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#AvanteOficina

10:59
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Por: Adriano e Danúbia




É engraçado notar as maneiras que Deus tem para falar comigo. E não tão engraçado notar o quão surdo a isso eu sou na maioria das vezes.

Nessa última semana, participei de um encontro da minha Diocese, o CAMIS (Caminhos da Missão). Um encontro que começou na Nova Evangelização com o objetivo de mostrar de maneira bem clara a necessidade de sermos missionários.

De maneira particular, posso dizer que a palavra "missionário" nunca me despertou interesse. Na verdade, eu tinha até um pouco de aversão a essa ideia. Fora aquele clichê conhecido de que "o missionário é o cara que vai pra algum lugar extremamente pobre do mundo pra falar de Deus pra quem muitas vezes não quer ouvir, só quer um prato de comida" (não sei vocês, mas eu tinha essa visão do missionário), o chamado de Deus à missão me dava vontade de fugir. Ainda tenho vontade de fugir. Porque a coisa é séria.


Deus tem uma didática certinha pra falar com todo mundo - e comigo não é diferente. Sempre que eu caio na asneira de pedir a Deus pra falar comigo de algum jeito, eu já quase me arrependo, pois Ele fala. Eu vinha pedindo a Deus pra me fazer ser mais Dele, me mostrar o que devo fazer, dar sentido à minha vida. Às vezes, até pedia de maneira irônica "Senhor, toma de volta meu livre arbítrio, eu só escolho besteira!"...

Num encontro de aproximadamente 4 dias, posso dizer que não ouvi nada novo. É tudo aquilo a que Deus nos chama a todo momento, tudo que está bem à vista, tudo que o mundo nega mas deseja ao mesmo tempo, tudo aquilo a que eu sou chamado, nós somos chamados e não correspondemos, tudo aquilo que eu recebi de Deus e de maneira bem ingrata não faço por merecer, nem sequer agradeço. Mas, como eu disse, Deus tem uma didática só Dele pra falar com a gente, do jeito que a gente precisa, mesmo que seja algo que a gente está cansado de ouvir... Mas se estamos ouvindo de novo, é porque precisamos, é porque ainda não colocamos em prática, o que não faço porque sou preguiçoso, fraco, orgulhoso e quero ficar de boa no meu quarto assistindo série e jogando videogame.

O mundo grita por sentido, isso qualquer um percebe com alguns minutos de reflexão ou de conversa. Todo mundo falando que o mundo está ao contrário (tá até chato isso já), só que ficar nisso, olhando os sintomas como quem vê um cara caído no chão e fica "nossa, cara, deve ter se machucado". Tem exatamente o mesmo efeito de ir embora e largar ele pra lá. Eu fico nessa indignação sossegada. Até deixo esse mundo me incomodar, mas silencio esse incomodo com alguma coisa minha que é mais interessante naquele momento e dane-se.

Cara, o mundo grita por sentido, e isso é grave. Isso é urgente. E eu pude, ao longo de alguns anos, encontrar com Aquele que dá esse sentido! O que raios eu tô fazendo pra que mais gente possa encontrar Ele também? Não deveria ser simples? Conheci a Deus, Ele me mostrou o sentido da minha vida, agora vou mostrar pros outros. É a sequencia lógica, né? Então por que tanta gente conhece o Amor e não ama? Então porque eu conheci a Deus, entrei nesse processo de ser mais Dele, e não faço isso pelo outro?

Deixo claro que não estou desconsiderando o serviço pastoral já prestado por mim, por nós. É bom e necessário! Mas o mundo está, como dizem os mais velhos (pelo menos meu pai fala isso às vezes), "indo pro buraco". Então é bem claro que está faltando alguma coisa. E isso me leva ao questionamento: Estou sendo o máximo que posso ser pro mundo? Qual é o máximo que posso ser pro mundo?

E nesse fim de semana, Deus me fala de novo. 

O que foi a melhor coisa que me aconteceu na vida? Que óbvio - encontrar o sentido dela! 

Estou fazendo isso pelo outro? - Aqui eu pensei pra responder. E isso já foi uma resposta.

Agradeço à Igreja e à Nova Evangelização por me proporcionarem, e a outras 36 pessoas, essa reflexão, esse encontro com o Deus que me amou antes de tudo, e esse chamado, agora sem medo de dizer, missionário.

Agradeço à (minha) Oficina de Valores, meu chamado vocacional e meu encontro com Deus (coisas que, no fim das contas, são a mesma).

E agradeço a quem torna isso possível, não desiste de mim, e não para nunca de me chamar pra mais perto Dele: meu Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Muito obrigado!


Adriano Reis
Estudante de Engenharia
Participante do retiro CAMIS - Caminhos para Missão


·         *          *          *


Dias atrás, fiz uma oração em que pedia a Deus que me tornasse livre de inseguranças, de expectativas e medos. Essa oração derivou da consciência das minhas limitações e de indecisão. Ao participar do CAMIS, percebi que é preciso abdicar de muitas coisas para alcançar a liberdade almejada. É necessária a renúncia de apegos e do meu querer, Cristo deve vencer em mim e isso significa fazer, na maioria das vezes, o que é custoso. 

Outra percepção foi a do meu egoísmo e mesquinhez no relacionamento com Deus. Minha omissão diante da vocação de todos, a santidade. A tentativa, por exemplo, de me esquivar de escrever esse testemunho, por saber que qualquer outro seria muito melhor, demonstra uma atitude de transferir o que me foi incumbido. Faço exatamente isso quando, como conhecedora do infinito amor, Daquele que é capaz de dar sentido a vida, não testemunho, deixo de ser missionária. Destaco aqui, não só missionária para percorrer o mundo anunciando a fé, mas também às realidades ao meu redor. 

Negligencio tantas ocasiões durante a minha vida, tentando encontrar justificativas para a recusa de encarar as adversidades e desafios. Permaneço na minha nossa zona de conforto. Só que esse comodismo impede de crescer, de experimentar a alegria de uma superação ou o aprendizado de um erro.

São Josemaria Escrivá disse em uma homilia: “Deus nos espera cada dia: no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no seio do lar e em todo o imenso panorama do trabalho”. Ouso acrescentar que, nesses lugares e nos demais, esperam por Deus. Independentemente do contexto em que estamos inseridos, que tenhamos o compromisso de, no ordinário, refletirmos O extraordinário.


Danúbia Faraco
Pós-graduanda em Contabilidade
Participante do retiro CAMIS - Caminhos para Missão

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