Por: Bernardo
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A luta pela vida às vezes se torna um pouco desanimadora. Afinal, quando lemos os jornais parece que só há feministas falando sobre todos os lados ‘positivos’ do aborto; e quando alguém do movimento pró-vida aparece falando, tem suas falas editadas de modo que tal pessoa é mostrada como um fanático que não conhece o mundo em que vive. Isso sem falar que poucas pessoas podem falar sobre o aborto. Se você for homem ou tiver uma religião, sua posição será desqualificada e todos os dados que você tem sobre o assunto, e que
dão base para sua opinião, serão desconsiderados.
dão base para sua opinião, serão desconsiderados.
Como algumas pessoas devem saber, nos Estados Unidos o aborto é liberado em diversos estados e seus números são bem altos . Eu já falei sobre alguns desses números nada animadores em outro texto (clique aqui para ler). Mas agora decidi abordar outros dados também bastante interessantes.
Nos EUA, todo o ano acontece um evento chamado Forty Days For Life (Quarenta Dias Pela Vida). Esse evento consiste em quarenta dias de orações contra o aborto, tanto de maneira particular como em igrejas e até mesmo em calçadas próximas às clínicas (em uma cidade um padre chegou até a celebrar uma missa tridentina em um estacionamento próximo). Esse evento vem ganhando cada vez mais força dentro dos EUA e já chegou a outros países como Inglaterra, Espanha e Canadá. Tal evento já é importante por mostrar que muitos são contrários à prática do aborto. Neste aspecto possui importância semelhante a da March of Life (Marcha da Vida) que esse ano, em Washington DC, teve um recorde de universitários participando.
Mas só mostrar que muitos são contra não ajuda de maneira muito eficaz a bandeira pela vida, dessa maneira o Forty Days For Life também tem outras atividades. Tais atividades consistem em apoio nas calçadas para pessoas que pensam em fazer o aborto e para funcionários das clínicas que querem mudar de vida, além da divulgação de dados sobre o aborto, como este é realizado e seus riscos reais para a mulher. Também são feito chás-de-bebê comunitários para arrecadar roupas e utensílios para as mães mais pobres e muitos médicos dão apoio gratuito.
Tais atitudes têm seus efeitos traduzidos em números. Cerca 83 funcionários de clínicas de aborto demitiram-se durante as campanhas Forty Days For Life. Tal fato fez com que uma clínica da Planned Parenthood (maior empresa de abortos dos EUA) em Columbia, Missouri, não tenha conseguido realizar um aborto por mais de 15 meses devido a falta de funcionários. Em outros lugares, as taxas tem diminuído. Isso é demonstrado pela observação de que o número de clínicas da Planned Parenthood foi reduzido em cerca de 23% desde 1995 e o das demais clínicas abortivas de 2010 para 2013 caiu em 38 unidades. Os únicos estados que tiveram um aumento no número de clínicas foram Massachusetts e Nebraska, onde cada um teve uma clínica a mais. O que não é nada quando comparado com Arizona, no qual fecharam 12, ou com Texas, que teve um queda de 9 clínicas.
Outros números traduzem o como o movimento pró-vida está no caminho certo nos EUA, mas eles não estão ganhando. Afinal somente em 2012 a Planned Parenthood realizou cerca de mais de 300 mil abortos, cerca de 2 ou 3 mulheres morreram esse ano durante o procedimento e muitas outras foram parar em urgências nos hospitais. Mas certamente eles, os que creem na dignidade da vida humana, mesmo com pouco recursos, estão lutando para reverter tais números e tem conseguido bons resultados. Movidos por tal exemplo, devemos ter certeza que podemos impedir o aborto no Brasil. Basta termos a coragem de lutar por isso.
Bernardo da Costa
Estudante de Engenharia do Petróleo - PUC / Oficina de Valores
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