Por: Sarah
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Sempre que nos sentimos traídos ou diminuídos é possível que cogitemos dar o troco. Mas a pergunta que fica é: será que valerá a pena? Hoje, vamos refletir um pouco sobre o perdão.
Falar de perdão pode ser algo clichê, mas certamente muitos de nós já tivemos problemas para perdoar ou para ser perdoado. É comum dizermos: -“O Fulano? ah sim, eu já perdoei tal coisa que ele me fez!” Mas refletindo bem, será mesmo que o fizemos? Em geral podemos até
ter deixado passar, mas ter ficado na espera de uma oportunidade para “acertarmos as contas” com tal pessoa.
ter deixado passar, mas ter ficado na espera de uma oportunidade para “acertarmos as contas” com tal pessoa.
Tenho percebido que o perdão hoje, está mais ligado à fuga de problemas do que com as resoluções destes. Muitas vezes se vê quem fez algo contra nós como um inimigo e isso nos impede de encontrar a solução. Em geral, não nos damos conta de que “a maior represália contra um inimigo é perdoá-lo. Se o perdoamos, ele morre como inimigo e renasce a nossa paz. O perdão nutre a tolerância e a sabedoria.” [Augusto Cury]
Mas, como fazer isso? Falar que temos que perdoar quando se está sentado lendo um texto é fácil, agora quando é conosco exige muita maturidade e sabedoria.
É necessário admitir que, geralmente, temos dificuldades de perdoar as pessoas, e que fazê-lo não é algo que funciona de imediato. Exige sabedoria para descobrir a melhor forma de lidar com a situação e a descoberta de nossos possíveis erros para que não acusemos apenas o outro. A maturidade, contudo, é algo que vem com o tempo, e é semelhante ao tocar de um instrumento: é preciso muito treino para alcançarmos a mais bela e “perfeita” afinação. Os músicos de plantão sabem a que estou me referindo, pois qualquer que seja o instrumento tocado é preciso muita dedicação para que ainda sim, muitas vezes, acabemos não conseguindo.
Com o perdão não é diferente, sempre estamos sujeitos a decepções. Tal arte consiste, portanto, em ser perseverante e não desistir. É obvio que vamos ficar chateados e com raiva, mas no fim todos esses sentimentos vão passar.
E lembremos que antes de perdoar os outros devemos nos perdoar e reconhecer que o perdão é um ato da vontade e não um sentimento.
Sendo assim, o perdão não está ligado à aprovação de comportamentos negativos e impróprios, nem a fingir que tudo está bem. Perdoar é uma arte que precisa ser praticada dia a dia para que se torne uma bela melodia.
Sarah Kreuger
Educadora Física / Oficina de Valores
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