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Por: Larissa

Vejamos agora na prática a relação entre uma vida virtuosa e uma vida feliz:
O princípio da virtude consiste em agir conforme a razão e não de acordo com a vontade, ou seja, não se deixar levar pelo ânimo, pelo gosto agradável ou ruim que as coisas possam ter. Por exemplo, num dia frio e chuvoso, levantar-se cedo não parece ser uma coisa muito agradável. Ou então tratar bem aquela pessoa um tanto quanto inconveniente, ou
mesmo fazer algo que me foi pedido, ainda que não seja minha a obrigação, mas de outrem. Tudo isso requer uma firmeza da vontade, que segue o que é o certo, não tanto o que me apetece fazer.

Por isso, ao agir repetidas vezes conforme o que é o bem, acabo por desenvolver hábitos que fazem com que eu seja uma pessoa melhor. Vale dizer que não se trata de ações extraordinárias, mas de coisas bem simples, mas constantes.

Obviamente tornar-se virtuoso não é uma coisa muito simples, mas com o passar do tempo, aquilo que antes pareceria impossível, repetindo as ações, tornar-se-á fácil. Como quando uma pessoa extremamente bagunceira, dia a dia, vai colocando as coisas em seus devidos lugares, quando se der conta, estará habituada a ser organizada. Mas isso requer força de vontade e sobretudo, uma grande paciência consigo próprio. Não se conquista nada em pouco tempo, assim como não se dorme mentiroso e acorda sincero...

E esse esforço por tornar-se a melhor versão de si próprio, embora árduo, é gratificante. A luta por ser melhor gera uma paz, já que se vê tranquilo por estar na direção certa. Embora o caminho seja longo e cansativo, sabe-se o destino está logo ali...

Aprendi com um moço muito sábio o quão animador é pensar que essa melhora pessoal não consiste tanto em subir uma montanha até seu cume mais insondável, mas antes um caminhar, deixando de lado a carga que nos pesa, isso é, os defeitos. Nesse processo de extirpação, de limpeza do terreno, vão florescendo as virtudes, a partir das sementes das boas ações.

Percebo assim, que aquelas pessoas que se encontram frustradas e infelizes, ainda não

descobriram a beleza da luta. Ter uma vida tranquila, deixando-se levar somente por instintos e prazeres não leva a felicidade, já que não se vive como um ser humano de verdade, de acordo com o que há de mais nobre. Há um desencontro entre aquilo que se é e aquilo que poderia ser. Vivem, mas não como homens; agem, mas não de acordo com o bem; procuram, mas não encontram; caminham, mas não saem do lugar. Por outro lado, aquele que luta por ser melhor, ainda que erre, não se deixa levar por aquilo que não seja o bem.

Por isso, a luta por adquirir virtudes é parte intrínseca da busca pela felicidade. Não se pode pretender ser feliz, se não há uma sincera busca por ser melhor, já que, se a felicidade é o fim último do homem, e o fim de cada qual é sua própria perfeição, a virtude – que é o agir da melhor maneira – o melhor caminho para a felicidade.

Cito, para concluir, uma grande e desafiadora verdade: “O que precisamos para ser felizes não é uma vida cômoda, mas um coração enamorado”.

Larissa Nobrega
 Professora de Filosofia

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