo, o “pudor no que se fala/escreve”. Temos sido cada vez mais permissivos nos assuntos que tratamos em público, tanto em conversas em grupos de amigos, quanto em posts na internet, entretanto, temos que ter em mente que outras pessoas leem o que escrevemos. Lemos hoje tantos problemas sobre pessoas que publicaram em uma rede social uma critica ao chefe e no dia seguinte foram chamadas no gabinete do chefe para uma repreensão, ou pior para serem demitidos. 

Desse modo, temos que tomar cuidado com o que publicamos, pois aquele pode ser o meio de acesso daquela pessoa à nossa vida. Quais qualidades ou defeitos você deixa transparecer em suas conversas na internet? O que achariam de você se só tivessem seus perfis como referência? 

Nessa linha de pudor no que se publica, gostaria de lembrar aos nossos leitores de tantos problemas de segurança que hoje enfrentamos na internet. Cuidado não só com o que postamos, mas com os dados que fornecemos a determinados sites são de suma importância para que não tenhamos cartões clonados, ameaças por telefone e etc. (Talvez escreva sobre segurança na internet em outro texto...). 

Para fechar o segundo ponto, gostaria de lembrar a nós, católicos, que nunca vi alguém se converter com imagens brilhantes com o dizer: “Se você ama Jesus, compartilhe”. Por que fiz essa critica? Porque muitas vezes o contato que o outro internauta terá com a vida de um cristão será o que publicamos na internet, sejam textos, piadas ou fotos. Temos que mostrar o quão centrados somos em nossa escolha por seguir a Verdade e não fazer com que os outros pensem que somos imaturos e tomamos uma decisão meramente sentimental e irracional. 

Por fim, o terceiro motivo comumente utilizado para a utilização da internet de modo exagerado é o simples “não vejo mal algum em estar conectado, por isso deixo o celular conectado, o tablet, o computador, o notebook, a geladeira e as vezes o fogão também” (#FoiUmaPiada; #PodemRir). A esses leitores, convido a refletirem sobre o tempo que perdem com essa conectividade excessiva e, caso julguem que perdem pouco tempo, sobre a impressão que passam aos outros por estarem sempre conectados. Ainda que saiba que muitas das pessoas que estão conectadas na maior parte do dia estão trabalhando, sempre questiono se estão trabalhando com todo o afinco que poderiam e imagino que meu chefe e o chefe dessas pessoas pensa a mesma coisa. 

A grande arma que temos para mudar o mundo é o exemplo que damos com a nossa vida da Verdade que professamos. Não basta que sejamos bons, temos que mostrar isso com nossa conduta. Lembrando sempre que temos a possibilidade de escolher com o que gastamos nosso tempo e que são essas escolhas que determinam quem nós nos tornaremos. 

Jonathan Penha de Almeida
Engenheiro de Produção
Oficina de Valores

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