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Por: Joyce

Um tempo atrás li uma frase muito interessante: “bateu, doeu... é seu!”. A pessoa que citava esse ditado explicava usando um tema bastante pertinente hoje em dia: as redes sociais. O que ela dizia era que muitas vezes lemos alguma mensagem – até mesmo uma indireta – e aquilo nos incomoda. Ou seja, a carapuça serviu.

Achei a frase muito interessante porque ela não serve apenas para analisar a vida na internet. A convivência com as pessoas, de um modo geral, proporciona também esses encontros com as carapuças por aí. Não apenas com as outras pessoas, mas, e principalmente, com a gente mesmo. Por quê?

Tem uma história de que quando a gente passa mal do estômago e acha que foi algo que a gente comeu, é bom ir fazendo uma lista mental de tudo que foi consumido naquele dia. Aquela comida específica que te der um enjoo, pode saber, foi ela que estava estragada ou não caiu bem. É “batata”, com perdão do trocadilho não-intencional. Ainda que muitos acreditem que seja lenda, existe um fundamento bacana: nosso corpo é muito mais inteligente do que admitimos. Ele se conhece e funciona independente da nossa vontade ou intenção. Essa técnica exemplifica meu argumento do texto de hoje: da mesma maneira que meu cérebro sabe muito bem o que me fez mal, uma parte de mim também sabe onde errei. E ela sabe mesmo.

Por isso, quase sempre, ler ou ouvir alguma coisa que ressalte alguma coisa que fizemos de errado, traz emoções ruins. Pode ser choro, raiva da pessoa, irritação, despeito... Uma série de reações que dependem de cada um. Acredito que seja na minoria das vezes que a sensação é “poxa, fiz isso de errado, vou me desculpar”. Isso ocorre porque não é muito da natureza humana reconhecer erros assim, de cara e sem medo de julgamentos e consequências. Isso demanda muita maturidade e sabedoria e, claro, sempre temos que crescer, não é mesmo?

O que acaba acontecendo é que vamos criando subterfúgios para acobertar a situação. Um exemplo: li na internet uma postagem de um amigo com uma daquelas mensagens prontas sobre, por exemplo, inveja. Ou sou confrontado por alguém de quem gosto muito devido a um erro que cometi. Possibilidades ilustrativas da situação em questão: fico com raiva desse amigo, acho que ele é um bobão por ter postado aquilo, choro e digo que não fiz nada daquilo contando várias histórias pra desviar do assunto, acuso a pessoa de outras coisas nada a ver com a história inicial... Tudo isso porque bateu e doeu. E quando dói, dificilmente temos facilidade em aceitar. Porque isso significa reconhecer que erramos, que somos falhos e, claro, isso não é nada fácil.

Acho que uma solução pra isso é (pelo menos pra mim) uma luta: autoconhecimento. “Conhece-te a ti mesmo” parece óbvio, mas é uma jornada difícil porque lidar com os próprios monstros revela coisas que podem ser desagradáveis; e ninguém gosta de perder, se rebaixar. A partir do momento em que nos conhecemos melhor, temos mais capacidade de saber até onde fomos, o que de fato fizemos e o porquê desses fatos. Assim, teremos mais segurança em lidar com essas falhas e teremos a humildade de nos desculpar e, assim, crescer.

O importante é compreender que fugir disso é enganar-se. Continuar na teimosia de que nada aconteceu quando, claramente, ainda existe um cisco atrapalhando a visão da sua consciência, é condenar-se a ficar descontente. Sim, você errou. E que bom que você sabe disso, pois é o primeiro passo para consertar as coisas – com alguém ou até consigo mesmo.

Joyce Scoralick S. Weber
Mestre em Literatura

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