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#AvanteOficina

Por: Fernanda

Os passistas e carnavalescos já esperam ansiosos para mostrar o trabalho de um ano. As escolas de samba esperam para dar vida a uma rivalidade de décadas. O Rio de Janeiro espera para receber milhares de turistas. E as pessoas em geral esperam por um feriado, em pleno verão, de dois dias e meio acoplado a um fim de semana!

Muita gente nesse ferido aproveita os blocos, as festas...

E há de se convir que essa festa, pelo menos por aqui, no País do Carnaval, é cenário de muitos acidentes. Os bancos de sangue já estão ligando para os doadores para renovar seus estoques...

Mas enfim, não estou aqui hoje para falar do que é bom ou ruim no carnaval, mas naquilo que é inevitável. Como constatou antes de mim Marcelo Camelo e seus amigos: todo carnaval tem seu fim.

A interpretação mais querida dessa música é a de que se o carnaval vai acabar mesmo, então, me deixa aproveitar sem arrependimentos! Sem me importar, sem ter limites, sem ter vergonha, sem esperar consequências... Deixa eu brincar de ser feliz.

De fato, se a interpretação é essa, ele pede certo. O máximo que dá para fazer com esse espirito é brincar de ser feliz. O carnaval passa. A festa passa. A ressaca passa. O que varia é o que a gente faz diante disso.

Justamente porque o carnaval vai ter fim, tenho que medir bem o que fazer com ele. Seja para cuidar de não fazer nada de que eu vá me arrepender, ou para não perder a oportunidade de fazer alguma coisa que valha a pena nesses dias, para não jogar o tempo fora.

Sobre esse tempo, duas considerações:

A primeira é que o tempo não é meu. A decisão de gastá-lo de forma inútil não vai passar despercebida, mas as consequências do meu ócio, da minha neglicencia vão afetar quem serei no futuro. E, a menos que você queira levar sua vida no compasso do bloco do eu sozinho, vão afetar também outras pessoas.

A segunda consideração é que o tempo é meu. Para mal ou para bem, é inegável que quem decide o que faz com seus preciosos minutos e segundos é cada um. O tempo me é dado, e também a capacidade de fazer coisas dentro dele. Que será de mim se o tempo passar e eu não retornar nada a ele?

Por que seria o carnaval tão esperado? Porque essa é a hora de sair da rotina. Mas isso só para aqueles que acordam já deitados. Para quem a vida é um tédio, apenas uma sequencia de dias, o carnaval é um escape, esperado e planejado. Dá tristeza saber que para esses que tanto esperam do carnaval ele tem menos graça do que tem para aqueles que o esperam com naturalidade, pois já buscam dar significado para os dias comuns.

Descansar, colocar em dias as pendencias, viajar, participar de um retiro de carnaval (aliás, vai rolar um retiro que vale bem a pena da Oficina de Valores...), ou mesmo aproveitar o carnaval. Por que não?

Nossas escolhas do que fazer com o carnaval não vão se encarregar sozinhas de fazê-lo valer a pena. Talvez a sua escolha não seja exatamente o que você gostaria de fazer (este é o meu caso esse ano). Pode ser que você queira viajar, mas não tem dinheiro; gostaria de ir para blocos, mas tem que estudar; ou até gostaria de ir para o carnaval de rua, mas mora em Petrópolis e lá não vai ter carnaval esse ano. Vazio é passar exatamente o carnaval que você vai passar, com as mesmas pessoas, com as mesmas atividades, no mesmo lugar, mas sem lembrar o que te impulsiona.

A boa do carnaval esse ano é não mais brincar de ser feliz. Pode brincar. Pode pintar o seu nariz. Mas para ser feliz mesmo, e pelo ano todo.

Fernanda Gonzalez
Estudante de Engenharia Ambiental - UFRJ - Oficina de Valores
 Todo carnaval tem seu fim

Todo dia um ninguém josé acorda já deitado
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo
Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz(2x)
Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz(2x)

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