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#AvanteOficina

13:49
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Por: Rafa
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“Olha aí, o mundo girando e a gente se esbarrando outra vez...”, mas, “...não estou afim de relacionamento sério, porque já estou vindo de um bem complicado...”. Na maioria das vezes, existe uma trilha sonora que traduz um sentimento de paixão, ou até mesmo de despedida em nossas vidas, diante de um relacionamento. A tal “sofrência”, da qual muito se fala, ou o sertanejo universitário apaixonado. Fato é que a música embala, num início de um amor, vira a música do casal. E até mesmo dá lugar a uma nova canção se o relacionamento chega ao fim.

Ontem, dia 12 de junho, comemorou-se o Dia dos Namorados, porém, já antecipo que esse texto não é só para os que comemoram a data. Isso porque o namoro tem etapas, escolhas que se fazem ainda solteiro, por exemplo, conhecer e conhecer – repito porque como é difícil saber esperar nos dias de hoje. Temos pressa pra tudo, e para o relacionamento amoroso não é diferente. A conquista ganhou prazo de validade, o medo de não ser correspondido imediatamente traz consigo uma ação impulsiva de criar novas possibilidades. E ainda na contramão do namoro, o desejo de não querer compromisso sério, talvez por uma decepção, talvez por não acreditar nas pessoas, ou talvez ainda pelo desejo de “curtir a vida”. 

Ninguém é obrigado a namorar, e como isso é uma escolha feita por duas pessoas, toma-la é uma decisão que não irá mudar somente a sua vida. Será mesmo que “ficar sozinho da caô”? Pela rotina a que o cotidiano nos sujeita hoje (estudar, trabalhar, se tornar um profissional melhor, estudar mais), acabam existindo momentos em que a palavra relacionamento sai de nosso dicionário, soa como mais uma obrigação e que, portanto, certamente não nos fará bem. Tudo isso, muitas vezes, faz com que o resultado seja a famosa “sofrência”, a ponto de não levar nada de bom daquela pessoa que passou pela nossa vida, só querer o violão e o cachorro...

E talvez, por isso, caímos em contradição. Por que, mesmo diante da maneira errada com que buscamos amar o nosso par perfeito hoje em dia, sonhamos com amores perfeitos? Porque alimentamos sempre o desejo de amar, de desejar e ser desejado, por mais que “armaduras” tenham surgido em nossas vidas. Diante as desilusões amorosas, sempre irá surgir alguém capaz de superar esse coração blindado pelo tempo. Pode até parecer um discurso esperançoso demais, mas não! Não nascemos para mendigar amor, nem nos doar pela metade, muito menos receber migalhas de um sentimento que é capaz de nos fazer sorrir só de lembrar dos momentos juntos.

Ninguém começa um relacionamento pensando no seu fim, pelo menos não deveria começar. O “deixa a vida me levar” não serve para dar início a uma união. Nós não nascemos para suprir carência de ninguém, do mesmo modo que a solidão não é motivo para se entregar a alguém. Penso sempre que quando não se está preparado para lidar consigo mesmo, dificilmente se estará preparado a receber alguém. Acredito que até seria mais fácil ter essa compreensão se o mundo atual não nos bombardeasse com a necessidade de nos envolvermos com alguém a todo instante, uma falsa necessidade.

Tenhamos a grandeza de, mesmo na dor, mesmo que o fim tenha provindo de um erro, não usar outras pessoas como “remédio”. Infelizmente, hoje em dia, acontece muito. Termina-se um relacionamento e, no próximo final de semana, já se está em outros braços, em outra boca. Penso em duas realidades: ou não era amor; ou se está buscando no outro uma forma acabar com o próprio sofrimento. O problema: da mesma forma se pode criar um sofrimento no próximo.

A sensação que tenho é que, se alguém está solteiro e não acontece um mínimo de interesse de por ele, essa pessoa foi jogada para escanteio. Que engano! Que falsa ilusão essa cultura criou em nós. Ilusão essa que tenta nos dominar o tempo todo. Não faz sentido sobreviver a estilhaços de sentimentos, estar com o outro pela metade, de modo que o interesse chegue ao fim à medida que o encontro acaba, que a noite termina, que alguém mais atraente passa por nós.

Muito provável que já tenhamos passado pelos dois lados da moeda. Caso não, você não estará imune ao amor não correspondido. O mundo não me permite gastar tempo para uma conquista, é o “fast food” do amor. Customização do par perfeito é algo que nunca dará certo em nossas vidas. Idealizar a companhia perfeita faz sonhos lindos, entretanto, irreais. Diante de tudo isso, parece quase impossível o amor prevalecer. É então que somos surpreendidos, encontramos alguém com quem desejamos dividir nossas alegrias, tristezas, desentendimentos e reconciliações, alguém que por mais diferente seja do que um dia idealizamos, faz com que queiramos sempre estar em sua companhia, fazer planos de construir uma família. É hora de ser o “par perfeito para o cinema, se quiser balada já ter seu parceiro, ter com quem dividir o brigadeiro...” É hora de somar, não mais de sumir!

Uma data, 12 de Junho, que considero de grande importância, uma homenagem aos namorados, que antes de tudo, são amigos, companheiros e que almejam juntos construir um futuro brilhante, uma escolha que vai direto ao encontro da felicidade do outro. E que cada relacionamento não se resuma a esta data, mas ao que se vive em cada dia, pois amar também é tomar prejuízo, doar-se ao outro quando o maior desejo for de olhar para si próprio. O romantismo não se perdeu no tempo, a nossa sensibilidade que já não é mais a mesma. O dia dos namorados também serve para reascender a chama do primeiro beijo, as cartas, as flores, os presentes... Por mais simples que sejam os gestos, porém, de um amor rico em cumplicidade, confiança e felicidade.

Por fim, a decisão tomada e que permite comemorar o dia dos namorados vem confirmar a certeza da escolha tomada diante de tantos sorrisos por aí. E você escolheu um único, tantos olhares olhando, e o seu foi escolhido. Não tem como duvidar, não foi por acaso, se se comemora essa data, sorte a do casal que um dia o amor bateu a porta...


Rafa Souza
Administrador
Oficina de Valores

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