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Diante da questão se é possível ser cristão em ambiente universitário deve-se fazer, na verdade, outra pergunta: será possível a existência de algum ambiente onde ser cristão é impossível? E a resposta a ser dada categoricamente à essa questão é NÃO! Portanto, não é impossível ser cristão em ambiente universitário ou em qualquer outro ambiente.
         Contudo, a mera afirmação da possibilidade do cristianismo neste local não é suficiente. Antes, deveríamos dizer que a universidade é um lugar propício. Primeiramente, sob uma perspectiva mais teológica e individual, pelo fato do próprio Deus nos ter colocado neste lugar e ser da vontade Dele estarmos ali. Sendo assim, Ele nos prepara para tal contexto e concede-nos, especialmente se pedirmos, graças especiais para cada momento.
E neste ponto chegamos a um problema que pode ser do universitário ou do trabalhador, do operário ou do intelectual. Ser cristão é tarefa exigente para qualquer homem. Porém, fingir-se de cristão pode ser ainda mais penoso. Na medida em que se pode sofrer os mesmos interrogatórios sem o auxílio do Espírito; pode-se sofrer as injúrias sem as consolações do Pai; pode-se tentar ser melhor pelas próprias forças, mas sem o exemplo e auxílio do Homem por excelência, Jesus Cristo. O que antes de tudo devemos ser é próximos de Deus. A proximidade com esse Deus que dá sentido a tudo que fazemos nos torna seres atrativos, com personalidade e dons forjados pelo próprio. Além disso, abre-se a possibilidade de fazermos tudo por Ele e, por isso mesmo, de nossas realizações serem mais perfeitas. A melhor razão para realização de algo é fazê-la por Deus.
Uma das grandes formas de direcionar e utilização esses dons dentro da universidade deve ser de forma especial no sentido de quebrar uma série de preconceitos próprios do pensamento moderno acerca da religião. Esta é inúmeras vezes relacionada a movimentos fanáticos, motivados pela ignorância cuja fé não faz o menor sentido. Torna-se imperativo nessa situação viver aquilo que São Pedro exorta, ou seja, saber dar razões da fé que vivemos (I Pd 3,15). A fé, em hipótese alguma, pode ser um aleijamento da razão e isso pelo simples fato de que esta última também nos foi dada por Deus como dom para ser preservada e desenvolvida. O Papa João Paulo II chama a separação entre fé e razão de "dramática" em sua encíclica "Fides et Ratio", Fé e Razão.
Ser cristão na universidade pode exigir um grande esforço de nos colocarmos e colocarmos a nossa fé, o nosso ideal, sob uma lógica de diálogo. Lógica exigente na medida em que nos faz conviver com questionamentos constantes, com o outro, suas diferenças e idéias, além da exigência da criação de novas formas de apresentação da fé. Em suma, é um local que pode nos dar ferramentas importantes para crescermos como ser humano. Defender o Cristo, contudo, se torna especial quando Ele está nas nossas vidas. Especial para nós e para os que nos circundam no mundo que carece de coerência e testemunhos de palavras e vida.
O projeto Oficina de Valores nasceu de uma necessidade missionária e justamente em um contexto educacional. Portanto, sua vivência dentro da universidade e das escolas passa necessariamente por uma via missionária. E sabemos que a possibilidade de dar razões da nossa fé, tesouro do catolicismo, é uma das grandes armas da evangelização nesse ambiente. Arma essa que procuramos nos utilizar com especial afinco. Mas Cristo não é um argumento. Ele deve ser conhecido por todos através de uma experiência pessoal. E para que tenhamos nós esse encontro e levemos os outros a tê-lo também é preciso ter a certeza que esse encontro pessoal é o que de melhor pôde e pode acontecer na vida humana. E o que de melhor aconteceu na minha vida mais especificamente.
Breno R. Machado
Universitário, Oficina de Valores

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