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#AvanteOficina

18:04
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Por: Diego

Imagem: criado-mudo-criado-mudo.blogspot.com.br/

Hoje, quinta-feira da Semana Santa, relembramos e revivemos a última ceia de Jesus e seus amigos. Diante de tantos acontecimentos importantes que ocorreram naquela noite (se lermos os capítulos 13 ao 17 do Evangelho de João veremos que foram muitos!), talvez um tenha sido o mais inesperado para os discípulos: o Lava-pés.

Numa região desértica como aquela, com poeira e calor, era uma cortesia oferecer água para os convidados lavarem os pés. Em algum caso, poderia ser oferecido um servo ou discípulo dedicado para fazê-lo. E isso causou espanto aos apóstolos, pois Jesus era o Mestre, o Messias como Pedro já havia afirmado. Nesse ato, Jesus apresenta uma de suas maiores lições para nós: a importância de servir ao próximo. Pois “há mais alegria em dar do que receber”.

Uma pessoa que vive apenas para si não encontra a felicidade, mesmo que não faça nada ruim. Não é preciso ir longe para encontrar pessoas corretas, mas infelizes, deprimidas no meio de suas riquezas e egoísmos. Por isso Jesus não pede só que não façamos o mal a ninguém, mas que “façamos aquilo que gostaríamos que nos fizessem”. A atitude passiva (evitar o mal) deu lugar a ativa (fazer o bem). E fazê-lo a todos, inclusive aos que nos querem o mal, como Jesus lavou também os pés de Judas.

Mais do que doar bens materiais, o servir ao próximo consiste em gastar um de nossos bens mais preciosos: o tempo. Visitar asilos, comprar algo para um mendigo comer, brincar com crianças carentes são obras valorosas. Mas nas tarefas habituais também encontramos onde servir, ajudando um colega numa tarefa de faculdade ou trabalho, cumprindo nossas obrigações em casa, dando um bom conselho a um amigo que precise. É ir além das relações formais, ir ao encontro, sem esperar recompensa ou gratidão.

É um paradoxo, pois quanto mais nos doamos pelos outros, mais no preenchemos de felicidade. Mas se nosso serviço na verdade é uma forma de satisfazer nossos egoísmos, muito provavelmente sairemos insatisfeitos. Quem já passou por alguma experiência de fazer um bem sem esperar nada em troca, mesmo que fosse cansativo, sabe como é gratificante. Pelo contrário, aqueles que desempenham tarefas esperando elogios ou recompensas se frustram. Já vi pessoas (e algumas vezes eu mesmo) se entristecerem porque aquilo que seria uma boa obra passou despercebido aos olhos de muitos.

Nesse contexto Jesus revela o verdadeiro papel de uma autoridade: servir ao próximo. A palavra autoridade vem do latim augere, que significa “fazer crescer”. Por todo lugar que Jesus passou, ele buscava fazer os outros crescerem, seja ensinando, curando, acolhendo crianças, devolvendo a dignidade aos deficientes e viúvas que eram marginalizados. Sua autoridade não era imposta de fora, mas conquistada pelo amor que tinha aos outros.

Infelizmente muitas autoridades buscam apenas o poder, os benefícios e esquecem sua principal função. Vemos isso em muitos políticos corruptos, mas também em patrões mandões, que enxergam seus funcionários como produtos; em pais e mães que descontam suas amarguras em seus filhos; em professores que prejudicam os alunos com sua falta de dedicação.

Após lavar os pés dos discípulos, Jesus exortou: “Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz” (Jo 13, 15). Que esse exemplo do Mestre nos ajude a enxergar nossa profissão, seja qual for, como um serviço à sociedade. Que nos ajude a enxergar em nossos amigos e parentes o compromisso para com a felicidade deles. Que nos ajude enxergar nos pobres, desconhecidos e marginalizados, pessoas que precisam de amor. Pois, nesse gesto de humildade, Cristo nos ensinou que para sermos divinos precisamos ser mais humanos.

Que a tua vida não seja uma vida estéril. - Sê útil. - Deixa rasto. - Ilumina com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. - E incendeia todos os caminhos da terra com o fogo de Cristo que levas no coração” (São Josemaria Escrivá, Caminho).

Diego Gonzalez
Estudante de Engenharia de Controle e Automação da UFRJ

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