Maria, através de seu sim, nos dá um
exemplo de fé e de confiança nos projetos de Deus, enquanto nós muitas vezes
não somos capazes de dizer esse sim por não acreditarmos que Ele tem o melhor
para nós.
O sim de Maria foi a sua declaração de
amor a Deus: “Eis, aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua
Vontade” (Lc 1,38), esse com certeza foi o segredo do sim de Maria: um amor que
a faz desprender-se de si mesma para servir a Deus e aos outros.
A partir do nosso sim “inicial” vem os
pedidos de Deus, nos quais Ele nos confiará Seus projetos, como com Maria, Deus
irá através de nossos sins nos confiar Suas obras, a partir das quais outros
sins deverão ser dados tão importantes como o primeiro. Maria foi fiel ao
chamado e contribuiu no cumprimento das Escrituras e das promessas de Deus.
Maria seguiu plenamente os planos de
Jesus e foi fiel às exigências feitas pelos Seus ensinamentos, o que nos faz
pensar na qualidade do nosso sim a Deus. Maria foi capaz de perder tudo por Jesus,
o que nos leva a refletir em quantas vezes nós somos tentados a abandonar Jesus
por nossos caprichos, nossas vontades mesquinhas e escolhas medíocres.
Maria nos ensina que a plenitude da
liberdade está na resposta positiva que damos a Cristo, de modo que a cada vez
que O negamos nos tornamos escravos do pecado.
Na consagração de Maria a Deus fica
claro que quando alguém se consagra a Ele, a iniciativa não parte de nós, mas
parte de Deus, que chama individualmente e dá a liberdade para aceitá-lo ou não.
O consagrado a Deus possui duas características: a disponibilidade e a
gratuidade. A primeira diz respeito a aceitação da vontade divina sem jamais
recuar, independente do que acontecer e até mesmo sem compreender as exigências
divinas. A segunda compreende não pedir nada em troca dos serviços feitos e
ainda ser agradecido a Deus por seu imenso amor.
O sim de Maria evangeliza, ou seja, causa
conversão a Deus. Ela compartilhava Cristo com todas as pessoas e era
testemunha Dele.
Nas Bodas de Caná, Maria demonstra fé em
Jesus e ao lhe apresentar a falta de vinho, é interrogada por Ele a respeito da
Sua hora. A resposta de Maria O faz se revelar: “Fazei tudo o que Ele vos
disser” (João 2, 5). Maria reconhece que Jesus pode tudo e, com essa resposta,
Jesus não pode mais se esconder. Precisamos imitar Maria, para que nossas
respostas também revelem Cristo aos outros. Pois onde Ele se revela maravilhas
acontecem.
O chamado de Deus é individual e Ele
conta com o nosso sim, mas antes de dizê-lo Maria pensou e se questionou: “Como
se fará isso?” (Lc 1, 34), assim ela reconhece
que não era capaz de gerar um filho por não ser casada. Mais uma vez precisamos
imitá-la, pois muitos de nossos sins a Deus são superficiais, só ficam nos
nossos lábios. Precisamos estar cientes das respostas que damos a Deus.
Se dissermos o nosso sim, Deus fará a
parte Dele, pois Ele confiou muitas missões a Maria e na mesma medida cuidou
dela, assim como faz e fará conosco.
Um último aprendizado a ser destacado é o da repercussão
do sim de Maria em sua própria vida e nas dos outros. Após o seu sim Maria
glorificou a Deus com o cântico Magnificat (cf. Lc 1, 46-55) encontrando nele
um motivo para festejar, ao contrário de
nós que após encontrá-Lo e aceitá-Lo reclamamos por renunciar a algo. Porém, Deus fez maravilhas em Maria e
através dela, da mesma maneira que quer fazer em nós e através de nós. Deus só
quer ouvir o seu sim.
Juliana Correia
Pedagoga - Oficina de Valores
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