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#AvanteOficina

Por: Fernanda Gonzalez
A palavra valor, como nós conhecemos, pode ser usada em duas situações diferentes. A primeira é o valor econômico que alguma coisa pode ter: o valor de uma casa, o valor de um livro, o valor de uma passagem. O segundo uso se refere a uma valorização não mensurável - é o apreço que cada um de forma individual tem por alguma coisa: o valor da minha família, o valor de aprender, o valor de ir a uma JMJ...
De forma um pouco irreverente decidi que hoje a nossa discussão sobre o valor da oração vai ser sobre um aspecto mais numérico. Já aviso que embora eu goste muito de economia, eu não sou economista! Se você é, vai perceber isso e se você não é não vai ter dificuldade em entender meu linguajar praticamente leigo. 

Um primeiro conceito muito básico que a economia ensina é a lei da oferta e da demanda – o que é relativamente simples: se algum bem tem muita procura e é pouco ofertado, o preço sobe. Por exemplo, pense em quanto custa uma latinha de Coca-Cola em um supermercado e quanto custa no Rock in Rio.

A oração hoje se encontra, justamente em uma situação de alta demanda. Pensemos na desvalorização da vida, na desestruturação das famílias, na banalização da sexualidade, nos constantes ataques à Igreja e em toda a perda de valores que nós vemos por aí. Não nos deixa dúvidas: a demanda que o mundo, que as pessoas e que nós mesmos temos por oração está alta. E se repararmos bem, isso acontece ao mesmo tempo em que a oferta de oração se encontra muito baixa: uma enorme sangria de fiéis, a expansão de uma mentalidade consumista, materialista, o grito insaciável das sociedades pelo laicismo... Será que a solução para esses problemas não começa justamente na nossa oração?

Um outro conceito que queria trazer aqui é o de custo de oportunidade. Custo de oportunidade é o preço que eu pago por ter escolhido uma coisa no lugar de outra. Se durante esse ano eu escolho trancar a faculdade para descansar, o custo de oportunidade do meu descanso vai ser um ano a mais na faculdade, um ano a mais sem trabalhar e sem receber salário.

Será, então, que nós conhecemos o custo de oportunidade de não rezar? Quando nós temos o habito de rezar, nós vamos renovando o sentido da nossa vida: seja nos momentos difíceis quando nos lembramos que nossas dificuldades não são em vão, que as pessoas que nós perdemos estão sendo bem cuidadas; seja nos momentos em que temos conquistas, notícias boas e lembramos que tudo isso nos é dado por um Pai que tem muito carinho por nós; seja nas atividades corriqueiras, aparentemente sem graça, do nosso dia a dia quando lembramos que nosso trabalho é dedicado a Alguém e que, por isso, em nenhum momento estamos sozinhos.

Ao mesmo tempo é a oração que nos dá esperança. Esperança, por nós e pelas pessoas por nós queridas, de que as coisas vão dar certo nessa vida, e, principalmente, de que algo muito maior nos espera na outra. Por isso, o custo de uma vida sem oração é uma vida sem sabor. Uma vida com preocupações, medos, que nos faz sofrer no menor dos contragostos. Uma vida sem porquê.

Um método que pode ser usado em economia para atribuir valor às coisas é fazer isso a partir do que ela gera. O petróleo, por exemplo, vale o que vale, porque a partir dele são feitos plásticos, óleos e principalmente combustíveis. E no caso da oração, o que ela gera? Santos! A oração gera homens e mulheres que buscam serem melhores, homens e mulheres que ao longo da história fizeram o bem, fizeram uma revolução, fizeram a diferença! Homens que têm coragem de ir contra a corrente e medo de se afastar da felicidade. Esses sim podem ser chamados de homens! Homens que assim como Beato João Paulo II com vigor e alegria doaram sua vida por uma causa maior. E se formos olhar de onde vem a fonte de tanta coragem, de tanta nobreza iremos ver um homem como qualquer outro, mas que tantas horas passava diante do Sacrário rezando, muitas delas prostrado ao chão. Se formos dar à oração o valor pelo que ela gera, vamos perceber o que tantos santos perceberam antes de nós: que o maior bem que podemos ter não há dinheiro que compre.

Termino com um último valor: o valor de existência. Esse é o valor dado para um determinado bem, simplesmente pelo fato dele existir, sem esperar dele nenhum serviço. A um urso panda, por exemplo, que para mim não serve de nada, eu posso atribuir um valor que vale a preservação de sua espécie. E esse é o valor que nós devemos dar à oração, conversando com Deus e me mostrando agradecida sem esperar que as coisas estejam dando certo, sem esperar nada em troca. Qual a moeda que usamos para isso? O tempo. Saber dar nosso tempo a Deus na oração pessoal, no Terço, na Missa mesmo na correria do meu dia a dia, mesmo no cansaço é o valor que mais agrada a Deus.


Fernanda Gonzalez
Estudante de Engenharia Ambiental - UFRJ - Oficina de Valores

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