Com quantos anos uma pessoa deve se aproximar de Deus? Ainda que muitos pensem que a idade comum é na velhice, a realidade é que todos os dias pessoas de todas as idades se aproximam da fé, buscando respostas para as grandes perguntas que trazem em seu íntimo.
Desse modo, meios para receber os cristãos e para introduzí-los na fé devem ser disponibilizados e incentivados. O meio de formação que a Igreja fornece aos novos fiéis para inserí-los na comunidade e na participação dos sacramentos é a catequese.
Infelizmente, quando falamos de catequese, muitos de nós carregamos alguns preconceitos e algumas lembranças de uma formação estranha (quando falo estranha, me refiro não ao conteúdo, mas ao método de ensino, pois não se adequava ao que esperávamos) que tivemos durante nossa infância ou juventude.
A estrutura atual de catequese foi criada em uma época onde as crianças recebiam o primeiro anúncio da fé em casa e eram inseridas na catequese muito novas, desse modo, boa parte do seu modelo de ensino foi desenvolvido para crianças. Entretanto, a realidade atual da nossa Igreja tem lidado com pessoas de todas as idades se aproximando da fé e necessitando ser catequizadas, além disso, muitos desses chegam próximos da Igreja sem saber quem é o próprio Jesus.
Se antes o desafio era fazer com que as crianças entendessem a fé e pudessem perseverar, hoje a catequese funciona como a porta para a entrada de novos cristãos. Então, como enfrentar esse novo desafio?
A Verdade anunciada permanece a mesma, é o método que deve ser alterado para atender às novas demandas. Cada vez mais é necessário que mostremos a essas pessoas as razões pelas quais acreditamos e deixar transparecer, a cada aula/conversa, como nossa fé é colocada em prática.
O pressuposto do modelo antigo, que foi idealizado num contexto no qual a maioria da população era católica e não era necessário ter uma explicação mais profundas das Verdades de Fé, deve ser deixado de lado e devemos iniciar uma nova etapa, onde cada fiel deve participar ativamente da realidade da Igreja de guardiã da fé.
De onde vim? Para onde vou? Quem sou eu e qual a minha missão no mundo? Essas e tantas outras perguntas existenciais devem ter suas respostas enraizadas no coração de cada cristão.
Nesse ponto muitos podem pensar que quando me refiro aos catequistas, estou me referindo somente aos responsáveis paroquiais. Mas quero me dirigir aos cristãos de modo geral, afinal todos nós somos convidados a ensinar os outros sobre nossa fé.
Cada vez mais precisamos mostrar aos catecúmenos o sentido de suas vidas, para que diante das dificuldades que se apresentam para a vivência da fé, possam seguir convictos nas respostas que preencheram o vazio que carregavam dentro de si e pelas quais vale a pena dar a vida. Além disso, devemos ser catequistas que mostrem as práticas de fé na sua vida: como participo da Santa Missa? Qual o meu trato com Jesus Eucarístico? Como estão minhas práticas de oração?
Em consonância com esse plano estabelecido pela Diocese de Petrópolis e pela CNBB, o trabalho da Oficina de Valores tem por objetivo primário aproximar os estudantes e universitários e guiá-los nessa prática da fé. Através das palestras nas escolas, é apresentada a necessidade que o jovem tem por viver uma vida cheia de sentido e a luta que deve ser travada por doar a vida por um ideal. Como meio de formação sequenciais a essas atividades de primeiro contato nas escolas são oferecidos retiros de primeiro contato com as realidades da fé e retiros de formação mais intensa para jovens católicos praticantes, além de outras atividades desenvolvidas com esta finalidade.
Uma dessas atividades, é este blog, que a Oficina de Valores mantém, com textos que são elaborados semanalmente e falam sobre aspectos da fé católica ou sobre aspectos cotidianos com os quais os fiéis tem contato diário. Afinal, vivemos no meio do mundo, mas lutamos por não nos tornar mundanos como já nos orientava o Beato João Paulo II.
Jonathan Penha de Almeida
Engenheiro de produção / Oficina de Valores
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