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#AvanteOficina

Por: Juliana




Confissões de uma ex-noiva

Acabou... Foram meses de preparação para algo que durou apenas algumas horas.

Fico me lembrando de uma situação que, guardadas as devidas proporções, lembra um pouco o que estou vivendo. Lá quando eu estava na sexta série, eu queria ter um fichário. A quantidade de gente que falou que era ruim, que perdia folha, que quebrava a argolinha, que rasgava e não cabiam as matérias foi bem grande. Mas, remei contra a maré e comprei um fichário! Tive até coleção de folhas decoradas naquele mesmo ano.

Teve seus momentos ruins? Teve. Roubaram minhas folhas uma vez? Roubaram. Quebrou a argola? Sim. Mas eu fui muito feliz com meu fichário, muito mesmo. Ele era da Capricho; depois tive outro do Ursinho Pooh. Faria de novo porque era um desejo que eu tinha e o esforço não foi nada comparado à minha satisfação. Lá, era um fichário, hoje, a maior decisão de vida que já tomei.

E hoje, com a mesma propriedade daquela aluna que já teve um fichário contrariando a maré, venho falar sobre casamento. Escrevi alguns textos durante a preparação do meu casamento, desejo agora partilhar um pouco sobre o que acontece quando a preparação toda acaba. Diferente dos contos de fadas, essa história não vai acabar no altar nem falar do que acontece após o “felizes para sempre”. Não, também não serei eu que desvendarei o mistério da convivência humana e ensinarei os 10 passos para ser feliz a dois.

Confesso que o ritmo cai um pouco, afinal que na reta final da preparação tudo é correria e nervosismo. Porém, o alívio em terminar as reuniões, preparações, maquiagens, cabelos e fotografias (sem fim) se funde com um certo saudosismo e estranha calmaria diante da caixa de docinhos que você conseguiu trazer do buffet e o pendrive cheio de fotos pra escolher. 

O seu novo estado civil também irá ser percebido de uma maneira bem menos triunfante que a minha entrada na Igreja - como na hora de preencher um formulário do plano de saúde, ao explicar à caixa do supermercado que seu marido/esposa ta estacionando o carro já já, ao receber sua segunda via de documento com um acréscimo no seu nome. Ele vai aos poucos tomando conta do pedaço.

As novas receitas, as faxinas, os dias do lixo, o novo itinerário para o trabalho serão os novos “trends”. Os novos móveis, eletrodomésticos e vizinhos te saúdam porque eles parecem saber das alegrias que se escondem nessa nova casa (sem sofá) que nós ainda nem sonhamos entender.

Estar casado é não estar mais sozinho, é mudar a rotina pra incluir mais alguém que não vai embora no domingo. É descobrir como aquela pessoa realmente é numa tarde preguiçosa de sábado ou em plena correria da segunda-feira. É negociar assistir ao Fantástico ou a um filme (Não vou dizer quem prefere o quê para proteção de nossa intimidade). É aprender que esse seu novo empreendimento vai exigir dinheiro, tempo e dedicação exclusiva, mas que vai proporcionar muitas alegrias e conquistas porque agora vamos multiplicar tudo por dois. 

E como uma planta, um animal, uma semente, uma árvore ou qualquer outra metáfora que te sirva, precisa ser nutrida – todos sabemos. Agora, 5 passos para a felicidade? Manual do casal de sucesso? Tutorial do casamento perfeito? Não tem. Deus vai à nossa frente enquanto nós vamos tentando, errando, acertando e lutando para que cheguemos ao fim da maratona como vencedores.

E às noivas de plantão, eu junto minha voz à voz dos clichês que vocês ouvem sempre pra dizer: vai passar, você vai sentir falta de toda essa agitação. Você vai gostar de casar! 

E a moral da história é que vale a pena, é lindo, é inspirador e altamente recomendável.


Juliana Benevides
Professora de Inglês / Oficina de Valores

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