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Por: Joyce


Dia 16 de agosto fez um ano que tomei a decisão mais definitiva da minha vida. Claro que a decisão, no sentido estrito da palavra, já havia sido tomada muito antes, no namoro, no noivado, na intenção, mas subir ao altar e receber o sacramento do matrimônio é o selo de Deus na nossa vontade – e isso é incrível. Há um tempo escrevi o “Por que a gente casa que mostra parte do caminho até aqui.

Tenho muito a dizer fazendo minhas primeiras bodas. Encheria mil páginas falando das maravilhas de dividir a vida com alguém, das belezas da intimidade e cumplicidade, da segurança, do amor. Todo o “blá blá blá” romântico que encontramos no dia a dia vale muito a pena ser comentado, mas quero aproveitar a ocasião para ressaltar algo que faz com que minha escolha, tão definitiva e indissolúvel, seja feita e refeita todos os dias de modo muito natural, positivo e confortável para mim.

Já ouvi muitas pessoas rebaterem a promessa vitalícia do casamento com um argumento sobre não sabermos o futuro. Sem entrar no mérito da questão ela mesma, meu testemunho pode responder um pouco dessa dúvida.

Não, não inventei um jeito de prever o futuro (senão estaria rica na minha cobertura em Paris). O que percebi ao longo dos anos que passei com meu agora marido foi que saber com quem tomar essa decisão de vida fica fácil se observarmos certas coisas. Um namoro saudável leva, acredito eu, o tempo necessário para se conhecer a outra pessoa em detalhes particulares dela, cantos de sua personalidade, para que possamos, em nós, ir construindo o que sentimos e achamos diante dessa imagem sempre em construção que é o outro em relação a nós mesmos. Claro: há pessoas que amamos, mas são detestadas por outros. Por que isso acontece? Simplesmente porque temos valores diferentes entre nós, humanos. 

E é aí que a mágica acontece: quando nos conhecemos o suficiente e sabemos onde queremos pisar não fica necessário saber o futuro. Autoconhecimento é a primeira chave para que o conhecimento do outro torne-se a investigação – prazerosa – de um olhar para frente. E é assim que acredito que construímos um mapa do futuro antes de percorrê-lo. Nunca esse mapa será exato, pois fazemos, todos os dias, julgamentos errados, nós mudamos... Mas quanto mais profundo tentarmos nos conectar com a outra pessoa, mais nosso mapa futuro terá solidez.

E, não, isso não tira nada da espontaneidade do dia a dia. Desejamos surpresas como uma ligação no meio do dia, flores numa quarta sem datas especiais, uma mensagem de carinho; não uma surpresa de descobrir uma falha de caráter que não se encaixa definitivamente com o seu, não é mesmo?

O que isso tem a ver com minhas bodas de papel? Arriscando-me a fazer um trocadilho ruim, é uma tentativa de relatar, nessa imitação chamada Word, que tenho muita confiança no meu mapa. Meu marido é um homem honesto, generoso, firme, trabalhador e a pessoa mais forte que conheço. Cada dia ao lado dele é uma confirmação das estradas pelas quais imaginei que passaria. Seu caráter o mantem firme, ainda que isso faça dele vilão de certas histórias ou incompreendido, o que me mostra sua firmeza e senso do correto. Ele me apoia e é um grande parceiro em tudo. E minha maior felicidade é saber que esse foi o primeiro ano de todos os outros.

Essas são as escolhas terrenas que fazemos, com parâmetros mais ou menos pessoais e particulares. Entregar essa, que é a nossa parte, para que Deus tome conta e faça frutificar, aí sim, é fórmula infalível.

A todos que desejam, um dia, se casar, o conselho de Santo Inácio (que serve para tudo): trabalhe como se tudo dependesse de você e ore como se tudo dependesse de Deus. Uma construção sólida dessa é muito mais forte que qualquer bola de cristal.


Joyce Scoralick Weber
Msc. Literatura

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