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#AvanteOficina

Por: Mateus





A ideia deste texto  já tinha me vindo antes à cabeça, mas o falecimento de Roberto Gómez Bolaños neste último dia 28 de novembro me fez começar a escrever este texto neste mesmo dia.

A uns dois ou três meses atrás meu irmão Filipe, mais conhecido como Lino, estava baixando algumas músicas do programa do Chaves. Entre elas tinha uma que eu conhecia, chamada ‘Ouça bem, escute bem’, em que a letra dizia: “Ouça amigo, ouça bem o que lhe digo, a felicidade é ter Jesus”.

Comecei a pesar então em quantas vezes valores morais e cristãos foram  representados nos programas, personagens e músicas do Chaves, do Chapolin Colorado,os mais famosos de Chespirito; e também nos  episódios extras que passavam de vez em quando como os do Dr. Chapatin.
 
Valores como fé, amizade, família e tantos outros. Isso fez de Bolaños, Chespirito,  um funcionário de uma, se me permitem roubar o nome, ‘Oficina de Valores’ para a sociedade americana latino-americana.

Os valores de família, e de amigos e vizinhos como uma segunda família são quase que base do  programa do Chaves.  O valor da família, como relatou o nosso amigo Yuri a um tempo atrás (http://oficinadevalores.blogspot.com.br/2014/05/mamae-querida-meu-coracao-por-ti-bate.html) é visto na mãe super protetora, Dona Florinda, e em seu filho,tesouro, carinho, coração, rei, o Kiko que lhe homenageia com o poema “Mamãe querida”; também  pode ser percebido na Chiquinha e seu “papaizinho lindo” Seu Madruga. O da amizade  aparece na relação entre as crianças, que, apesar das brigas, sempre fazem a pazes e brincam juntas.

A relação dos adultos com o Chaves,  principalmente em episódios como o do “Desjejum de Chaves" e aquele do “Cinema", mostra bem a ‘família de vizinhos’, sendo que cada um dos adultos é responsável por todas as crianças. Esta ideia fica mais explícita na música do ‘Boa Noite Vizinhança’. Eles vivem brigando, mas há algo maior que os une.

A Bruxa do 71... Desculpem-me! A Dona Clotilde mostra um pouco a ideia do preconceito (pré-conceito, conceito primário, julgar o livro pela capa), principalmente no episódio no qual as crianças ‘entram’ na casa dela. No final elas veem que é tudo imaginação  e até se surpreendem quando ganham pirulitos.  Afinal, como disse o Chaves, “Ela não é bruxa, pois se fosse, faria um feitiço para ficar jovem e bonita”.

Os valores do trabalho e da caridade, por mais que possam surpreender a muitos, são visíveis no  Chaves e no Seu Madruga. O pai da Chiquinha está sempre em busca de emprego pra pagar os 14 meses de aluguel, por mais que não consiga se fixar em nenhum por diversos problemas. Já o Chaves  trabalhou vendendo suco(de limão que parece laranja e tem gosto de tamarindo...), em lanchonete, vendendo lata... Mas vou destacar um trabalho que os dois dividiram: vender o churros da Dona Florinda. Eu gosto deste episódio pelo exemplo de caridade dado pelo Seu Madruga ao assumir um culpa que não era sua ,  protegendo assim o Chaves que comeu todos os churros. A dona Florinda sabia, e pela primeira vez,  não bate nele.

Também vale lembrar o já citado episódio do desjejum em que  o bom e velho Madruga  muitas vezes defende D. Clotilde e ajuda o Chaves.  Já o Chaves sempre dá exemplo de caridade, oferecendo o seu pouco aos outros, como na situação em que,  depois da festa do Kiko, ele dividiu o que ele pegou da festa com  aquele que tantas vezes lhe deu cascudos; há ainda o episódio da carta de São Valentim e a vez que o “Chavinho” perdoou,  rezou  e perdoou um ladrão, mesmo após ter sido muito prejudicado por ele.

Sobre as frases de Seu Madruga, “As pessoas boas devem amar seus inimigos” e “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena” não vou tratar, pois o blog possui um bom texto do Alessandr0(http://oficinadevalores.blogspot.com.br/2012/09/a-vinganca-nunca-e-plena.html). O mesmo farei sobre as “virtudes heroicas” do Chapolin Colorado, do qual também o Alessandro fez um texto, pra mim o melhor (http://oficinadevalores.blogspot.com.br/2013/04/chapolin-o-maior-de-todos-os-herois.html).

Os valores da juventude da alma e da simplicidade de vida estão presentes nas duas famosas músicas do programa: “Que bonita sua roupa” e “Se você é jovem ainda”. A segunda música é mais fácil de compreender, pois “a velhice não significa nada e a juventude sempre volta outra vez [...] você é tão jovem quanto sente [...] velho é quem perde a pureza e deixa de aprender”. Já a primeira eu vou ter que explicar. O refrão diz: “Que bonita a sua roupa, que roupinha mutcho louca, ela é tudo remendado, não vale nenhum centavo, mas agrada a quem olhar”; o valor da roupa não está em sua marca ou padrão de beleza. Pra quem gosta, a opinião alheia não é um norte pra sua vida, não que seja sem valor, mas não é o principal. Se for nosso e não faz mal algum “Somos cafonas sim. Isso é conosco, e que nos deixem em paz” diriam dona Florinda e Professor Linguiça (ou Girafales).

Por fim, vou tratar sobre o valor da fé. A música citada no início do texto é apenas uma parte do muito de fé  que aparece no programa. Primeiro a fé em Deus.  O Chaves, como já mencionado,  se confessou e rezou pelo ladrão que o prejudicou; ele sempre faz o sinal da cruz quando D. Clotilde chama seu bichinho de estimação ‘Satanás’; quando Seu Barriga pergunta que dia ele não o acertaria, ele diz domingo, porque vai à missa; no Natal ele diz que queria ser o burrinho do presépio.

Além da confiança em Deus, aparece também a fé nos homens. O Chavez sempre tem fé de que o Kiko vai lhe emprestar os brinquedos, o Seu Barriga tem fé de que o Seu Madruga vai lhe pagar, e o Seu Madruga de que vai conseguir um emprego; a dona Florinda tem fé de que vai casar com Prof. Girafales e viver como rainha; a  Dona Clotilde e a Chiquinha tem fé de que vão namorar; o Jaimim,  o carteiro, tem fé de que vai evitar a fadiga; e tantos outros motivos de fé, não vazios, mas repletos da esperança da realização.

E para evitar a fadiga, termino o texto com um recado muito bonito da esposa de Roberto Bolaños, Florinda Meza aos brasileiros, no ‘Programa do Ratinho’ usando as frases do marido: “A vida é muito difícil, viver não é fácil, e conviver é mais difícil ainda. Então faça como o Chompiras (personagem de Bolaños), leve a vida pelo lado mais amável. E faça igual ao Chapolin: Siga-me os bons, se não for bom não me siga... (risos) Siga-me os bons”.

Mateus Lino Portugal
Oficina de Valores

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