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#AvanteOficina

Por: Moco

A proposta do nosso blog em linhas gerais é abordar temas do cotidiano à luz do cristianismo. Contudo, em algumas ocasiões do ano faz-se necessário voltarmos as nossas atenções para temas pertinentes à Igreja, enquanto católicos que somos. Pertencer à Igreja é a nossa grande riqueza e a nossa razão de ser. O princípio e o motivo de tudo o que fazemos está no fato de sermos cristãos católicos apostólicos romanos.

Somos um grupo que pertence à Diocese de Petrópolis-RJ e este mês tivemos a nossa Assembleia diocesana de 2013, na qual o nosso Bispo Dom Gregório Paixão lançou as bases para o nosso trabalho pastoral, fundamentado em 5 urgências. Hoje venho explorar um pouco mais a 3ª urgência, que se refere a Igreja como lugar de animação Bíblica da vida e da Pastoral.

Considero que devemos voltar o nosso olhar para as Sagradas Escrituras. O cristianismo é uma religião que não se baseia prioritariamente em uma doutrina, mas em uma pessoa: Jesus Cristo. Isso significa que ser cristão é em primeiro lugar estar em relacionamento com Cristo. E é a partir dessa relação que uma doutrina se apresenta para que os ensinamentos Dele sejam bem vividos. Sendo assim, a nossa doutrina nos ensina que existem duas formas mais diretas de nos relacionarmos com o próprio Cristo: a Eucaristia (presença viva e sacramental de Jesus) e as Sagradas Escrituras (palavra viva de Deus). Acontece que infelizmente, nós permitimos que por vezes as Escrituras sejam ignoradas, ou não recebam a atenção que mereciam e aí nós acabamos incorrendo no erro que São Jerônimo, grande tradutor da Bíblia, já alertava há tantos séculos: “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.

O que essa urgência vem propor a cada um de nós é o que já se encontra na “Dei Verbum” n. 21: “Toda a pregação da Igreja, como a própria religião cristã, seja alimentada e regida pela Sagrada Escritura”. É interessante pensarmos nessa proposta em dois âmbitos: o pessoal e o eclesiológico. A Igreja enquanto tal possui duas dimensões; a dimensão institucional (eclesiológica) que é toda a estrutura hierárquica na qual o Papa é o grande líder e os bispos e sacerdotes por sua vez são os líderes locais e a dimensão pessoal, que compreende a Igreja corpo de Cristo que somos todos nós. Poderíamos dividir a urgência em questão entre as duas dimensões:

1 – Animação Bíblica da Vida: O primeiro chamado que recebemos enquanto Igreja que somos é o de permitirmos que a nossa vida pessoal seja alimentada e regida pela Palavra de Deus. As escrituras precisam ser para nós um alimento diário. Já possuímos um grande incentivo que é a liturgia diária. Todos os dias temos uma leitura (duas aos domingos e em datas solenes que podem ser do antigo ou do novo testamento), um salmo e um Evangelho específico para meditarmos. Possuímos orientações para fazê-lo de forma eficaz, como por exemplo, através do método da Lectio Divina que é uma maneira de meditar e orar a partir da leitura dos textos bíblicos.

O fato é que somente uma vida que é vivida à luz da Palavra de Deus configura verdadeiramente uma experiência cristã. É pesado isso, mas verdadeiro, uma pessoa que se diz cristã mas não possui intimidade com as escrituras na verdade não o é. Isso ressoa nos meus ouvidos porque muitas vezes essa intimidade me falta. Essa urgência vem para reforçar em nós uma grande verdade, que tudo em nossa vida cristã vai ser reflexo do impacto que a Bíblia tem em nossas vidas, uma vida profundamente marcada pela Palavra de Deus é uma vida que produz frutos condizentes com os dEle, enquanto que uma vida que não é marcada pelas escrituras não poderá fazer muito nessa direção, uma vez que ninguém pode oferecer aquilo que não tem. Talvez aí esteja a explicação para a nossa dificuldade em convencer as pessoas da verdade que cremos.

2 – Animação Bíblica da Pastoral: O segundo chamado que recebemos é o de comunicarmos o que experimentamos e o local da comunicação da Graça de Deus é a Igreja, a pastoral. A nossa atuação pastoral vai ser consequencia daquilo que fazemos na nossa dimensão pessoal, por isso o primeiro aspecto que analisamos é tão fundamental. A pastoral nada mais é do que o reflexo das pessoas que a compõem. Por isso a expressão dos carismas, por isso quando observamos diferentes paróquias vemos características diferentes nos trabalhos que realizam, características que variam de acordo com o perfil do padre, com o perfil dos coordenadores e líderes que la atuam. Independente dos carismas ou das características uma pastoral que não é verdadeiramente alicerçada na Palavra de Deus está fadada ao fracasso e que bom que esteja, afinal de contas não está cumprindo o seu propósito. 

Ainda que o propósito da pastoral em questão não seja falar da Bíblia explicitamente (como é o caso da Oficina de Valores com o trabalho realizado nas escolas e aqui mesmo no blog) pelo fato de se dirigirem a públicos não necessariamente cristãos, a preparação interna da pastoral e das pessoas que a compõem precisa ser com base na Palavra de Deus.

Na oração do Angelus nós dizemos: “O Verbo Divino se encarnou e habita entre nós”. Esse Verbo Divino a quem nos referimos na oração é o próprio Jesus Cristo, Ele é a palavra viva do Pai. Ora, se Cristo é a Palavra Viva do Pai e as Sagradas Escrituras são a palavra viva de Deus, significa que a Bíblia é o próprio Cristo. Por isso é tão necessário retomarmos algo que parece óbvio, quando Dom Gregório se apropria dessa diretriz, que na verdade já vem da CNBB, e aplica na Diocese, no fundo o que ele alerta é: “Que Jesus Cristo seja o animador das suas vidas e de seus trabalhos pastorais, relacionem-se com Ele, que vive nas escrituras.” A Palavra de Deus é viva e atual, mas ela só se manifesta a medida em que é compreendida e concretizada em atos. Você tem dado vida à palavra de Deus? 

Peçamos a Maria, que teve a Graça de dar a vida a Jesus através do seu sim a Deus, que nos ensine a também dizer o nosso sim e permitir que Jesus viva na nossa vida e dê vida às nossas pastorais.

Rodrigo Moco
Psicólogo / Coordenador da Oficina de Valores

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