Por: Paulo Vitor
Acredito que a maior parte da população
brasileira diria não a essa pergunta que dá nome ao texto. Alguns por
convicções ideológicas fortes e bem embasadas, outros por estarem cansados de
verem tanta notícia negativa a respeito disso, outros ainda por convenção
social, pois infelizmente virou moda pegar carona em manifestações, levantar
cartazes criticando isso e aquilo.
Tudo pra dizer que a Copa do mundo deixou de
ter aquele brilho encantador que já tivera para nós brasileiros. Logo quando
foi decidido que o Brasil seria o país sede da Copa (carta marcada, diga-se de
passagem), eu fui um entusiasta com relação a isso. Ainda que alguns dissessem
que seria um desperdício enorme de dinheiro, que o país não estaria preparado,
que existiriam questões mais importantes a serem vistas etc., eu acreditava que
o evento esportivo mais badalado do mundo (ainda mais que as Olimpíadas que
também serão por aqui) traria grandes benefícios para o nosso país. Desde a
melhoria dos estádios, para os amantes do futebol como eu, até em questões de
infraestrutura: como melhoria dos aeroportos, estradas, acessos e tudo mais que
os esperançosos acreditavam que aconteceria. Sim, eu cheguei a colocar a minha
mão no fogo.
Há 7 anos eu defendi que o Brasil iria fazer bonito em vários
sentidos, pois era a grande chance de melhorar a sua imagem diante do resto do
mundo, oportunidade única de elevar a moral da nação e crescer com tudo o que
um evento assim proporcionaria. Infelizmente, confesso aquilo que o leitor já
sabe: Eu estava errado! Redondamente enganado, e reforço que nem nos meus
sonhos mais pessimistas eu imaginava que tanta coisa estaria tão longe do planejado.
Não vou seguir uma moda de
protesto só porque todos estão nessa. Vou me lembrar muito bem em quem posso e
não posso confiar num evento que é ainda maior do que a Copa e vem logo depois
dessa: AS ELEIÇÕES. E aí sim, terei uma pequena chance de fazer um grande
protesto. Que cada coisa seja colocada em seu devido lugar e assim façamos
aquilo que nos cabe fazer.
Paulo Vitor
Professor de Ensino Religioso e Ed. Física/ Oficina de Valores
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